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Válvula de comando e imãs centrais são usados para a regulagem do eixo de comandos

O controle através da distribuição da pressão hidráulica é usado para movimentar os comandos de válvulas, tanto no sentido de adiantar como atrasar o ângulo dos comandos

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Por Pedro Luiz Scopino


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O diagrama de válvulas de um motor é determinado já no nascimento do projeto, e isso vai interferir diretamente no seu desempenho, torque, consumo e emissão de poluentes.

De acordo com esse projeto teremos um desenho nos cames dos comandos que favorece um funcionamento com suavidade, com aberturas e fechamentos lentos das válvulas, favorecendo um desempenho controlado, respostas lentas nas acelerações e um otimizado consumo de combustível. E também podemos ter projetos para motores mais “nervosos” com abertura rápida das válvulas de admissão, picos em seus cames e fechamento também rápido, de modo que o alto torque do motor pode ser o grande objetivo.

E assim teremos, nestes exemplos, dois tipos de motores com dois tipos de comandos, um favorecendo as baixas rotações e consumo, e outro motor com outros desenhos nos comandos favorecendo a alta rotação e a performance. Foi com essas duas vantagens, uma em cada tipo de motor e de comandos de válvulas que surgiu o desafio aos engenheiros e projetistas com a válvula de comando e imãs centrais para a regulagem do eixo de comandos para motores com alta tecnologia.

A Válvula de Comando atua diretamente nos comandos de escapamento e/ou admissão!

Dependendo da rotação do motor, as válvulas de comando direcionam o fluxo do óleo através de diferentes canais de óleo para as respectivas câmaras no regulador hidráulico do eixo de comando, sempre seguindo um sinal (ordem) da unidade de controle do motor (UCE). Assim, o eixo de comando é girado em relação à engrenagem de comando e os tempos de distribuição, que é o momento de abertura e fechamento das válvulas de admissão e de escapamento, são alterados e temos uma mudança no diagrama de válvulas do motor.

Desta forma, o comportamento operacional em carga parcial e carga máxima é alterado e melhorado e, por consequência, o consumo e emissões de poluentes são reduzidos. 

Através de um controle eletrônico, efetuado pela unidade eletrônica do motor, a ECU, em que são determinadas a temperatura, rotação, pressão atmosférica e demais controles, irá comandar uma alteração dos comandos das válvulas.

São vários os nomes que esta válvula recebe, dependendo do modelo e montadora!

Os fabricantes de veículos e válvulas usam às vezes designações diferentes para estes componentes. Segue uma seleção de nomes alternativos para as respectivas designações:

• Válvula variadora dos comandos;

• Comando variável;

• Eletroválvula dos comandos de válvulas;

• Transdutor de pressão: transdutor eletropneumático, EPW, transdutor de pressão elétrico;

• Válvula de comutação: válvula de comutação elétrica, EUV, válvula solenoide limitação de pressão de admissão N75 (VW), válvula solenoide de comutação (VW), válvula elétrica (BMW);

• Transdutor de pressão elétrico: transdutor de pressão, válvula (VW), válvula elétrica (BMW), EDW, DW.

O importante é entender que esse atuador, controlado eletronicamente, pode alterar de uma só vez todo o comando de válvulas, ou em alguns casos, teremos o controle individual, válvula por válvula.

DE REPARADOR PARA REPARADOR

O fato de ter no motor um controle que permite alterar o diagrama de válvulas faz toda a diferença no desempenho do motor. A válvula de comando e imãs centrais para a regulagem do eixo de comandos são atuadores, que geralmente são válvulas com grande precisão, recebem alimentação positiva e um controle negativo em PWM, um pulso modulado enviado pelo computador central do sistema, que permite uma alteração no ângulo dos comandos.

É através da pressão do óleo do motor que ocorrerá essa abertura controlada da válvula e acionamento do comando de admissão e/ou de escapamento. Os testes nessa válvula podem ser através do equipamento de diagnóstico para o comando controlado da válvula, testes de acionamento e medição de resistência de sua bobina interna. Durante a manutenção do veículo, o mais importante  é a qualidade do lubrificante, sua correta aplicação, pois o circuito que alimenta a válvula de comando e imãs centrais para a regulagem do eixo de comandos recebem esse lubrificante, de forma intermitente, ou seja, existe uma tendência para a formação de borras nestes pontos, por não serem de fluxo constante.

Com a pressão de óleo liberada pela válvula, o comando de válvulas irá ser forçado a girar no sentido anti-horário para adiantar o mapeamento da admissão, por exemplo, neste momento é vencida a força da mola de retorno, que justamente será o item responsável por voltar o comando à sua posição original. Esses componentes devem sempre ter a sua manutenção com ferramentas recomendadas, sem receber pancadas ou solavancos, pois vai alterar a força da mola de controle interno.

É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto.

Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos. 

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