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Chrysler Caravan 2.4L sem centelha

O veículo chegou de guincho na oficina, onde o proprietário relatou que este defeito apareceu inesperadamente, sem o motor apresentar previamente alguma falha ou funcionamento irregular

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Por Da Redação


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DIAGNÓSTICO

O reparador registrou em seu bloco de notas todas as informações ditas pelo cliente a fim de montar o quebra-cabeça que envolvia este caso.

A partir daí, iniciou a planejar sua estratégia de diagnóstico colocando todas as possíveis possibilidades no papel, bem como o passo a passo para analisar cada sistema ou componente que poderia ocasionar tal anomalia. O primeiro teste previsto em sua sequência de verificações consistia na utilização do scanner para acessar a memória da central de controle do motor, a fim de encontrar algum código de falhas que pudesse direcioná-lo na condução do diagnóstico.

Entretanto, ao ver a tela do equipamento constatou que não havia nenhum código de falhas o que dificultou e, muito, a busca na identificação da causa do problema. 

Seguindo, criteriosamente, a sequência predeterminada, partiu para o teste de acionamento dos bicos injetores e bobinas de ignição. Iniciando pelos bicos, identificou que durante a partida não chegava pulso nos injetores. Diante da situação sabia que o problema poderia estar no módulo, no chicote elétrico ou falha no sensor de rotação, pois sem este sinal a central de controle do motor não libera pulso de acionamento tanto para as bobinas como para os injetores. 

Como de costume, sem perda de tempo, verificou o chicote elétrico que liga os bicos à central, não encontrando nenhuma irregularidade. Nesse sentido, desconfiou que o problema poderia ser o sensor de rotação, entretanto, sabia que se o problema for falha no sinal deste sensor, obrigatoriamente não haverá pulso para as bobinas e, consequentemente , não haverá centelha no motor.

Para comprovar se sua suspeita fazia sentido verificou a presença de pulsos na bobina, que de forma similar aos injetores não apresentavam pulso de comando via módulo de controle. Por fim,  Ao verificar o interior do veículo, notou que havia 2 luzes piscando, a do botão do ar e a de circulação do ar. Tudo indicava que era falha no sensor de rotação, assim trocou por outro sensor, mas o veículo persistia em não entrar em funcionamento.

SOLUÇÃO

Realizados os principais testes que havia previsto, o técnico iniciou a consulta aos amigos reparadores do fórum que o aconselharam a verificar, dentre outras coisas, o funcionamento da bomba de combustível no momento da partida, e assim o fez, comprovando que a bomba funcionava perfeitamente.

A fim de se aprofundar sobre o sistema de injeção deste veículo, realizou a leitura e interpretação do esquema elétrico, identificando que nesse sistema de injeção outro sensor poderia estar causando o problema: o sensor de fase. Antes de realizar os testes, desligou o conector que liga o sensor à central eletrônica do motor e deu partida. Para sua surpresa, o motor entrou em funcionamento. Trocou o sensor por um original e a falha desapareceu. 

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