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Oficina Mecânica: Um bom negócio aos olhos de um empreendedor!

Um administrador de empresas que viu no setor de reparação uma grande oportunidade de crescimento profissional! Hoje, dono da Snapcar, Reinaldo Pinto, relata sua trajetória até se tornar uma oficina de sucesso.

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Por Da Redação


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Dizem que o amor pela oficina mecânica é uma tradição transmitida de pai para filho. Como prova disso, acompanhamos inúmeros casos sobre famílias que têm gerações dedicadas ao “negócio de família”.

A história de Reinaldo Pinto, de Salvador, Bahia, não seria diferente. Ele passou grande parte de sua vida dentro de oficinas, quando criança via seu pai e tios trabalhando no setor, e mais tarde dentro da oficina mecânica, que sua mãe abriu, ao separar-se de seu pai.

Aos onze anos de idade, Reinaldo acompanhou sua mãe, Dona Josefa Pinto, que decidiu junto com o seu filho mais velho abrir sua própria oficina em 1978. Ela batizou a oficina de Mary Rei, em homenagem a sua filha e ao nome carinhoso como era chamado Reinaldo. Como já tinha certo conhecimento da área automotiva adquirida com seu ex-marido, fez da oficina o sustento dela e dos filhos. Como em todo o negócio familiar houve uma divisão de tarefas e funções. O filho mais velho, Roberto Pinto, ficou responsável pela gestão do pátio da oficina e acompanhamento do serviço, enquanto Josefa cuidava do atendimento aos clientes e a parte administrativa, nessa época Reinaldo estudava pela manhã e aprendia com eles a cuidar do negócio durante a tarde.

Dona Josefa demonstrou uma capacidade de trabalho e determinação insuspeitas até então, pois sempre havia ocupado funções “secundárias”. Enfrentou diversos obstáculos, além dos inerentes a todos os empreendedores os preconceitos associados a condição de mulher, sobretudo por ser um ambiente estigmatizado como tipicamente masculino. Oficinas lideradas por mulheres é uma situação relativamente recente, mas Dona Josefa foi uma pioneira.

Com uma mentalidade inovadora, Josefa Pinto quebrou vários paradigmas no setor na década de 80, como não baixar as portas no horário de almoço, criou o “Disk-Socorro”, um serviço pioneiro na Bahia, no qual o cliente acionava a oficina para que um reparador fosse ao local onde o veículo apresentava falhas. Nessa época não era comum as oficinas terem os serviços mecânicos e elétricos juntos, e ainda terem estoque de peças, todas essas novidades fizeram a criação do Centro Automotivo Mary Rei, onde o cliente encontrava no mesmo lugar serviços variados e as peças necessárias.

Juntando tudo isso e sua capacidade de divulgação e captação de clientes, em palavras mais simples, dona Josefa era “boa de marketing”, com isso o crescimento foi rápido. Sendo uma novidade para aquela época, pois não era comum na Bahia ter estabelecimentos abertos no período de almoço. Pense que tudo isso foi em uma época em que não existia fast food, o comércio parava para almoçar, e as empresas eram especializadas.

Esses diferenciais levaram a oficina a se destacar dentro do setor, Reinaldo relata: "O Disk-Socorro foi inovador, pois não existia isso do mecânico ir à sua casa e fazer o reparo. Hoje, pode parecer algo comum, mas na época era algo novo para as pessoas. Lembro que naquele momento, as mulheres não tinham carro, e quando tinham eram os maridos que levavam o carro para a oficina, porque os homens tinham receio da esposa ser enrolada, ou porque as oficinas não eram ambientes preparados para receber o sexo feminino, era comum as paredes serem decoradas com calendários de mulheres nuas.

Inspirado pelo sucesso, seu irmão, Roberto, abriu uma segunda unidade da oficina Mary Rei, que também progrediu, se tornando um exemplo de centro automotivo, crescendo a marca perante o mercado baiano. Com a saída do irmão mais velho, por alguns anos, Reinaldo assumiu a gestão da oficina da mãe, dando continuidade ao trabalho do irmão.

Nesta esteira de sucesso chegava a hora de Reinaldo fazer sua parte, e assim decidiu, aos 17 anos, cursar a faculdade de Administração. Ainda durante o curso ele próprio abriu a terceira unidade da Mary Rei. As oficinas eram geridas individualmente pelos membros da família, mas os mesmos valores éticos eram os que tinham aprendido com a Dona Josefa.

Aplicando os conhecimentos do curso de administração, Reinaldo procurou uma valorização ainda maior da marca e crescimento do negócio, procurando uma gestão moderna e sempre à frente do mercado. "A unidade funcionava muito bem, o nível de produtividade era muito bom. Investimos bastante em inovação e tecnologia, procurando ter o que se tinha de mais moderno em aparelhagens de diagnóstico e ferramental, tínhamos mais elevadores do que muitos concessionários da Bahia, fomos o único centro a ter duas inspeções veiculares completas, fomos umas das cinco primeiras empresas do estado a trabalhar com injeção eletrônica. Criamos novos serviços, como o de leva e traz, que caiu no gosto do cliente", se orgulha Reinaldo.

Mas o reparador, empreendedor e gestor queria mais. Ele sempre foi um indivíduo ávido por informações, uma postura essencial para qualquer empreendedor no ramo de oficinas mecânicas. Aos 24 anos, foi à AUTOMEC (Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços), à procura de novidades. O que significou uma grande virada em sua vida. "A AUTOMEC impulsionou uma mudança muito grande na minha vida, pois fui conhecer os estandes, as empresas e muitos empresários. Na feira fechei um grande contrato com a MONROE, o qual impulsionou meu negócio de forma assustadora, e criando a necessidade imediata de abrir novas unidades, uma das maiores loucuras que já fiz", revela o proprietário.

E agora, o que fazer? Da loucura ao maior desafio!

Depois deste grande investimento Reinaldo via-se diante de uma questão desafiadora. Como fazer para vender tantos amortecedores? Então, surgiu a ideia de abrir mais lojas e investir com inteligência em anúncios publicitários, voltados a promover um vínculo afetivo e uma relação de confiança do cliente com a oficina enquanto sinônimo de qualidade. Esse foi o ponto de partida. Agora com 6 oficinas instaladas, ele precisava de ajuda, pois não conseguiria gerenciar sozinho um negócio daquele porte. “Em 2007, tive muitas dificuldades em administrar. Por mais que tivesse uma boa passagem de veículo e um bom faturamento, era difícil lidar com tanta coisa! Eram mais de 60 funcionários e mais de 900 passagens mês, precisava de algo que pudesse me dar um suporte”.

Naquela época, Reinaldo utilizava um sistema de software de gestão que considerava eficiente, mas passado um tempo, o empresário conheceu a Ultracar, um sistema de gestão para oficinas que oferece uma solução completa a todas as questões pertinentes à rotina empresarial, possibilitando a realização de tarefas administradas de forma digital, em uma plataforma intuitiva, dinâmica e eficiente. “Numa das oficinas que comprei, o ex-dono já tinha a Ultracar, e falou para eu antes de trocar o sistema, usar o dele, para avaliar. Passou o tempo de avaliação, e gostei tanto do software que troquei em todas as minhas outras unidades”.

O empresário gostou tanto da solução proposta pela Ultracar, que criou, junto a Fábio Moraes, CEO da Ultracar, um relacionamento muito próximo, envolvendo muita troca de informação. Reinaldo relata que logo o CEO do software de gestão compreendeu suas necessidades, e foi feito um contrato de consultoria personalizado, nas próprias instalações da oficina. “Fábio enviou um consultor, para nos orientar durante um ano e meio. Lembro que foi um processo muito intenso e de muito aprendizado. E no final do mês vinha o Fábio para discutirmos os indicadores. Falávamos do que estava errado, o que poderia melhorar. Foi realizado um trabalho desafiador, porém os resultados aconteceram a olhos vistos”, relata o dono da rede.

Reinaldo ressalta que o sistema foi de extrema importância para o crescimento do seu negócio, que com ajuda do software e da consultoria da Ultracar, que mudou o conceito de gestão da Mary Rei (Hoje Snapcar), ele ganhou em 2007 o prêmio MPE Brasil do SEBRAE, como a melhor empresa de serviços da Bahia, sendo entregue pelo empresário Jorge Gerdau, patrocinador do prémio e o governador do estado de Bahia, um prêmio com reconhecimento nacional! Uma consagração. 

Muitos acreditam que o segredo do sucesso de uma oficina reside na paixão pela mecânica, mas acima disso, Reinaldo Soares destaca que independente do porte do estabelecimento, um bom gerenciamento e um plano de diretrizes são capazes de gerar melhores resultados e maior margem e estabilidade numa atividade considerada “instável” e cheia de altos e baixos. Hoje, a Snapcar é reconhecida em todo território Baiano, pela qualidade de serviço e sua boa gestão.

Nesse sentido, a plataforma de gestão oferecida pela Ultracar proporcionou para Pinto uma condição segura e cheia de controles para alavancar seu negócio. 

“A Ultracar proporcionou além do software “amigável”, eficiente e 100% voltado para a atividade de uma oficina mecânica, uma consultoria de alto nível, pois eles têm um conceito de gestão por indicadores que é maravilhoso”. 

Esta percepção de eficiência ganha mais peso quando vinda de um empreendedor do segmento que tem formação em administração de empresas, logo trata-se de uma opinião abalizada. 

Essa é mais uma dentre tantas histórias que demonstram que o amor pela mecânica não basta para formatar o sucesso no segmento de oficinas. Tão importante quando o amor pela mecânica é fundamental saber administrar, e neste sentido felizes são os donos de oficinas que conseguem fazer esta marcha na direção de agregar ao amor à mecânica o respeito e atenção à área de gestão, ou que apoie um de seus familiares a realizar esta função, afinal oficina é um negócio de família.

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