Oficina Brasil


Batemos a meta!

A CINAU previu que o crescimento do mercado de reposição alcançaria dois dígitos em 2021 e esta marca foi alcançada na última medição do PULSO DO AFTERMARKET, como é possível ver no gráfico abaixo. Nosso setor está respondendo de forma impressionante a todas as adversidades como a falta de peças, inflação e preço dos combustíveis. Confira detalhes em mais esta edição do PULSO DO AFTERMARKET

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Por Equipe CINAU


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Média de passagens nas oficinas, medida pela CINAU em 14 estados que abrigam aproximadamente 90,96% da frota circulante no País

Nesta edição trazemos o 19º relatório mensal do PULSO DO AFTERMARKET, dando sequência às matérias publicadas, com exclusividade, na Mala Direta Oficina Brasil. Nossos indicadores se tornaram fonte de consulta indispensável para os executivos do segmento de aftermarket, que encontram nestes dados uma base segura para a tomada de decisões em relação ao mercado de reposição de autopeças e lubrificantes da linha leve e comercial leve. 

Como você pode conferir no gráfico abaixo do PULSO DO AFTERMARKET contendo o número médio de passagens (serviços) oficinas, ele mostra o crescimento acumulado do ano, que já atinge a expressiva marca de 9,27%, confirmando a meta vaticinada pela equipe da CINAU, há mais de seis meses.

Quanto mais iremos crescer até o final do ano? Mais uma vez ousaremos assumir a posição de “oráculos” e prever um número. Em primeiro lugar não podemos deixar passar em branco que o crescimento de 10% já é uma vitória, mas agora que esta marca já está assimilada fica aquele desafio: quanto mais nosso aftermarket pode entregar de crescimento?

Nossa previsão é que devemos bater um crescimento para a demanda de peças técnicas e lubrificantes no mercado de linha leve e comercial leve na ordem de 12,5%!Antevemos esta marca pelo comportamento do mercado até agora, somando as condições externas, pois tradicionalmente os meses de novembro e dezembro costumam bater recorde de serviços nas oficinas. Uma sazonalidade que deve se repetir neste momento “pós-pandemia”, como sempre foi registrado em “tempos normais”.

As ameaças continuam rondando e podendo comprometer um resultado tão exuberante. Não podemos subestimar a falta de peças que continua num patamar muito elevado, fazendo com que as oficinas percam serviços ou atrasem sua produção pela falta de insumos. Também a inflação que está fazendo os preços dispararem e o custo dos combustíveis que comprometem a utilização dos veículos. 

Mas nem esta “cesta de negatividade” tem conseguido comprometer o crescimento espetacular de nosso mercado de reposição, aliás, em paralelo e de forma muito interligada observamos o boom no mercado de carros usados e seminovos.

Estes dois mercados sempre andam de mãos dadas, pois a demanda de usados e seminovos equivale a demanda por serviços e peças. 

Dados & informações personalizadas - Para aqueles executivos responsáveis por operações no mercado de reposição e que utilizam os dados do PULSO DO AFTERMARKET para balizarem o estabelecimento de metas de crescimento para suas empresas, a equipe da CINAU alerta que este crescimento estimado para o mercado de reposição é “geral”, mas esta marca é diferente dependendo da linha de produtos.

Diante deste fato a área de CONSULTORIA DA CINAU pode oferecer estudos personalizados para a previsão de crescimento por linha de produtos, pois se você fabrica ou vende amortecedores o crescimento será “X”, por outro lado se sua empresa produz ou revende, por exemplo, sondas lambadas o crescimento será “Y” e assim por diante. Estes estudos de dimensionamento de mercado abrangem até 46 linhas de produtos e podem ser muito úteis para posicionar as metas da sua empresa amparadas em dados do ambiente onde efetivamente nasce a demanda do mercado de reposição, que é a oficina mecânica.

Na visão da CINAU o tamanho do mercado de reposição de peças técnicas é equivalente ao que consomem as mais de 74 mil oficinas no Brasil.

Nós da CINAU estudamos o mercado de reposição há décadas e um dos assuntos mais “cinzentos” que temos conhecimento é o dimensionamento do mercado. Prova disso é que empresas de um determinado segmento ao explicitarem seus Market share, e para um observador atento é comum a soma das participações declaradas ultrapassarem os 100%.

Mas afinal qual o impacto desta provável falta de conexão com o a realidade? Quase nenhum, pois o mercado de reposição é tão generoso entregando ano a ano taxas positivas de crescimento (e muito robustas como é o caso de 2021) a todos os players proporciona este estado “letárgico”.

Esta situação “cômoda” cria uma falta de apetite pela investigação e ausência de uma saudável curiosidade para promover discussões complexas  no sentido  de dimensionar a demanda efetiva do mercado de reposição em um país continental como o Brasil. Aliás, em nossa área de CONSULTORIA quando confrontamos os números da oficina apurados pela CINAU com os dados que norteiam a operação de alguns fabricantes as discrepâncias às vezes são muito grandes e naturalmente acontecem discussões, que em alguns casos são altamente saudáveis, pois como diz o ditado “da discussão nasce a luz”.

Porém alguns executivos preferem simplesmente abandonar as “linhas investigativas” e simplesmente se abrigam em seus próprios dados de dimensionamento de mercado e consequentemente Market share, um luxo que podem se dar ao exibirem resultados sempre crescentes de produção/vendas, afinal, como já dissemos uma vez “o aftermarket é uma mãe”! 

Pelo histórico “demandante” do mercado de reposição, consideramos esta postura dos executivos como “compreensível” num mercado que nunca se pautou pela busca de dados e informações do nascedouro da demanda, afinal se no final do mês os “pedidos” chegam de forma crescente,  os estrategistas hão de pensar: a troco de que vou investir em conhecer o tamanho desta fonte se ela é contínua?   

O importante é que graças aos estudos da CINAU os players da indústria de reposição que querem deixar esta zona de conforto podem iniciar, a partir destas informações da CINAU, uma verdadeira cruzada na busca do dimensionamento real dos seus mercados e a partir disso todos os detalhes da formação das demandas muito além do real Market share.

A equipe da CINAU está à disposição dos interessados em embarcarem neste processo de “desbravamento & entendimento” da demanda que culmina em nosso conceito de CONSULTORIA registrado como “DDC” Demand Driven Company, ou seja a empresa que orienta sua operação, acima da área comercial e marketing pela área de BI (Business Intelligence). 

Voltando aos números

Depois desta breve digressão sobre o comportamento de alguns executivos do mercado de reposição retornamos a análise dos dados colhidos este mês pelo PULSO DO AFTERMARKET, lembrando que o gráfico acima é considerado o dado “quantitativo”, que leva em conta tão somente o número de passagens nas oficinas em mais de mil estabelecimentos em 14 estados que abrigam mais de 90% da frota circulante.

Já nos gráficos abaixo damos continuidade aos indicadores de periodicidade mensal que chamamos de “qualitativos” e nos ajudam a compor o cenário geral do comportamento da demanda de autopeças e lubrificantes a partir da oficina.

Estas informações são colhidas pela CINAU mensalmente e nesta edição foram tomadas por meio de 395 entrevistas com oficinas entre os dias dois e três de novembro.

Vocês que já estão acostumados a interpretar estes dados podem fazer suas próprias análises e interpretações.

De nossa parte nos chama atenção que a percepção de falta de peças caiu levemente (dois pontos percentuais) e a introdução de uma nova pergunta: - passada esta crise de falta de peças vocês vai abandonar o meio digital e retornar a focar suas compras em seus fornecedores tradicionais? A resposta foi 90%, ou seja, o alto índice de compras erradas explica este maciço retorno dos reparadores a focarem suas compras nos fornecedores tradicionais.

Infelizmente, os gargalos já conhecidos do ambiente digital para trazer o “insumo crítico” (autopeças) à oficina de forma eficiente não foram superados no Brasil e enquanto este meio não trouxer “produtividade” ao dia a dia da oficina não irá se destacar entre os múltiplos fornecedores das oficinas compostos por cimento/tijolo e seres humanos.

Antes da pandemia as compras todas das oficinas (medidas pela CINAU desde 2018) não chegavam a taxa média de 2% este índice está em 5,12% como mostra o gráfico abaixo, mas nossa previsão é que passada esta crise de falta de peças este percentual retorne para algo próximo a 3%. Nossa previsão para o futuro do canal digital é que o crescimento deste meio será contínuo, porém muito lento, e diretamente proporcional aos desafios oportunizados pela diversidade da frota que abriga cada mais SKUs, tornando o desafio de formação de estoque uma tarefa quase impossível.

Resumindo: para as peças chamadas de “moscas brancas” a internet continua sendo o meio que traz produtividade para a oficina.

Ainda em relação as compras nos canais digitais a última survey apurou que a preferência dos reparadores acontece em relação ao Mercado Livre que registra 93% das preferencias de compra, seguido pela opção “outros” com 4%, 1,3% Connect Parts, 0,9% na Jocar e 0,8% no Canal da Peça. Outro aspecto abordado nesta identificou que 92,5% dos reparadores vão abandonar as tentativas/compras na internet e se voltarem a concentrar suas compras nos fornecedores tradicionais, assim que o desabastecimento arrefecer. Motivo: atendimento.  

Até o próximo PULSO DO AFTERMARKET

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