De diferentes tamanhos, as cruzetas estão presentes em veículos pesados, em formato de cruz, localizadas nas extremidades do eixo cardan. Elas são as responsáveis pela transmissão da força do motor para o diferencial em ângulos variados. Sem elas, o veículo não conseguiria se movimentar.
O gerente de produtos e engenharia da Nakata, Jeferson Credidio, explica que nas extremidades das cruzetas estão as espigas (ou munhões) e em volta estão os roletes, que são mantidos dentro de uma capa protetora, que é chamada de castanha ou copo. Por meio de garfos e flanges, as cruzetas se unem ao eixo cardan, permitindo o movimento da junta universal em todos os sentidos.
Jeferson ressalta: “As cruzetas são, portanto, peças fundamentais de um completo mecanismo chamado eixo cardan, que garante uma distribuição correta e uniforme da força gerada pelo conjunto motor/câmbio ao eixo diferencial. O que imprime potência e estabilidade, mesmo em terrenos e condições mais extremas”.
Quando trabalham em ângulos muito acentuados ou há torque em excesso aplicado ao cardan, pode ocorrer a torção do tubo, resultando em ruído e vibração, ou até mesmo a ruptura do eixo cardan.
Segundo o gerente, se os roletes estiverem operando sob condições inadequadas, podem danificar os munhões das cruzetas, que apresentarão marcas características. Isso pode ser sinal de que a ponteira deslizante está travada ou o sistema está sofrendo um torque excessivo.
Desgaste excessivo, instalação incorreta e falta de lubrificação são as principais causas de falhas nas cruzetas, que podem ser confundidas com problemas no freio, transmissão, direção ou suspensão devido às vibrações e ruídos gerados.
Vibrações quando o veículo atinge velocidades mais altas, estalos em arrancadas ou no momento de trocar as marchas são alertas de que pode haver algo errado com as cruzetas do cardan. A quebra da cruzeta pode provocar a parada total do veículo, e ainda causar danos em outros componentes da transmissão, como o garfo e o terminal do cardan.