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Aula 7: Fontes de fornecimento de energia para o automóvel utilizando dínamo e alternador- Parte 2

Vamos entender o funcionamento do dínamo ou gerador e também do alternador, que fornecem energia elétrica para o funcionamento dos automóveis e a importância da manutenção destes componentes

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Por Marcio Ferreira


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Na nossa aula anterior vimos os alternadores excitados pela lâmpada piloto do painel, nesta aula vamos explicar sobre os alternadores pilotados. 

Na maioria dos veículos modernos, os alternadores são pilotados, ou seja, controlados eletronicamente na sua maioria pelo módulo de injeção, essa tecnologia foi introduzida no Brasil em 2008 no Gol geração V, essa nova geração de alternadores é denominada de NBL (New Base Line), por ser a mais nova geração.

Os alternadores pilotados foram desenvolvidos com o propósito de economia no consumo de combustível e também aumentar a vida útil da bateria.Juntamente com essa tecnologia, foi introduzido o BMS (Battery Management System), ou seja, um monitoramento da bateria muito parecido com o princípio usado nos notebooks, ligado ao polo negativo este sistema monitora a corrente elétrica como também em alguns veículos monitora a temperatura da bateria.

O BMS se comunica com o módulo de injeção e este último com o regulador de voltagem do alternador, os módulos BMS podem ter 3 modelos de comunicações:

• Interface LIN (Local Interconnect Network);

• Sinal PWM;

• Sinal analógico.

Essas características são definidas no projeto do veículo podendo, nos modelos mais simples, somente monitorar a corrente de entrada e saída da bateria e o CCA (corrente de arranque a frio), mas podem ser agregadas mais funcionalidades tais como:

• Monitorar a queda de tensão; 

• Temperatura da bateria. 

O módulo de injeção se comunica com o regulador por interface LIN ou BSS (Sistema de Bit Sincrono), nos veículos da marca GM temos um sistema denominado RCV (Tensão Regulada Controlada). Quando testamos um alternador com RCV em bancada, a voltagem fica estabilizada em 13,8V, mas quando instalado no veículo essa voltagem pode variar de 12,4 a 15,8V, a ECU monitora essa voltagem dependendo da carga da bateria, quando a bateria está descarregada a voltagem fica perto de 15V e quando ela atinge 80% da carga, o alternador manterá somente o consumo de carga solicitado naquele momento, com isso exigindo menos carga do motor, gerando economia de combustível e aumentando a vida útil da bateria.

O sistema de alternadores pilotados leva o nome de sistema COM, que utiliza somente um terminal de comunicação entre o regulador de voltagem e a ECU. O regulador responde através de um sinal DFM, que é enviado pela ECU de injeção, sempre que a solicitação de regulagem for necessária.

A velocidade e o tipo de comunicação variam conforme a montadora, no sistema Lin a comunicação é bidirecional.

• Lin 1 (9,6 Kbps a 19,2 Kbps) Ford e Volvo 

• Lin 2 ( 9,6 Kbps) Ford e Volvo 

• Lin 2 (19,2 Kbps) Audi; Citroen; Chrysler;Fiat; Mercedes; Peugeot; Porsche; Toyota; e VW. 

No Sistema BSS a comunicação e unidirecional 

• Bss 1 e Bss 2 (1,2 Kbps) Audi, BMW, Mercedes, Mini, Renaut e Rolls Royce. 

Nos veículos com o sistema de start stop é essencial o sistema BMS para monitorar as baterias do sistema AGM ou EFB, que já vimos nas aulas anteriores, vamos imaginar uma situação de trânsito intenso na qual o sistema desliga e liga o motor várias vezes, mas é através do BMS que o sistema desabilita o start stop quando o CCA chega ao limite de uma partida segura do motor. 

Cada vez mais os veículos têm mais equipamentos, os alternadores podem consumir até 5 cv do motor e se torna essencial o monitoramento do alternador para só consumir a carga necessária do motor naquele exato momento.  

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