Oficina Brasil


Balanço final: crescemos em 2020!

O fatídico ano de 2020 chegou ao fim e o resultado foi positivo para o segmento de reposição de autopeças. Para sermos mais precisos o indicador da CINAU – PULSO DO AFTERMARKET marcou no dia 31 de dezembro um crescimento nas passagens (serviços) nas oficinas independentes de 0,35% em relação a 2019. Um resultado fantástico, para um ano terrível e prova que nosso mercado é um porto seguro na crise. Agora é focar no ano que inicia e seguir de perto o PULSO DO AFTERMARKET, pois há elementos preocupantes para este primeiro trimestre como o fantasma do desabastecimento de peças. Nós da CINAU seguiremos monitorando a demanda para que você possa trabalhar e investir com segurança

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Por CINAU


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“Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”, ditado português.

Inspirados no dito lusitano verificamos que o inimaginável e terrível ano da pandemia chegou ao fim, mas será que os impactos da crise para o nosso setor estão superados como prova o PULSO DO AFTERMARKET? Contabilizando crescimento discretíssimo em relação a 2019 nosso resiliente aftermarket finalizou um ano bom até a meia-noite do dia 31 de dezembro, quando realizamos a última medição.

Como nosso indicador do PULSO DO AFTERMARKET mensura apenas o número de passagens (serviços) nas oficinas a CINAU também realiza outros tipos de pesquisas para levantar dados sobre o ticket-médio, inadimplência, crédito, falta de peças, etc... pois para estimarmos o tamanho do mercado de reposição da linha leve e comercial leve como um todo (giro financeiro, demanda de peças, etc...) é preciso que se pondere também estes outros fatores e este painel completo você tem disponível no segundo bloco desta matéria. Mas antes é sempre bom refletir sobre os ensinamentos desta estressante experiência e aproveitar o lado positivo das crises. 

Mitigando a incerteza

Diante deste caos generalizado da economia nacional e mundial, desemprego nas alturas, setores totalmente quebrados e outros operando de forma precária e quase todos sem perspectivas de futuro de médio prazo o que sobra são incertezas.

Pois a incerteza é o principal componente para travar a roda de geração de valor nas economias de mercado, uma vez que oportuniza o sentimento natural de medo e insegurança, percepção de risco, diminuição do consumo e natural retração dos investimentos. Mas como podemos vencer a incerteza? Para vencermos a incerteza só conhecemos uma “vacina” definitiva, de eficiência e eficácia 100% comprovada, sem efeitos colaterais e já testada ao longo da própria história da humanidade: a informação.

Aproveitando o gancho do assunto do momento envolvendo as vacinas do COVID 19 que prometem trazer o planeta à normalidade, provocamos fazendo uma analogia entre a “gripe chinesa” e o elemento cura, transportado para o ambiente dos negócios no aftermarket.

Pois foi com este intuito específico de oferecer aos tomadores de decisões de todos os elos da cadeia do mercado de reposição que a CINAU desenvolveu o PULSO DO AFTERMARKET logo no início da crise da pandemia, uma “vacina” com fórmula baseada na “informação” para dissipar a incerteza, o medo, aversão ao risco e consequente depressão dos negócios.

Pela dinâmica natural do mercado de reposição decidimos medir SEU ‘PULSO” a partir da oficina mecânica, pois é neste ambiente,  que nasce da demanda de autopeças.

Pelo menos para as empresas e agentes comercias de itens “técnicos” onde quase 100% de sua demanda tem origem na oficina, uma vez que no Brasil a participação do dono do carro nos serviços de manutenção do veículo, o chamado DIY (Do It Yourself, ou faça você mesmo em tradução livre) é muito diminuta em nosso país. 

Para termos uma ideia do mercado de reposição destes itens técnicos mais lubrificantes, a CINAU estima de maneira geral o mercado de reposição de linha leve e comercial leve amparado nos seguintes dados:

- Número de oficina independentes: 75.000 (sem considerar funilaria e pintura, borracharia, retíficas, manutenção exclusiva de pesados,  etc..). Este número é chancelado pelo SINDIREPA-NACIONAL em seu último censo realizado em 2018;

- Número médio de passagens/mês nestas oficinas: 80 carros (dado da CINAU);

- Ticket médio: R$ 400,00 (dado da CINAU);

Decorre desta aritmética básica e comprovada que o movimento gerado pelo mercado de reposição em peças (sem mão de obra, considerando apenas peças técnicas e lubrificantes, sem pneus, vidros, tintas, etc..) na casa dos R$ 28.8 bilhões de reais/ano.

Pois este considerável orçamento sustenta boa parte (se não a maior parte) da cadeia de reposição e todos os seus players: fabricantes, agentes comerciais e oficinas. Pois foi de olho neste impressionante mercado que a CINAU decidiu focar seus serviços e oferecer aos agentes industriais, comerciais e prestadores de serviços uma vacina contra a ignorância, pois logo que começou a pandemia ficou evidente que o pânico estava tomando conta também de nosso setor e os prejuízos poderiam ser imensos.

Aliás, a CINAU em seus 21 anos de existência, viveu a igualmente assustadora crise de 2008 e naquela época fomos uma voz quase isolada ao prevermos que o aftermarket cresceria em 2009, ano reflexo do crash nos EUA. E foi efetivamente o que aconteceu, mais uma vez confirmando: toda e qualquer previsão de comportamento do mercado de reposição deve ser feita a partir do estudo obsessivo da oficina. 

Neste ano de 2020, mais uma vez temos a satisfação de perceber que a CINAU, ainda no início de abril, foi a primeira CONSULTORIA a estimar o eventual tombo do nosso mercado e realizar previsões que juntaram os dados da CINAU a um modelo econométrico desenvolvido pela Fraga Inteligência de Mercado para orientar os empresários e executivos em suas decisões.

O resultado que colhemos agora confirma que a CINAU esteve certa desde os momentos mais trevosos da crise, apresentando dados e informações que mostravam que mais uma vez o mercado de reposição se sairia bem na crise.

Temos igualmente certeza de que os tomadores de decisões na cadeia de reposição que foram vacinados contra a ignorância (e o decorrente temor) com as informações do PULSO DO AFTERMARKET, e não se “encolheram” viram seu market share crescer sobre seus concorrentes, sem sacrifício da rentabilidade.

Esta realidade, sempre evidenciada nas grandes crises, comprova que o insumo mais valioso para qualquer negócio é a informação.

Nossa CINAU nasceu com a missão de estudar exaustivamente o mais importante elo da cadeia de reposição que é a oficina, onde o aftermarket nasce, assim quem conhece a base da demanda de seus produtos terá informações para moldar sua atividade em sintonia com o que desejam\necessitam\precisam as oficinas, visando ganho de market share, fidelização e principalmente rentabilidade. 

Não é por nada que no meio desta crise e com o natural aumento de interesse das empresas em se “vacinar” contra a ignorância e igualmente evitar o vício brasileiro da perigosa “achologia” que a CINAU criou o conceito da DEMAND DRIVEN COMPANY, ou seja a empresa que opera no mercado de reposição totalmente orientada para atender às oficinas da forma mais eficiente.

O mais desafiador nesta estratégia é que quando estudamos a oficina de forma profunda vamos descobrir que às necessidades (dores como se usa dizer modernamente) percebidas variam conforme o porte do estabelecimento. Também nos damos conta que o grande indutor dos modelos de sucesso às vezes consiste na identificação das dores não percebidas, mas este é um trabalho muito específico e complexo que oferecemos dentre a ampla gama de serviços de assessoria da CINAU e que não são o foco desta matéria.

Voltando aos dados da CINAU (PULSO DO AFTERMARKET) , conforme indicado em nosso gráfico o mercado de autopeças e lubrificantes da linha leve e comercial leve em 2020 cravou um crescimento de 0,35%, em relação a 2019. Este dado já é definitivo e ficou dentro da margem de erro do modelo econométrico, mas agora não é mais previsão, é confirmação. 

Este resultado provou que o mercado de reposição é um porto seguro nas crises, mesmo diante de uma sem precedentes como é o caso da pandemia.

Apesar da grande preocupação com o desabastecimento de peças, nosso indicador mostrou pequena queda na percepção de falta de produtos nas oficinas. Hoje a equipe da CINAU está dando grande ênfase a esse aspecto na cadeia de suprimentos.

E daqui pra frente?

A vida de empresários e executivos da indústria do aftermarket automotivo não é fácil, pois o ciclo de cobranças e desafios não cessa nunca. Vendeu bem este mês? Que bom! Você tem um dia para comemorar, pois amanhã começa tudo novamente. Bateu a meta do ano? Parabéns, você tem um dia para comemorar, pois amanhã começa tudo novamente. 

Aparentemente caricata não há exagero nesta descrição do dia a dia dos responsáveis pelo desempenho das empresas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes, este “Carma” é comum a quem decide conduzir um negócio num mundo de concorrência livre. 

Mas vamos supor que no ano de 2020, confirmando as previsões da CINAU sua empresa “empatou” com 2019 ou cresceu um pouco... OK parabéns e você tem um dia para comemorar!  Agora é hora de focar em 2021.

Neste sentido e como forma de não se sentir desorientado, conte com a CINAU, pois já estamos trabalhando para compor o novo cenário do ano que inicia e além de nossas previsões estaremos oferecendo dados fundamentais para balizar o desempenho do seu negócio em 2021.

Algumas informações complementares mostraremos a seguir no próximo bloco que divulgamos os dados da sequência de surveys, esta última realizada (no fechamento desta edição) entre os dias 04 de janeiro , quando ouvimos 480 oficinas, para medir percepções “qualitativas das oficina”.

Entre os aspectos avaliados a maioria são boas notícias, não há qualquer elemento extraordinário que pode indicar um crescimento do fator mais preocupante que o desabastecimento de autopeças. 

Neste sentido o dado concreto é que no último levantamento 62% reportaram dificuldade de encontrar peças, mas agora este indicador cai levemente para 59%, o que, pelo menos interrompe a sequencia de alta (confira no gráfico específico nesta reportagem).  Por outro lado estamos colocando um outro indicador nesta sequência que diz respeito às oficinas que afirmaram que deixaram de fazer serviços por falta de peças e o indicador da primeira medição chegou próximo dos 30%, o que nos parece um número elevadíssimo, porém ao contrariar a simples percepção de falta de peças que a CINAU acompanha deste 1999 este novo índice foi colhido pela primeira vez, assim, na próxima coleta já teremos um pouco mais de consistência, mas nossa “lupa” estará focada neste aspecto daqui pra frente, pois como já observamos no início desta matéria, os outros indicadores parecem todos sob controle. Acompanhe o resto do levantamento no próximo bloco. 

PERCEPÇÃO DAS OFICINAS

Como referimos acima os indicadores quantitativos de passagens (PULSO DO AFTERMARKET) nos ajudam a compor o quadro parcial do resultado do aftermarket, mas para sabermos se o resultado obtido de crescimento de 0,35% vai representar maior consumo de peças efetivamente e é por isso que juntamos este segundo bloco de informações qualitativas envolvendo aspectos qualitativos como  ticket médio, inadimplência, dificuldade de encontrar peças, etc..

Diante da análise deste pacote de dados começam as boas notícias, a primeira é que para a maioria das oficinas o ticket médio dos serviços está mais alto ou equivalente ao do período pré-pandemia e apenas 23% perceberam queda no valor das vendas em serviços e peças.

Como nas outras análises o fator de maior preocupação é a reclamação sobre dificuldade de encontrar peças, uma situação que está deixando toda a cadeia de suprimentos de cabelo em pé. Porém as notícias da base geradora de demanda, não pioraram em relação a última survey e vejam que o percentual de oficinas que perceberam falta de peças caiu de 62% para 59%, uma queda leve, porém o importante é que interrompeu a sequência de alta.

Como referimos no bloco anterior desta matéria a equipe da CINAU, preocupada com em ampliar o entendimento do processo de dificuldade de encontrar peças introduziu uma nova pergunta na survey, questionando se o reparador chegou a perder serviço por falta de peças, e nesta primeira análise o índice bateu inacreditáveis 32%. Mas este indicador precisa de no mínimo um ciclo de três medições para ganhar consistência. Vejam que a percepção “simples” de falta de peças é medida pela CINAU desde 2009 e a longa séria histórica nos dá segurança para afirmarmos que não há desabastecimento. Para se ter uma ideia o recorde deste indicador foi em 2009, quando atingiu a marca de 82%, o que caracterizou efetivamente um desabastecimento.

Outra ressalva importante que fazemos nesta análise é o aumento de “oficina fechadas” que bateu 8%, uma marca muito acima do que medimos nos períodos mais críticos da pandemia e esta situação é explicada pelo período em que a survey foi realidade, inclusive encontramos oficinas fechadas por motivos de férias.

Observe os indicadores na página anterior e tire suas próprias análises, pois se você acredita que o mercado nasce na oficina, não terá dificuldades em interpretá-los e sustentar suas decisões.

CONCLUSÃO

Após mais esta edição da série exclusiva da mala direta Oficina Brasil envolvendo os efeitos da crise do COVID-19 sobre o mercado de reposição, o que fica evidente é a importância de trabalhar com informação para a tomada de decisões.

Neste sentido a equipe da CINAU fica à disposição dos empresários e executivos à frente de empresas representantes dos diversos elos da cadeia de suprimentos do mercado de reposição de autopeças, pois o que apresentamos nesta sequência de matérias representa apenas uma parte “geral” do nosso imenso acervo de informações.

Contudo nosso serviço de consultoria criou uma dinâmica inédita chamada “DSIC”- Diagnóstico Solução Implementação e

Comprovação - que é capaz de realizar uma completa análise da dinâmica a partir da oficina e mais do que isso oferecer soluções mensuráveis em termos de ROI para que sua empresa experimente crescimento de market share e rentabilidade no mercado de reposição.

Os serviços de DSIC fazem parte do igualmente inovador conceito lançado pela CINAU e chamado de DEMAND DRIVEN COMPANY. 

Com este inédito serviço de assessoria da CINAU é possível dimensionar a atuação da empresa “de baixo para cima” como se observa na lógica das sólidas construções. Caso sua empresa ainda não tenha desenvolvido uma área de BI com ênfase na oficina mecânica e você acredite que seus produtos\serviços\vendas têm como “nascente” da demanda este ambiente não hesite em nos contatar, para que um modelo seja desenhado de forma exclusiva para sua empresa. Para mais informações sobre os serviços DSIC e DEMAND DRIVEN COMPANY basta entrar em contato conosco: cinau@oficinabrasil.com.br. 

Também mantenha-se informado sobre o mercado acompanhando o PULSO DO AFTERMARKET inscrevendo-se no site www.pulsodofatermarket.com.br e assinando a Mala Direta OFICINA BRASIL, que apresenta ao mercado de aftermarket com exclusividade  os indicadores e análises de mercado da CINAU.

Até a próxima edição. 

 

 

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