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A tecnologia automotiva na formação de profissionais da reparação com mais habilidades

Mecânica, elétrica, eletrônica, mecatrônica, autotrônica, híbridos, EV (veículos elétricos), semiautônomos, autônomos e veículos voadores, este é o resumo do ambiente do profissional da reparação automotiva

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Por Antonio Gaspar de Oliveira


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Naturalmente a evolução dos veículos forçam os profissionais da reparação a acompanhar os avanços tecnológicos para se manterem na atividade.

Temos duas situações interessantes, sendo a primeira envolvendo os reparadores que já possuem experiencia pelo tempo de atuação na reparação automotiva e a segunda, é a situação de quem vai ingressar na atividade da reparação e se depara com um volume de informações enorme para aprender e aplicar os conhecimentos adquiridos durante as execuções dos serviços nas oficinas.

Na primeira situação temos o profissional já estabelecido e atuante no mercado da reparação, que pode ficar estacionado no tempo e reparar os carros com menos tecnologia ou se dedicar aos cursos e treinamentos de capacitação de tecnologias mais avançadas.

Na segunda situação, o iniciante terá que absorver os conhecimentos de todas as áreas da reparação automotiva, começando pela mecânica e elétrica básica e se possível, chegar até aos veículos autônomos com todas as suas complexidades de funcionamento. 

O desafio atual está na atração ou motivação para ingressar na área da reparação automotiva, incluindo a questão financeira, que pode motivar quando olhamos um reparador automotivo nos Estados Unidos, que pode faturar $50.000,00 dólares por ano, mesmo sabendo que a realidade no nosso país é mais preocupante, mas devemos ter a coragem de investir em conhecimento para que tenha um retorno adequado ao seu potencial. 

Quando o profissional se dedica aos estudos que envolvem a sua área de atuação, podem surgir oportunidades em vários campos relacionados à tecnologia automotiva.

Tecnologia de engenharia automotiva, Mecânica diesel e tecnologia, Tecnologia de engenharia eletromecânica e biomédica, Hidráulica e tecnologia de energia fluida, Tecnologia relacionada à engenharia mecânica, Tecnologia de manutenção e reparo de veículos, Manutenção e tecnologia de aviônicos.

Quem acredita e investe na sua profissão tem maiores chances de crescer neste setor, que é muito dinâmico e competitivo. Tem sido comum encontrar profissionais que atuam na reparação de aeronaves e que iniciaram a sua carreira no setor automotivo e para atingir este nível de capacitação e competência, foi necessário estudar muito e investir muito tempo na busca de conhecimentos. 

Infelizmente, quando não se atinge o nível de conhecimento adequado, o profissional passa a ser um trocador de peças, na tentativa de solucionar a falha do veículo.

A grande carência na reparação automotiva está na oferta de profissionais que chamamos de pensantes, é aquele que não troca um fusível queimado, mas vai descobrir o que causou a queima do fusível.

As pessoas que se dedicam ao estudo da tecnologia automotiva têm um forte desejo de entender como os sistemas funcionam, são criativos e lógicos, pois o campo da tecnologia automotiva requer bons solucionadores de problemas e que tenham habilidades para trabalhar em equipe.

Estas condições são necessárias para atingir níveis de conhecimentos elevados porque os veículos possuem mais tecnologia do que nunca, como habilidades de autocondução, estacionamento e frenagem automática, e essa tecnologia precisa de profissionais qualificados para construir, manter e fazer a reparação quando o veículo apresentar falhas. 

Como não é possível fabricar profissionais capacitados, então é preciso formar e tem início com os conceitos básicos de motores, reparo, transmissão, arrefecimento, suspensão e tecnologia da eletrônica embarcada.

A manutenção de veículos modernos envolve habilidades mecânicas, bem como uma boa compreensão dos sistemas eletrônicos que controlam os componentes mecânicos. Ser um reparador automotivo vai muito além da atividade de reparar os carros, também devemos começar a investir mais tempo educando os proprietários de veículos, para que entendam a complexidade da manutenção e reparo de veículos e isso requer conhecimento cada vez mais especializado e caro, além de ferramentas que são limitadas.

À medida que o automóvel evoluiu de um simples dispositivo mecânico para um computador móvel, atualizamos nossas habilidades, aprendemos sobre novas tecnologias e evoluímos para acompanhar as mudanças.

Só para entender a crescente complicação no setor da reparação automotiva, tente fazer um alinhamento em um novo Audi. Há alguns anos, isso levava cerca de uma hora, mas atualmente, este mesmo serviço pode demorar três vezes ou mais, porque os carros mais novos têm sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS), que podem manter os carros na faixa, fazem curvas sozinhos, detecta pontos cegos, pedestres e outros veículos, evita colisões com frenagem de emergência e estas funções exigem que o carro tome decisões independente do motorista. Durante a manutenção destes sistemas avançados, os reparadores devem saber calibrar os sensores e câmeras com equipamentos e informações específicas e de custo elevado.

À medida que mais veículos foram equipados com esses recursos na última década, o número de peças nos veículos quase dobrou. Hoje, o carro médio tem 30.000 peças e os veículos novos contêm mais de 1.000 chips e semicondutores usados para tudo, desde iluminação interna, resfriamento do motor e gerenciamento da bateria até monitoramento da pressão dos pneus, controle do assento e muito mais. 

Olhando para o futuro, tecnologias mais sofisticadas, como a inteligência artificial, que utilizam câmeras e sensores em veículos, crescerão, tornando o reparo desses veículos cada vez mais complexos e caros.

Isso significa que os carros elétricos exigem treinamento e equipamentos especializados para consertar, e nem todas as oficinas estão preparadas para vivenciar este novo cenário da reparação automotiva.

Um dos maiores desafios na reparação de carros elétricos é a bateria. Embora as baterias sejam um dos componentes mais críticos de um veículo elétrico, elas também são um dos mais caros para substituir. No entanto, estão sendo desenvolvidas novas tecnologias que podem prolongar a vida útil de uma bateria, ou mesmo fazer o reparo substituindo partes ou blocos de células danificadas da bateria. 

Outra maneira de consertar os carros elétricos no futuro é por meio de diagnósticos remotos. Muitos veículos elétricos agora estão equipados com sensores que podem detectar problemas com o carro e enviar essas informações ao fabricante. Isso pode ajudar a identificar problemas antes que eles se tornem mais sérios e pode até permitir reparos remotos em alguns casos.

Aqui cabe a frase: somos movidos por tecnologia, agora podemos dizer que as oficinas possuem poucas opções e uma delas é aderir ao mundo tecnológico para garantir a continuidade no mercado, oferecendo serviços de qualidade de nível tecnológico avançado.

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