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Válvula EGR e os transdutores, vamos aprender o funcionamento dos transdutores de pressão

O controle da temperatura da câmara de combustão é fundamental para as emissões de poluentes, e uma das formas desse controle é através dos atuadores como os transdutores no controle das válvulas EGR do motor

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Por Pedro Luiz Scopino


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A recirculação dos gases de escape é uma medida para reduzir os poluentes nos gases de escapamento. Para o efeito o ar fresco, admitido pelo motor, é acrescido de gás de escape. Por consequência, o teor de oxigênio na câmara de combustão diminui e a temperatura de combustão é reduzida.

A temperatura de combustão inferior causa uma emissão menor de óxidos de nitrogênio (NOx). A recirculação dos gases de escape só funciona eficazmente se for controlada com precisão. As válvulas EGR podem ser acionadas pneumaticamente ou eletricamente, de acordo com a versão. No caso do comando pneumático, a respetiva modulação necessária do vácuo (“pressão de controle”) é realizada por um transdutor de pressão. 

O transdutor de pressão é acionado pela unidade de comando do motor através do respectivo mapa. A pressão de controle com a qual a válvula EGR é acionada é regulada conforme o ciclo de trabalho do sinal. Esse controle é efetuado de acordo com os parâmetros pré-estabelecidos pelos mapas do sistema de gerenciamento eletrônico do motor. 

O torque do motor alcançável de um veículo com motor de combustão depende da quantidade de ar de gás fresco admitida pelo cilindro. Os turbocompressores aproveitam a energia dos gases de escape em uma turbina para aumentar o enchimento dos cilindros através de um compressor ligado.

Os turbocompressores com  turbina de geometria variável variam a pressão de admissão exigida, ajustando as pás na turbina. Esse ajuste tem de ser muito exato.

O transdutor de pressão é acionado pela unidade de comando do motor através do respectivo mapa. Conforme o ciclo de trabalho do sinal é regulada a pressão de controle com a qual são ajustadas as pás da turbina por meio de uma cápsula de vácuo. Essa geometria da turbina permite uma resposta especialmente rápida com velocidades de rotação baixas e um alto grau de eficiência em rotações altas.

ESTRUTURA BÁSICA

O transdutor de pressão forma uma pressão mista (“pressão de controle”) a partir do vácuo, por exemplo, mediante uma bomba de vácuo, e da pressão atmosférica. Essa pressão de controle permite acionar a válvula EGR pneumática da recirculação dos gases de escape ou alterar o ajuste das pás no turbocompressor com a turbina de geometria variável por meio de uma cápsula de vácuo.

O acionamento do transdutor de pressão através da unidade de comando do motor requer uma corrente de comando. Porém não é uma corrente contínua, mas sim uma corrente intermitente com frequência constante (“modulação de largura de pulso”). Neste caso, a duração de funcionamento de um impulso é designada por “ciclo de trabalho”. Em função da corrente ou o ciclo de trabalho a atuar como grandeza de referência para a malha de controle, esse EPW é designado como sendo como “controlado pela corrente” ou “controlado pelo ciclo de trabalho” (ou “síncrono”).

No transdutor de pressão com compensação da temperatura, a força magnética é mantida em uma área ampla, independentemente da temperatura. Tal permite prescindir de uma regulação da corrente complexa na unidade de comando.

Assim, o comando é efetuado apenas através do respectivo ciclo de trabalho. Grande parte dos transdutores de pressão usados são controlados pelos ciclos de trabalho.

COMENTÁRIOS DE REPARADOR PARA REPARADOR

Alguns detalhes o amigo reparador ou reparadora devem estar atentos, quanto ao correto funcionamento do sistema de controle de poluentes do sistema de escapamento com sistemas do tipo transdutores.

ATENÇÃO

• Com a ignição ligada, não pode ser desconectada nem conectada nenhuma conexão de encaixe. Os picos de tensão daí resultantes podem destruir os componentes eletrônicos.

• As medições de resistência no transdutor de pressão podem ser apenas executadas com o plugue retirado para não danificar os circuitos internos da unidade de comando. Atenta-se também ao seguinte durante a localização de erros:

• Fugas nas tubulações;

• Maus contatos nas conexões de encaixe;

• Facilidade de movimento dos atuadores (caixa de pressão ou válvula EGR).

É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto.

Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos. 

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