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A linha de depressão no coletor de admissão não é mais confiável e constante como era antes

A bomba de vácuo é necessária em motores com alta tecnologia, está instalada sempre na extremidade de um comando de válvulas para ser movimentada junto com o motor do veículo

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Por Professor Scopino


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A linha de depressão do motor não é mais a mesma! Hoje em muitos motores modernos não há mais a estabilidade nesta linha, já que as variações de pressão são muito maiores quando comparados a motores mais antigos. Mas porque desta mudança? Os motores estão mais compactos, mais leves, muitos têm o turbocompressor e pressões na linha de ar que mudam muito, mas muito rapidamente.

Os motores estão com forte tendência de deixarem de ser “naturalmente aspirados” para serem “turbinados”. Mas isso é tendência por qual motivo? Para termos motores menores, mais compactos, mais leves e principalmente mais eficientes. Um motor com um turbocompressor entrega a maior parte de sua potência já em baixas rotações, elevando a curva de torque lá para cima, o que favorece muito a dirigibilidade dos veículos.

Porém, a utilização de motores turbos altera de forma significativa a linha de depressão no coletor de admissão. Mas isso também ocorre em motores aspirados, em que temos coletor de admissão variável e comandos de válvulas variáveis. Ou seja, há uma complexidade muito grande na atualidade que altera a linha de depressão.

O que chega muito a alterar até a linha do blow by, a linha de pressão entre cárter do motor e tampa de válvulas, o popular sistema de respiro do motor, que em algumas regiões do Brasil é conhecido como sistema de “suspiro”. Também temos mudança nesta linha do blow by, a qual sempre era com pressão positiva, e muitos modelos hoje, usando a alta tecnologia, têm pressão negativa.

A depressão no coletor de admissão não é mais estável em alguns motores!

E são muitos os comandos de componentes em que é utilizada uma linha de depressão. É nesse momento em que há a necessidade de termos estabilidade, e isso a bomba de vácuo faz com toda a eficiência. Pode ser para auxiliar a linha do servofreio, conhecido popularmente como hidrovácuo, em que a linha de depressão multiplica a força do condutor exercida no pedal de freio por 10 vezes. Isso mesmo, o servofreio multiplica por 10 a força exercida no pedal para a parada do veículo!

A bomba de vácuo praticamente não “afeta” a potência do motor

E nada melhor que ter uma linha de depressão controlada, que gera entre 0,7 a 0,9 bar de depressão, de forma constante, já em marcha lenta do motor, sem “roubar” potência do motor ou do sistema elétrico. E a bomba de vácuo gera uma depressão constante para ser utilizada em:

• sistema de freio (auxiliar);

• comando da válvula EGR (quando não é do tipo elétrica);

• comando da válvula do turbo (quando não é do tipo pilotada);

• comandos internos no veículo;

• solenóides em geral;

• válvulas em geral.

DE REPARADOR PARA REPARADOR

A bomba de vácuo cada vez estará presente no dia a dia da reparação automotiva, e cabe ao reparador aprender mais sobre o tema, seu funcionamento e até a testar a linha de depressão do veículo. Como já citei, temos nesta bomba os valores gerados entre 0,7 a 0,9 bar. É raro, mas a bomba de vácuo pode ter desgaste e diminuir sua eficiência. A linha de admissão de ar é muito importante, e a manutenção do elemento filtrante do motor é fundamental. Portanto nada de bater o elemento filtrante ou “limpar” com ar comprimido.

Nenhuma dessas duas opções são aceitáveis. A solução quando há excesso de impurezas é a substituição do filtro de ar do motor.

É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto.

Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos. 

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