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Fiat Fiorino EVO 1.4 Flex em sua 3ª geração é um verdadeiro campeão de vendas e de pós-vendas

O versátil utilitário da Fiat (foto 1) mostra fôlego para continuar soberano no seu nicho de mercado, e mostra por que apenas um bom projeto não é suficiente para consagrar uma marca no mercado

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Por Jorge Matsushima


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A história da Fiat no Brasil é marcada pelo pioneirismo em diversas oportunidades, e começa em 1976 quando iniciou em Betim MG, a produção local do pequeno 147 com motor de 1050 cc posicionado transversalmente na dianteira, dividindo espaço com o estepe, tudo inédito para a época. A família 147 cresceu e gerou as variantes hatch, sedan, perua, pick-up e furgão, outra estratégia pioneira no país.

A primeira versão pick-up nasceu em 1978, ainda com o nome de 147 pick-up. Em 1982 passou a usar um entre eixos maior (da perua Panorama) e foi rebatizada como Fiat Fiorino Pick-up. A versão furgão foi lançada em 1980 e continua no mercado até hoje, passando por 3 gerações distintas montadas sobre as plataformas do 147 (1980 até 1987), Uno (1988 até 2013) e Novo Uno (a partir de 2014) (foto 2).

Segundo dados levantados pela Cinau (Central de Inteligência Automotiva), já foram comercializadas no país até Julho de 2015, quase meio milhão (483.860) de Fiorinos ao longo destes 35 anos de história do modelo; e a julgar pelas virtudes técnicas da nova geração, somadas à relativa tranquilidade na manutenção e reparação independente, o veterano, mas renovado furgãozinho da Fiat mostra fôlego para continuar por muitos anos no mercado.

E ninguém melhor do que experientes reparadores selecionados no Guia de Oficinas Brasil para avaliar a nova Fiorino 1.4 EVO. São eles: 

Júlio César de Moura (foto 3), 36 anos, 15 anos no setor, sempre atuando na cidade de Atibaia SP. Há um ano e meio, junto com a sócia Susane Souza, tornou-se proprietário da JS Mecânica Geral, com especialização em injeção eletrônica. Na família, o tio também é reparador de autos, e o pai e irmão são torneiros e trabalham com retífica de motores.

Marcos Vinícios Pereira da Silva Filho (foto 4), 26 anos, Engenheiro de Produção e proprietário da Empresa Box Lub Auto Service, está há 5 anos no mercado. Começou com uma loja no Tatuapé e hoje tem outra no bairro da Penha, ambas em São Paulo-SP. Ao seu lado, o técnico Jonas Peres da Silva, 32 anos, e 6 anos no segmento automotivo. 

Roberto GhelardiniMontibeller (foto 5), 51 anos, 30 anos de profissão. Começou na oficina do pai e sempre se atualizou através de cursos no segmento. A tradição de oficinas na família começou com o avô desde os tempos da segunda guerra. A High Tech foi criada para implementar os serviços de balanceamento e alinhamento técnico nas oficinas da família, mas atua também nos serviços tradicionais de manutenção mecânica e eletroeletrônica.

PRIMEIRAS AVALIAÇÕES E IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Júlio: “A posição de dirigir é excelente, e olha que eu sou alto! O encaixe para as pernas é muito bom, tanto para dirigir, quanto para entrar e sair do carro (foto 6). Boa altura em relação ao solo, passando a impressão de que estamos dirigindo um carro maior. Acabamento interno muito bom. Painel completo com contagiros, marcador de temperatura, ar-condicionado, som original com USB, ponto de recarga para celulares e direção hidráulica. Visibilidade frontal e dos retrovisores é caprichada!

O torque de saída é bom; mas em subidas mais fortes, é um pouco “anêmico” e pede redução de marchas constantemente. Mesmo vazio não conseguiu encarar as subidas aqui de Atibaia em terceira marcha, somente em segunda.

A suspensão é muito bem calibrada, e absorve bem todas as imperfeições do piso. É um pouco instável na estrada, mas a estabilidade é compatível com a configuração da carroceria (baú).

Freios ABS com EBD proporcionam muito equilíbrio na frenagem pela boa distribuição de forças de atuação, melhorando a segurança”.

Marcos:“O carro nem parece um utilitário; é confortável, bem parecido com o Novo Uno. O acabamento interno é muito bom, a visibilidade à frente e pelos retrovisores laterais é bem ampla. Painel com conta giros e marcador de temperatura atende perfeitamente à proposta de uso.

Falta um pouco de torque no motor, pois em terceira já não respondeu satisfatoriamente, mesmo vazio. Carregado em trechos de subida precisa acelerar mais, o que acaba aumentando o consumo. A direção é justa e precisa, e o sensor de ré é muito útil para manobras (foto 7). 

Já a suspensão, com apenas 8.000 km já faz um barulhinho do lado esquerdo. Para um carro que aparentemente ainda não carregou peso, é um indício de desgaste prematuro.”

Roberto:“Posição de dirigir é muito boa, com amplas regulagens incluindo altura do assento, boa empunhadura do volante também com regulagem de altura, boa altura livre para a cabeça. Os engates de marchas são macios e precisos e o acionamento do freio de mão é suave. 

O painel de instrumentos é muito bom, com visibilidade do velocímetro excelente, contagiros, temperatura do motor, tudo no campo de visão do condutor (foto 8). Demais comandos tudo à mão como acionamento dos vidros, travas, ventilação, ar-condicionado, som, etc.

A Fiat evoluiu muito os seus produtos no Brasil, e não à toa está na liderança do mercado.

O motor anda e puxa bem. O nível de ruído é bem menor do que na versão anterior, que fazia barulhos incômodos na parte traseira. O isolamento da cabine deixou o carro mais próximo do Uno passageiro.

O sensor de ré original é muito bom e adequado para um veículo com baú fechado e sem retrovisor interno. 

Os freios são eficientes e o ABS atua com precisão. A suspensão não é macia, mas bem calibrada e confortável. A capacidade de carga é muito boa para o porte do veículo”. 

MOTOR 1.4 EVO FLEX 

Evolução do consagrado motor Fire, o propulsor 1.4 EVO Flex (foto 9) gera potência de 85 cv a 5.750 rpm (G) e 88 cv a 5.750 rpm (E); e torque de 12,4 kgfm a 3.500 rpm (G) e 12,5 kgfm a 3.500 rpm (E). Aparenta robustez e oferece uma boa relação consumo desempenho, com nota “A” no PBEV do Inmetro (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).

Segundo a Engenharia da FPT, os motores EVO adotam pistões mais leves e de perfil baixo, reduzindo o atrito interno e permitindo o uso de um bloco mais compacto. As bielas são mais leves e possuem capa do tipo fraturadas, que proporcionam um perfeito encaixe.

No motor EVO 1.4, destaque ainda para o CVCP (ContinuousVariableCamPhaser), que é o sistema de variador de fase contínuo que proporciona redução de consumo da ordem de 5%. O novo sistema de distribuição permite uma variação contínua de fase entre o virabrequim e o eixo comando de válvulas de até 50°. Na prática é possível ajustar, em cada regime de rotação, a fase ideal do comando para otimização da economia de combustível com baixas emissões de poluentes e boa performance. 

Júlio e Jonas acreditam que o motor E-torQ 1.6 ou 1.8 seria mais adequado para um veículo de carga, mas ponderam que o motor EVO Flex 1.4 atenda satisfatoriamente a maioria dos casos.

A facilidade e o amplo espaço de acesso aos componentes usuais de manutenção preventiva são elogiados por todos. Filtro de óleo (foto 10), filtro de ar, sondas pré e pós catalisador, velas e bobinas de ignição não apresentam nenhuma dificuldade para substituições, desde que utilizadas as ferramentas adequadas para cada caso.

Roberto porém, alerta sobre a quebra recorrente e prematura do coxim lateral direito dos motores EVO (foto 11), e mostra uma peça danificada substituída recentemente de um veículo similar (Uno Wave) com apenas 30.000 km.  Em sua opinião, um componente deste deveria durar pelo menos uns 80.000 km; mas nos modelos da nova geração da família Uno, eles não duram nem metade desta quilometragem, e sugere: “É preciso rever o projeto desta peça. Ou ela está sofrendo esforços além do previsto, ou o material aplicado não está suportando as tensões que deveriam”.

Júlio reparou na mudança do sistema da correia da direção hidráulica e suporte do coxim do motor. Considera que o espaço e o acesso para troca da correia dentada (foto 12) melhorou; mas em decorrência da mudança de posição do sensor e variador de fase (foto 13), alerta que o procedimento para troca da correia dentada é bem diferente do motor Fire.

Sobre este tema, na seção Consultor OB da edição Agosto 2015 do Jornal Oficina Brasil, o nosso colaborador técnico Tenório Júnior explica passo a passo o procedimento para troca da correia dentada nos motores EVO.

Júlio aprova também a troca da caixa do filtro de ar, sem a mangueira cheia de ramificações que vivia dando problemas, com cortes, rachaduras e quebras que provocavam a entrada falsa de ar. O sistema de suporte da caixa do filtro de ar (foto 14) é apontado por todos como frágil, mas isto é recorrente em quase todos os veículos que usam sistema de fixação similar.

O sistema de partida a frio com o velho tanquinho de gasolina (tampa vermelha) ainda está lá (foto 15), e não é bem visto por nenhum dos reparadores, pois apresentam problemas constantes decorrentes da falta de conhecimento dos usuários.

TRANSMISSÃO E DIREÇÃO

Jonas considera que as manutenções na transmissão e troca de componentes da embreagem ficou muito bom, assim como o acesso aos sistemas da parte de baixo do motor (foto 16), tais como alternador, motor de arranque, polia, bomba dágua, correia dentada, etc.

Júlio calcula que para remoção do câmbio será necessário baixar o quadro da suspensão, mas nada complicado, e avalia: “O coxim do câmbio é robusto e bem localizado (foto 17). A troca da embreagem será “suave”, pois não há a necessidade de remover muitos componentes, seja por baixo, ou por cima, onde basta retirar a bateria para se ter um amplo acesso”, e complementa: “ O carro foi muito bem projetado, pois a disposição mecânica privilegia espaços adequados para as rotinas de reparo e manutenção preventiva. Apesar do modelo anterior não ser ruim, esta versão evoluiu muito do ponto de vista da reparabilidade”.

Roberto também compartilha da visão positiva sobre a facilidade de manutenção neste veículo, mas faz uma ressalva quanto à dureza do pedal de acionamento da embreagem. “A nova geração do Uno continua apresentando um endurecimento precoce da embreagem, relativamente pesada para modelos pequenos e com motores de baixa cilindrada. Muitos clientes reclamam que a embreagem é muito dura, e como no caso da Fiorino são veículos de uso urbano intenso, e esta característica pode causar desconforto e fadiga. Uma sugestão seria trocar o sistema de acionamento por cabos por um sistema hidráulico”.

A direção hidráulica é um opcional bastante útil, e o seu posicionamento facilita as rotinas de manutenção (foto 18).

PNEUS, SUSPENSÃO E FREIOS

Roberto considera positiva a mudança da roda antiga aro 13, para a nova medida aro 14, e comenta: “O pneu 175/70R14 é uma medida padrão de mercado, e o carro ficou mais confortável, mais estável, com melhor frenagem e maior altura livre do solo”. O desenho moderno da calota também foi elogiado por todos (foto 19).

A suspensão dianteira independente do tipo Mc Pherson (foto 20) é a mesma do novo Uno. Todos elogiam sua simplicidade, eficiência e facilidade de manutenção; mas por um lado, Jonas e Júlio a consideram um pouco frágil para um veículo de carga, e ponderam que a Fiorino deveria receber alguns reforços pontuais. Já por outro lado, Roberto considera a suspensão dianteira parruda e adequada, e observa que o coxim superior do amortecedor é bem melhor do que a versão anterior

O freio dianteiro é com disco ventilado, pinça flutuante e sistema ABS e EBD.

Roberto considera a remoção e substituição de cada um dos componentes da suspensão e freios dianteiros muito simples, tais como bandeja, buchas, pivôs, terminais, amortecedores, discos, pastilhas e sensores do ABS. Classifica também como tranquilo encontrar estes itens no mercado de reposição. 

A suspensão traseira de eixo rígido utiliza uma lâmina parabólica longitudinal de cada lado (foto 21). O freio traseiro é a tambor com sapatasautocentrantes, e o freio de estacionamento é acionado mecanicamente, contando com um sistema de compensação de desgaste.

Todos entrevistados consideram a suspensão traseira com feixe (lâmina) muito adequado para suportar peso, e Jonas complementa: “Além disso, facilita o acesso para a troca do amortecedor traseiro, e não precisa nem remover a roda”.

Júlio observa que o sistema ABS/EBD elimina a necessidade da válvula equalizadora traseira, e alerta: “O amortecedor traseiro não utiliza mais a capa metálica, provavelmente para eliminar ruído. Mas já tem uma coifa do lado esquerdo rasgada com apenas 8.000km (foto 22). Esta falha na vedação pode comprometer a vida útil da peça”.

Roberto anota que os componentes do sistema ABS estão bem visíveis e com fácil acesso para procedimentos de diagnóstico e manutenção (foto 23). Porém, o servofreio ficou um pouco escondido e sua remoção será um pouco mais trabalhosa.

O tanque de combustível é de fácil remoção para procedimentos de manutenção, e a bomba de combustível possui acesso fácil pelo assoalho do compartimento de carga, e todos comentam: “A proteção do filtro de combustível é bem bolada (foto 24), e eficiente em terrenos não asfaltados”.

CARROCERIA E ESTRUTURA DO VEÍCULO

Para Jonas, a Carroceria (foto 25) é muito boa, com mais espaço e melhor aproveitamento. 

Embora em volume a capacidade de carga tenha diminuído em relação à versão anterior de 3200 para 3100 litros, a capacidade de carga em peso aumentou de 620kg para 650 kg.

Roberto considera que o design ficou bem agradável e muito bem resolvido. Apresenta uma boa aerodinâmica, um para-brisa bem amplo para privilegiar a visibilidade, complementado com retrovisores bem dimensionados.

Roberto percebe que estruturalmente o carro é reforçado, principalmente na parte de baixo, com longarinas mais aparentes (foto 26), tubos com melhores fixações e proteções (foto 27), e conclui:“O carro ficou mais arrumadinho e a evolução é visível. O eixo traseiro parece bem robusto. A evolução da qualidade é o mínimo que o consumidor brasileiro merece, pelo alto preço que paga pelo carro”.

Ressalta também que o compartimento para carga é muito bom! As portas possuem abertura a 90° ou 180° com uma maçaneta bem melhor que a versão antiga. O interior é bem forrado (foto 28) e conta com diversos pontos de ancoragem e amarração, bem reforçados (foto 29). A altura é muito boa e há um aproveitamento de cada espaço disponível! 

Júlio constata que a troca de lâmpadas do farol e lanternas é bem tranquila, assim como bateria, fusíveis e relês (foto 30). O conjunto ótico dianteiro (foto 31), as lanternas traseiras e o brake light são bem visíveis e com visual bem atualizado.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Jonas relata que conseguir informações técnicas Fiat é tranquila pela Internet e consegue muitos tutoriais da Fiat com outros reparadores (fórum e outros).

Júlio costuma recorrer a materiais de empresas de treinamento e literatura técnica automotiva, e lamenta que na região, as concessionárias Fiat não fornecem informações.

Roberto recorre ao portal reparador Fiat, onde encontra algumas informações (nem todas), e usa bastante a mídia impressa (Oficina Brasil) e internet (fórum e outros). Mas pondera que para a Fiorino, não vê a necessidade de informações específicas ou complexas, pois a parte mecânica e eletroeletrônica são bem tranquilas.

PEÇAS

Na Box Lub, por atuarem principalmente em itens de serviços rápidos, Marcos estima que o seu mix de compras de peças é feito 70% em Distribuidores/Fabricante (principalmente óleo lubrificante); 20% no Varejo e 10% em Concessionárias.

Júlio comenta que em Atibaia, somente as peças de alto giro são encontradas à pronta entrega, tanto em concessionárias quanto no paralelo. Para os demais itens, é preciso encomendar, pois as concessionárias próximas não costumam manter itens de reposição em estoque, e o prazo médio de entrega é de 10 dias!!! Na sua avaliação, isto é ruim para a oficina independente, e pior ainda para o cliente Fiat, que tem em um veículo como a Fiorino, o seu instrumento de trabalho, ou seja, o seu ganha pão. Na JS Mecânica, o mix de compras de peças é feito 50% no Distribuidor (itens de giro); 30% em Concessionárias (itens de giro e específicos); e 20% no Varejo (peças emergenciais e avulsas).

Já o Roberto, que atua em São Paulo Capital, vive outra realidade e considera a marca Fiat muito boa para manutenção, pois conta com algumas (poucas) concessionárias que são bem focadas no pós-venda, que mantêm muito itens em estoque para pronta entrega, enquanto a maioria só trabalha mediante encomenda, o que é o padrão de mercado. Mas mesmo as peças de encomenda chegam no prazo de 1 a 2 dias, o que é administrável. Roberto considera esta logística ágil um dos pontos fortes da Fiat perante seus concorrentes, e um ponto importante para a satisfação dos clientes da marca no Brasil. Na Hight Tech Service o mix de compra se divide em 60% nos Distribuidores (itens de giro); 25% no Varejo (compras avulsas e emergenciais) e 15% nas Concessionárias (peças cativas e pronta entrega).

AVALIAÇÃO FINAL

Marcos e Jonas recomendam a compra pela versatilidade e relação custo-benefício, mas fazem uma ressalva quanto à durabilidade da suspensão.

Júlio considera a nova Fiorino um excelente carro, muito bem projetado e com mecânica que não representa nenhuma dificuldade para os reparadores independentes, e avalia: “Todas as modificações observadas foram benéficas do ponto de vista da manutenção e reparação, e na minha opinião, é um carro cinco estrelas dentro do seu segmento, e portanto recomendo sem dúvida”.

Roberto também recomenda a compra porque é um carro muito bom, e sugere que basta fazer as revisões e manutenções programadas com regularidade para não ter surpresas. Para o reparador independente, é sempre um carro bem vindo, de reparabilidade simples e facilidade na aquisição de peças de reposição. 

Seu comentário final: “A Fiat acertou a mão neste carro! Pequeno por fora, com boa capacidade de carga e muito bem projetado, o que se traduz em boas vendas. Gosto bastante da versatilidade para uso urbano, pois eles são muito ágeis e facilitam a vida de que precisa deste tipo de veículo”.

Concluindo, seguramente mais de 95% da respeitável frota circulante de Fiorinos no país é atendida há muitos anos, e com sucesso pelos reparadores independentes, e isso se reflete na longevidade do modelo em nosso mercado. Um veículo de sucesso precisa em primeiro lugar ser um bom produto para refletir no volume de vendas; e logo depois a garantia de fábrica (pós-vendas) precisa confirmar as expectativas dos clientes oferecendo uma boa assistência técnica. Mas é no aftermarket que a grande maioria dos clientes ratificará a percepção de ter feito ou não uma boa escolha. Ao encontrar facilidade e comodidade para efetuar as manutenções e reparos em qualquer ponto do país, ou seja, na rede independente, o veículo concluirá com louvor o seu ciclo de mercado, e o cliente tende a se fidelizar pela marca e repetir a experiência de compra.

A terceira geração da Fiorino causou uma boa impressão junto aos reparadores independentes, mas a disponibilidade rápida de peças e o acesso a informações técnicas pode e deve ser aprimorado, e quem mais ganha com isso é o cliente Fiat.

 

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