À medida que o veículo envelhece, os componentes atingem o fim de sua vida útil. Por isso, uma inspeção periódica desses componentes, especialmente itens como direção, suspensão, freios e pneus, garante total segurança, melhora a confiabilidade do veículo e salva vidas. De acordo com a Administração Nacional de Segurança Rodoviária, 35% de todas as colisões de veículos motorizados podem ser atribuídas à falha de um componente do veículo.
Para promover a conscientização do consumidor sobre a manutenção adequada, principalmente de veículos comerciais, muito exigidos no transporte de cargas, a Dana recomenda a verificação periódica dos componentes, especialmente eixo cardan e eixo diferencial, a fim de evitar problemas mais sérios e onerosos nos componentes do sistema de transmissão, além de garantir a segurança e disponibilidade do veículo pelo usuário.
Muito utilizados no transporte de mercadorias dentro das cidades, os VUCs – Veículos Urbanos de Cargas, merecem toda atenção, particularmente no eixo diferencial, a fim de garantir total segurança durante o uso. O Hyundai HD 80, por exemplo, lançado em 2018 pela montadora sul-coreana, sucessor do Hyundai HD 78, de 2011, conta com motor diesel com turbo alimentação de duplo estágio e intercooler. A transmissão tem caixa de marchas de 5 velocidades, seguindo o padrão do segmento, mas como se trata de um caminhão de uso urbano, o diferencial traseiro (Dana S-110) conta com nova relação entre pinhão e cremalheira (6,50:1), mais curta para priorizar o desempenho dentro da cidade.
Cuidados com o diferencial
Todo conjunto mecânico de alta precisão – e o eixo diferencial é um deles – precisa ser inspecionado periodicamente, permitindo que possíveis componentes desgastados ou próximos do fim de sua vida útil sejam substituídos ou reparados.
Diagnóstico de falhas
As cinco etapas a seguir são uma abordagem efetiva para um bom diagnóstico de falhas.
- Documentar o problema;
- Fazer uma investigação preliminar;
- Preparar as peças para inspeção;
- Localizar a causa da falha;
- Corrigir a causa do problema.
Além da inspeção visual externa e verificação de folgas e integridade dos componentes, pode ser necessária a desmontagem do eixo diferencial para averiguar outros itens, principalmente coroa, pinhão, caixa, satélites, planetárias e semieixos.
Uma vez desmontado, seja por manutenção corretiva ou preventiva, deve-se proceder à inspeção das partes do diferencial com cuidado e atenção para um correto diagnóstico de falhas e solucionar as causas prováveis.
Para realizar um diagnóstico de falhas é preciso observar que a maioria das falhas no conjunto do eixo diferencial é causada por fatores como:
- Falta de manutenção;
- Não observância do uso correto do Peso Total;
- Nível de óleo baixo;
- Utilização de lubrificante impróprio;
- Operação incorreta do condutor do veículo.
Tais situações podem gerar problemas como desgaste prematuro das engrenagens e rolamentos, quebra de dentes das engrenagens, defeitos causados por desgaste natural ou características externas, como falta de lubrificação, lubrificante contaminado, manuseio incorreto e carga excessiva.
Além do catálogo do eixo Dana modelo S-110, já estão disponíveis mais quatro Catálogos de Aplicação da Linha Pesada: eixo 267/70, eixo 284/284HD/480, eixo 286/80 e eixo S130.
Para a linha agrícola, o Catálogo de Aplicação inclui dados para nove modelos de eixo: eixo 730/573 para tratores Massey Ferguson MF6700; eixo 750/171 para tratores John Deere 6190 MW5 Autotrack e 6170 MW4 Autotrack; eixo 750/159 para tratores John Deere 7500; eixo 750/163 para tratores John Deere MW4; eixo 750/170 para tratores John Deere MW5; eixo 750/147 para tratores John Deere 6145J; eixo 750/171 para tratores John Deere 6145J; eixo 750/165 para tratores John Deere 6145J; e eixo 720/553 para tratores John Deere 6145J.