Oficina Brasil


Gestão, o caminho para conquistar o sucesso

Dando sequência à nossa série de relatos sobre oficinas empreendedoras vitoriosas, vamos contar a história de um homem que repentinamente teve que aprender tudo sobre administração para manter sua oficina em funcionamento

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Por Da Redação


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Nessa sessão já identificamos um conjunto de problemas que são comuns e afetam inúmeras oficinas mecânicas, são eles: desequilíbrio entre emoção e razão, conflitos de ordem familiar, falta de um sistema e de uma gestão eficiente. Como já vimos em casos anteriores, a gestão corresponde a uma estratégia essencial numa oficina mecânica, pois é ela que direciona e garante a realização de um sonho, livrando o apaixonado do fracasso.

Todas as histórias aqui publicadas possuem um denominador comum, o amor pela reparação, que apesar de sólido e verdadeiro, não é suficiente para garantir o sucesso da empreitada. No caso de Frelaon Viana da Silva não foi diferente. Quando criança, ele desenvolveu forte interesse por mecânica de aeronaves, pois era o tipo de atividade que ele sonhava em fazer. Com uma alma curiosa, Viana sempre buscava entender sobre vários assuntos relativos ao funcionamento, tecnologias e reparos de aviões. 

Aos 14 anos de idade, Viana demonstrava pouco interesse pelo ambiente escolar. Por esse motivo, ele pediu ao seu pai ajuda para encontrar um emprego, pois ele tinha um amigo dono de oficina e entrou em contato para que empregasse seu filho, e assim pudesse aprender um ofício e ganhar algum dinheiro. 

Para sua sorte, Viana foi contratado. Porém, só lhe era permitido fazer uma atividade: lavagem de peças. Contudo, ele queria desempenhar funções mais desafiadoras como aprender sobre a manutenção dos carros, testes mecânicos e elétricos, entre outras atividades. Então Viana decidiu agilizar todo o processo de lavagem para que lhe sobrasse tempo. Vendo sua iniciativa e criatividade, seu chefe o recompensou deixando observar de perto todos os procedimentos mecânicos. 

A partir desse momento, Viana começou de fato a aprender, sua vontade e avidez pelo conhecimento cresciam a cada dia, pois ficou maravilhado com o processo desafiador e inspirador da manutenção de um veículo.

Esse contato prático só reforçou o seu sonho. Nesta oficina, ele permaneceu até os 17 anos de idade, pois não se sentia devidamente valorizado, e sabia que tinha potencial de oferecer muito mais. Isso serve de alerta para os maus gestores, que devem perceber os bons talentos para não perdê-los.

Até que um dia apareceu a oportunidade de trabalhar em outra oficina como auxiliar, Viana não pensou duas vezes e foi para essa nova oficina. Valorizado por seu novo chefe, teve a oportunidade de se aprofundar nesse universo de eterno aprendizagem que é a mecânica automotiva.

Viana afirma: “Apesar de não ser proprietário, meu novo chefe me ajudava muito, explicava tudo passo a passo, me dava direcionamento e feedbacks de como poderia melhorar. Ele foi um verdadeiro mestre para mim. Até que um dia ele saiu da oficina e me convidou para segui-lo nesta nova empreitada, pois tínhamos uma grande parceria. Nesse momento, eu comecei de fato a crescer profissionalmente”.

Com o passar do tempo, seu chefe o incentivou para que realizasse alguns cursos e participasse de treinamentos. Viana mergulhou de cabeça nos estudos, bem como participou de inúmeras palestras para continuar seu desenvolvimento.

Após adquirir mais conhecimento nas oficinas independentes, foi para uma revenda da marca Chevrolet, e em seguida para uma concessionaria Fiat, nestas duas empresas ficou cerca de 14 anos. Lá Frelaon pôde crescer e se aperfeiçoar, pelos cursos promovidos e ambiente que estimulava o conhecimento. Mas, devido às mudanças e reestruturações da empresa, Viana achou melhor pedir sua demissão.

Porém, após quatro dias de sua decisão, seu cunhado, também mecânico e grande parceiro de profissão, lhe propôs uma parceria. Relembra Viana: “Quando liguei para meu cunhado houve uma coincidência. Ele também estava saindo da empresa na qual trabalhava. Eu tinha o sonho de ter minha oficina, mas não era algo para aquele momento e sim em um plano futuro. Todavia, meu cunhado disse o seguinte: Que tal montarmos uma oficina só nós dois? Na hora falei que toparia. Uma coisa de louco, porque nunca havia imaginado receber uma proposta tão repentina”.

Ambos tinham um pouco de dinheiro guardado e no prazo de três meses fizeram tudo acontecer. Procuraram um local para o funcionamento da oficina e compraram alguns equipamentos, e assim nasceu a Oficina RV Serviços Automotivos.

Com apenas três meses de inauguração, a Oficina RV virou referência pela boa qualidade dos serviços prestados e sendo muito indicada pelos amigos e parceiros. Em contrapartida, a oficina era muito pequena para atender tantas demandas. Então, eles foram em busca de um outro local, até que encontraram um espaço maior. Juntaram o dinheiro suficiente para adquirir o imóvel, e assim se livrar de uma vez por todas dos custos com aluguel. 

A sociedade era boa. Viana e seu cunhado davam-se super bem e compartilhavam do mesmo sonho. Na divisão de tarefas, Frelaon ficou responsável pelo pátio e serviços, e seu cunhado pelo atendimento ao cliente. Mas, na hora de administrar a oficina ambos se ajudavam. Com o volume maior de manutenções, os sócios viram a necessidade de ampliar o quadro de funcionários. Contudo, a partir dessas mudanças é que os problemas começaram surgir.

Viana relembra: “Compramos um terreno e construímos nossa oficina, arrumamos tudo direitinho, adquirimos ferramentas e contratamos mais colaboradores. Aí sim vieram os problemas, as dores do crescimento, que exigiam de nós conhecimentos e habilidades que desconhecíamos”.

A situação era crítica, pois havia muita demanda por serviços, porém o dia a dia era caótico, a falta de gestão resultou em uma verdadeira bagunça, não havia controle de despesas, produtividade, registros e rotinas, como também enfrentaram problemas internos com os colaboradores.

Vendo todo crescimento da oficina e o acúmulo de problemas, os sócios decidiram contratar um contador para auxiliá-los nas questões financeiras. O profissional até conseguiu ajudar, porém a gestão ainda continuava caótica.

Viana declara: “Eu ficava nos bastidores do espetáculo. Até que o jogo virou. Meu cunhado decidiu sair da sociedade devido a alguns problemas pessoais. Assim, fiquei sozinho com o desafio de toda empreitada”.

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Sozinho, Viana viu-se repleto de trabalho, pois além de cuidar do pátio, ele deveria tomar decisões cruciais relacionadas à gestão de sua oficina. A empresa de Viana entrou naquela fase crítica e contraditória que já abordamos nesta sessão durante esses sete meses: uma oficina com boa demanda de serviços versus a falta de gestão.

Frealon afirma: “Era muita coisa. Tinha que dividir meu tempo entre o pátio e o escritório. Eu sabia bastante coisa, mas precisava de um suporte, pois no final do dia não conseguia manter um nível mínimo de organização. Tudo era feito de forma manual e informal. Eu sabia que precisava de algo que pudesse me auxiliar na administração da oficina, pois eu sempre ficava nos bastidores, agora eu teria que fazer o show continuar”.

O desejo de Viana sempre foi adquirir conhecimentos técnicos sobre mecânica e ser proprietário de uma oficina automotiva. No entanto, ele não imaginava que deveria desenvolver habilidades de gestão como requisito básico para alcançar seus objetivos. Ele afirma que sempre amou fazer as manutenções dos veículos, estar no pátio executando os reparos, quebrar a cabeça para encontrar as soluções dos problemas mais complicados. 

Com passar o tempo, a gestão estava cada vez mais complicada, pois Viana não tinha tempo suficiente para dar conta. Como todo mecânico apaixonado, ele preferia dedicar mais tempo ao pátio do que para gestão, tornando a situação mais complicada.

Assinante da Mala-Direta Oficina Brasil, Viana viu um anúncio sobre a Ultracar, uma empresa que poderia ajudá-lo a resolver os problemas relacionados à gestão. Nesse momento, ele não pensou duas vezes e decidiu ligar para obter mais informações, e ficou maravilhado com as funcionalidades que o software e suporte poderiam lhe proporcionar e decidiu contratar.

Viana viu a diferença logo no começo, pois com a implantação do sistema, ele percebeu que poderia dar início à solução dos problemas relacionados à gestão. Após muitas conversas e toda atenção voltada aos conteúdos sobre gestão disponibilizados pelo especialista Fábio Moraes, Viana entendeu que a fórmula do sucesso da oficina mecânica é o equilíbrio entre gestão junto com a prestação de um bom serviço, a administração dos colaboradores e um bom atendimento aos clientes.

Viana relata: “Uma coisa que devemos ter em mente é que oficina é um bom negócio, mas sem gestão você perde o controle. É preciso muita organização e disciplina, senão a oficina não vai para frente”.

Viana viu na Ultracar a saída que precisava para colocar sua empresa nos eixos. De acordo com ele, o modelo de sistema de gestão oferecido pela consultoria lhe proporciona informações essenciais para ajudar empreendimento e assim não perder o controle.

“Antes eu era só a segunda pessoa, ficava no bastidor, era coadjuvante da história. Ao longo desse processo, evolui de um reparador apaixonado para um empresário, com mudanças inclusive na minha atitude, que se tornou mais firme e determinado”.

Hoje a RV é considerada referência no setor, pois tem como princípio básico dois grandes pilares: uma boa gestão e a qualidade dos serviços prestados.

Caso você seja dono de oficina que esteja vivendo uma situação similar e sem saber como conduzir os problemas de gestão empresarial, inspire-se no exemplo do Viana. Ele não sabia por onde começar, mas tinha em mente que tudo poderia ser resolvido a partir de uma boa gestão. 

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