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Parati 1.8 MI com sonda lambda nova apresentando mistura pobre

O wagon da montadora alemã, equipado com motor AP 1.8 de 98cv, quando abastecido com gasolina, apresentou motor fraco e marcha lenta irregular.

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Por Da redação


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DIAGNÓSTICO

O veículo chegou à oficina com motor com baixo desempenho, marcha lenta irregular e cheiro forte de catalisador.

De primeiro reparador momento foi analisado o comportamento da sonda lambda e foi visto que a mesma oscilava entre 150 e 290 milivolts. Foi instalada uma sonda lambda Bosch nova a título de teste e o defeito continuou o mesmo, mas dessa vez o valor de oscilação foi de 120 e 450 milivolts, com leitura feita diretamente nos fios de sinal da sonda através do multímetro.

Foi realizada também a medição de pressão da bomba de combustível acima de 3.1 bar, a resistência de bobina estava dentro da tolerância, apresentando uma centelha forte com coloração azul para alaranjada, indicando boa saúde do item em questão.

Os bicos injetores foram limpos e equalizados, e teve o regulador de pressão trocado.

Partindo para o distribuidor, o mesmo foi 100% revisado estando em perfeitas condições. Sem mais saída para o problema, o reparador optou por procurar a ajuda dos amigos do Fórum OB.

O primeiro a deixar a sua contribuição informou que este sistema de injeção eletrônica dos motores AP MI apresenta com frequência defeito no sensor MAP, o que faz com que o sistema trabalhe com excesso de combustível e acaba carbonizando velas de ignição,  consequentemente faz com que a sonda trabalhe em um range de tensão errado. 

O segundo colega reparador indicou a verificação do ponto de ignição, atuando sob o distribuidor. Indicou deixar entre 9° e 12° graus A.P.M.S.

O terceiro colega indicou desconectar uma tomada de vácuo próximo ao corpo borboleta. Depois, para ele analisar se a tensão da sonda lambda , e verificasse o sincronismo da correia dentada.

O quarto colega informou com base na sua experiência que o sistema MI não funciona muito bem com sonda Bosch. Indicou utilização de sonda NTK/NGK. Orientou conferir o chicote em questão a possíveis curtos-circuitos ou alguma deficiência de aterramento. O quinto colega orientou analisar se o catalisador estava íntegro, pois caso estiver sem miolo a passagem dos gases pode ser mais rápida (maior vazão) e isso afetar a leitura pela sonda.

SOLUÇÃO

De primeiro momento e seguindo as dicas do Fórum, o reparador foi realizar o teste do sinal de resposta do sensor MAP e a tensão estava dentro do especificado: Com motor quente em marcha lenta, variava entre 1V e 1,5V e nas acelerações chegava até 3v. Foi feito também um reforço no aterramento da sonda com fio vindo do negativo da bateria diretamente ao negativo do conector da sonda e mesmo assim o problema persistiu. Verificou também com apoio do manômetro a compressão dos cilindros e os 4 apresentaram valores entre 120 psi a 135 psi. 

Foi colocada uma bobina nova somente a título de teste e não houve nenhuma mudança. Instalada outra sonda lambda e o problema persistia e os valores continuavam entre 230 e 420 milivolts. Após muita investigação descobriu-se que o problema de leitura feita pela sonda lambda tinha origem em uma emenda de chicote da sonda.

O veículo possuía instalação de um coletor de escape dimensionado e dessa forma o alojamento da sonda não estava mais em sua posição original, o que obrigou ao aplicador do coletor alongar o chicote da sonda. 

Como a emenda antiga não estava eficiente, todo o prolongamento do chicote foi refeito, estanhando as emendas e devidamente isolando-as com termorretrátil, além de passada manta de alta temperatura para proteção do calor do escape
Após as intervenções mecânicas, o veículo apresentou perfeito funcionamento.

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