Abordaremos novamente o tema REPARO DE MÓDULO DIESEL e veremos o quão simples se torna o diagnóstico de defeitos nesses sistemas e principalmente como buscar os componentes responsáveis por cada ação no veículo dentro da ECU, utilizando as ferramentas apropriadas. Com essa técnica torna-se possível fazer diagnósticos, e entender o tráfego dos sinais dentro de cada módulo, encontrar o componente defeituoso, realizar sua troca e posteriormente testar o módulo, verificando se todos os defeitos foram eliminados.
É comum no dia a dia da oficina encontrarmos veículos diferentes, mas com o mesmo defeito. Por isso nessa matéria, a CHIPTRONIC trará a você reparador dicas de como solucionar importantes defeitos causados por falhas de componentes internos do módulo de injeção.
DEFEITO 1 - CAMINHÕES MERCEDES SÉRI OM
Neste exemplo, o veículo se encontra com mau funcionamento em três unidades injetoras e devido a esta falha, o veículo não funciona e, quando funciona apresenta perda de potência, pois três dos seus cilindros não funcionam.
Como dito anteriormente, este defeito é muito comum em vários veículos com esse sistema, diante disso, a Chiptronic traz uma rápida solução, informando que o defeito poderá estar relacionado a componentes internos do módulo de injeção, cuja função é acionar os injetores 1,2,3 e 4,5,6.
Para que encontre este componente dentro do módulo de injeção, é necessário realizar o mapeamento do mesmo. Para isso, deverá analisar o esquema elétrico do sistema e encontrar qual terminal do bocal da ECU é responsável pela saída de sinal do COMUM DOS INJETORES para acionamento dos mesmos.
É necessário conectar uma das pontas de prova do multímetro em escala de continuidade neste terminal e com a outra ir passando em todos os componentes internos do módulo, até que o multímetro emita um Bip informado que este é o componente responsável. Assim, acabamos de encontrar o componente “transistor Power MOSfet 40n06 de canal N”, mais conhecido como Comum Dos Injetores, pois sua função é enviar sinais aos injetores 1,2,3 ou 4,5,6.
Ao encontrar este terminal, é necessário que realizemos o teste para comprovar que realmente esteja com problemas. Então, conecte a ponta de prova do osciloscópio no terminal responsável por receber informação do processador geral da ECU, em seguida no terminal que recebe alimentação de 24V e por último no terminal responsável por envio de sinal para acionamento dos injetores. Compare o sinal medido em seu teste, com as imagens abaixo:
De acordo com o nosso exemplo, os dois primeiros testes deram certo, porém, o terceiro teste não, chegando então à conclusão que o “transistor Power MOSfet 40n06 de canal N” está apresentando falhas e deverá ser substituído.
Lembrando que no mercado já existem ferramentas que trazem informações de mapeamentos internos de módulos de injeção, sinais de componentes, entre outras informações que facilitam e agilizam o dia – a – dia do reparador, como o ECURepair.
Importante: Como a ECU é um componente de vital importância para o sistema do veículo e pode acarretar graves consequências caso ocorra uma falha, é imprescindível que no momento da reparação o técnico responsável pelo serviço utilize certos critérios, como:
1° substituir o componente defeituoso por um com as mesmas especificações do original definido pelo fabricante.
2° após a realização do reparo deve-se testar a ECU em um simulador de bancada e garantir que este simule todo o consumo elétrico do veículo para que não ocorram falhas quando a ECU for posta em trabalho real.
3° realizar análise técnica do sistema com um scanner e certificar-se que não há falhas.
Seguindo esses critérios e certificando que não há falhas, a ECU pode ser liberada para uso no veículo.
Financeiramente, o reparo de ECU é uma área muito produtiva. De acordo com as dicas passada pela Chiptronic, o reparador deverá trocar o “transistor Power MOSfet 40n06 de canal N”, que possui um preço relativamente baixo. Diante disso, o custo pago pelo cliente referente ao serviço será bem menor e a margem de lucro da empresa será bem maior, sem falar em relação ao tempo do serviço, que é bem mais rápido.