Oficina Brasil


Flexibilização dos comércios e maior movimento nas ruas refletem imediatamente nas oficinas

Com a chamada fase de transição, a circulação nas ruas aumentou, o que provocou de forma imediata uma reação no movimento das oficinas. Nosso indicador nacional PULSO DO AFTERMARKET registrou uma alta no primeiro quadrimestre de 4,56% em relação à média histórica. Também atualizamos os tradicionais indicadores “qualitativos” e de compras de peças on-line. Acompanhe!

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Por Equipe Cinau


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Nesta edição trazemos o 13º relatório do PULSO DO AFTERMARKET dando sequência às matérias publicadas, com exclusividade, na Mala Direta Oficina Brasil. Nossos indicadores já se tornaram fonte de consulta indispensável para os executivos do segmento de aftermarket, que encontram nestes dados uma base segura para a tomada de decisões em relação ao mercado de reposição.

Puxada pelos “hiper feriados” no mês de março, a CINAU identificou uma queda de 3,7 pontos percentuais em relação ao mês de fevereiro. Contudo, com a chamada fase de transição, flexibilização dos comércios o movimento nas ruas aumentou. 
Fechamos esta edição no dia 04 de maio e de forma imediata o aftermarket reagiu positivamente, superando o mês de março em 8,5% ou para aqueles que gostam de analisar sob a ótica histórica o mês de abril foi 5,3% melhor, ou seja, mais serviços nas oficinas.  

Nunca é demais lembrar que o mercado de reposição nasce na oficina mecânica e todo o resto da cadeia (varejos, atacarejos, distribuidores regionais e nacionais, concessionárias, importadores e fabricantes) dependem do que acontece na oficina mecânica. Resumindo, se a oficina está “bem” com serviços e faturando, a cadeia toda comemora, já o contrário significa que todos perdem.

Nesta dinâmica, ganha competitividade quem tem informação da oficina e neste sentido a CINAU - Central de Inteligência Automotiva, desenvolveu o exclusivo conceito da Demand Driven Company. Leia mais sobre este assunto no editorial desta edição. 

Mas, voltando ao estudo deste mês, acrescentamos um box especial com dados sobre os hábitos de compra da oficina na internet.

Seguindo nossos estudos de compra de peças na internet, contamos agora com uma série histórica de quatro mensurações. 

Impactos do Coronavírus na Indústria da Reparação Automotiva

Compram Peças na Internet

PULSO DO AFTERMARKET 

Criado em meados de março do ano passado este indicador foi de vital importância para que as indústrias e todas as empresas que atuam no Aftermarket pudessem acompanhar o que está acontecendo lá na ponta – a oficina mecânica. Este mecanismo monitora o número de passagens de veículos (serviços) nas oficinas e é ele que analisaremos a seguir. 

Nitidamente retratado no gráfico, viemos de dois ótimos meses (janeiro e fevereiro), mas os “feriadões” e o endurecimento das medidas sanitárias com os lockdowns em março atrapalharam o movimento das oficinas. Entretanto, passado este período notamos um expressivo crescimento dos serviços em relação à média histórica das oficinas. O mês de abril registrou alta de 5,3%. Deste modo, o primeiro quadrimestre fechou com saldo médio positivo de 4,56%, em relação à média histórica, a continuar assim nossas projeções estimam que o aftermarket crescerá cerca de 5,5% neste ano.

Abril tivemos “TOURO DE OURO”, uma alusão ao mercado de ações, muito bem empregado pelo economista Pablo Spyer. Note que entre os dias 12 a 24 tivemos a maior variação do ano, superando 16 pontos percentuais e entre os 19 a 30 de abril, ocorreu a maior recuperação de 2021, saindo de - 8,11% para 4,01%. “Vai, Tourinhoooo!”

A segunda análise recai sobre o que chamamos de “qualitativa”, em que trazemos com exclusividade na Mala Direta Oficina Brasil uma sequência de percepções dos reparadores, como forma de complemento ao dado direto no número de passagens (serviços nas oficinas). 

Coletamos estas percepções através de questionários estruturados, entre os dias 1 e 4 de maio e ouvimos 380 oficinas. Neste relatório, o que nos chamou atenção em primeiro lugar é a estabilização do indicador “falta de peças”. Ainda que esteja dentro da margem de erro esta ligeira queda, é um bom indício, pois interrompe uma sequência de quatro medições em alta.  

Tentando responder uma questão que preocupa todo o mercado, o “desabastecimento” de peças, que prejudica significativamente o desempenho das oficinas, pela nossa análise do conjunto de dados nossa resposta é não, e nesta medição há uma boa sinalização de que este indicador possa recuar. Há sim uma dificuldade muito maior de encontrar peças em geral, contudo, outra prova da reação imediata da dificuldade de encontrar peças nos canais tradicionais é o aumento de compras pela internet.

Nas medições sistemáticas que analisamos os canais de compras das oficinas (IGD – Indicador de Geração de Demanda), identificamos um salto considerável de 360% no canal on-line, porém em nossa interpretação, esta migração para internet nada mais é do que um ato de desespero das oficinas em função da dificuldade de encontrar peça. Não podemos enxergar este movimento como uma mudança no hábito de compra do reparador.

O que reforça nossa percepção, é a queda no indicador de compra geral neste canal e um aumento nas compras de peças erradas a um patamar absurdo de 64%! Esta taxa de compras erradas comprova o grande gargalo do canal digital, que envolve além das limitações logísticas a falta de padronização de catálogos de aplicação. Diante destes indicadores fica fácil prever que o canal digital não é sustentável para oficina, pois não traz produtividade e este crescimento nas vendas não passa de um “voo de galinha”.  

E para aqueles que acompanham o trabalho basta conferir os gráficos para tirarem suas próprias conclusões, principalmente comparando as variações com as últimas medições.

Até a próxima edição. 

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