O T-Cross representa o conceito de SUV compacto da VW, que agrada o público que gosta deste tipo de veículo, mas não está disposto a ter um SUV tradicional e de porte grande.
É um carro global, comercializado com nomes diferentes em cada região, como Tacqua e Taigun.
Aqui no Brasil, o Volkswagen T-Cross é equipado com o motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automático de 6 marchas, também tem a versão mais básica com o motor 1.0 TSI de 128 cv e 20,4 kgfm, com transmissão automática de 6 marchas e é possível encontrar este modelo com a opção de câmbio manual.
O T-Cross brasileiro tem diferença de tamanho quando comparado com o modelo europeu com 2,56 metros de entre-eixos, a versão brasileira tem 2,65 m. (Fig.1)
VW T-Cross, Polo e Virtus compartilham a mesma plataforma: a MQB A0, (MQB - Modularer Querbaukasten), traduzindo do alemão para o português significa Matriz Modular Transversal. Os dois algarismos seguintes(A0) indicam a versão e dimensões.
A estratégia do grupo VW ao utilizar plataformas para produzir vários modelos de veículos compartilhados surgiu em 2012, com o Golf VII e o Audi A3 de terceira geração, indicando o potencial oferecido pela nova matriz de montagem modular, com tecnologia sofisticada, baixo peso e design dinâmico, graças aos vãos reduzidos da carroçaria.
A matriz de montagem modular permitiu a normalização dos processos de produção em todas as áreas, resultando em mais flexibilidade e redução dos custos de desenvolvimento
A MQB também é sinônimo de economias de escala significativas, graças ao conceito de componentes partilhados e às grandes quantidades.
A MQB proporciona um elevado grau de flexibilidade. Parâmetros como a largura de vias, distância entre-eixos, tamanho das rodas ou posição dos bancos e volante podem ser adaptados individualmente.
MQB que tem como característica servir de base para modelos equipados com motores dianteiros transversais com tração dianteira. Essa plataforma é chamada modular porque divide o carro em módulos.
A segunda seção é fixa porque é ela que define um padrão para instalação dos principais componentes como motor, transmissão, chicote elétrico e painel de instrumentos, itens que são compartilhados.
Muitos componentes da carroçaria são feitos em aço de alta e muito alta resistência e através de chapas de espessuras variáveis. Isto reduziu o peso dos modelos MQB recentemente introduzidos em cerca de 50 quilogramas, em média, quando feita a comparação com os seus antecessores. A redução de peso foi de quase 100 quilogramas no caso do Golf VII. (Fig.2 e 3)
Plataforma MQB da Volkswagen atende às construções de veículos a gasolina, diesel, gás natural e elétricos.
A MQB mostra-se extremamente versátil e orientada para o futuro. As versões de motores a gasolina (TSI), Diesel (TDI) e gás natural (GNC) foram incluídas no projeto junto com versões híbridas e totalmente elétricas. O Golf VII esteve inclusivamente disponível numa versão puramente elétrica de 2013 a 2020, o e-Golf1. No mercado alemão, a gama de potências dos modelos oriundos da plataforma MQB começa com 66 cavalos e chega aos 400 cavalos com o motor mais potente.
A MQB como modelo para a MEB
Com base em experiências com a plataforma MQB, a Volkswagen desenvolveu a matriz modular de propulsão elétrica MEB para os modelos totalmente elétricos da linha de produtos ID. Tal como a MQB, a MEB fornece uma matriz claramente definida e, ao mesmo tempo, versátil para as marcas de grande volume do grupo. A disposição tecnológica fundamental da MEB baseia-se no princípio de acomodar os componentes de propulsão elétrica num espaço reduzido. A bateria de alta voltagem está localizada entre os eixos, permitindo, ao mesmo tempo, que o compartimento de passageiros ofereça um amplo espaço. (Fig.4)
O VW T-Cross tem tecnologias que não estão visíveis, mas garantem a segurança e o sucesso deste modelo.
OFICINAS
Em Indaiatuba, no interior do estado de São Paulo, está a Perim Auto Mecânica, que iniciou as atividades em 1992 e como parte da história começou fazendo reparos sob uma pequena cobertura e até utilizando a calçada quando tinha mais serviços.
Remover e instalar a embreagem de uma picape em um dia chuvoso na calçada foi apenas uma prova que é possível construir uma empresa iniciando literalmente do zero.
A empresa foi aberta oficialmente em 1998, cresceu e se consolidou na atividade de reparação automotiva acompanhando as evoluções tecnológicas, mantendo a essência da presença e participação da família, pais e filhos sempre juntos. José Antonio Perin (pai), Elton, Elson e Elaine (filhos). (Fig.5)
Em São Paulo capital, na zona oeste, chegamos na Axial Car, que é uma oficina participante da rede autorizada Bosch, disponibilizando serviços de mecânica e elétrica desde 2014, onde o Rosalvo dedica todo o seu conhecimento junto com a sua equipe para atender bem os seus clientes.
Para manter o padrão de atendimento e conhecimento tecnológico, a Axial Car tem o apoio da Bosch, onde são realizados cursos e treinamentos periodicamente e isso garante as atualizações constantes para acompanhar os avanços dos veículos atuais. (Fig.6)
Na mesma região, fomos recebidos pelo Eduardo na Autoelétrico e Mecânica Newcar, que adotou uma estratégia adequada ao porte da sua oficina para realizar serviços rápidos e dentro das possibilidades, até entregar no mesmo dia, claro que isso depende de peças e pode interferir no prazo de entrega do carro pronto.
O Eduardo prefere terceirizar serviços especializados como ar-condicionado, transmissão, alinhamento, e isso otimiza cada metro quadrado da sua oficina e amplia os tipos de serviços oferecidos, contribuído como faturamento.
Abraçar todos os tipos de serviços pode comprometer o desempenho da oficina, pois alguns serviços necessitam de conhecimentos específicos e de equipamentos que exigem investimentos elevados, por isso são realizadas as parcerias nas quais todos ganham, inclusive o cliente que terá o seu carro funcionando o mais rápido possível. (Fig.7)
Primeiras impressões
Para a família Perin, representada pelo Elton, foi uma alegria ter a oportunidade de avaliar um carro novo, pois só o Jornal Oficina Brasil oferece esta oportunidade para as oficinas conhecerem um carro antes do período em que os clientes começam a levar seus carros para manutenção fora da rede de concessionárias.
Pelo lado de fora, o carro tem um visual que agrada e a sua altura justifica o interesse do público por ser mais alto, colocando este modelo dentro da categoria de SUV compacto. (Fig.8)
Para o Rosalvo da Axial Car, o T-Cross é o típico carro de família, mas oferece todas as condições de uso diário nas cidades e até para fazer viagens de trabalho ou a lazer nos finais de semanas, com espaço e conforto para todos os ocupantes.
O espaço interno é adequado até para um motorista de grande porte, que pode ajustar o volante em várias posições, assim como o banco também permite ser posicionado da forma mais confortável para dirigir por tempo prolongado sem se cansar. (Fig.9)
O Eduardo ficou até surpreso ao ver o T-Cross estacionado em frente a sua oficina e a alegria se completou ao saber que poderia dirigir e avaliar o carro para o Jornal Oficina Brasil.
Apenas olhar o carro por fora não é o suficiente, principalmente por ser profissional da reparação, a curiosidade vai para dentro do carro, por baixo do capô e logo quer saber se há alguma dificuldade e até facilidade de reparos.
Agora observando apenas como motorista, o carro desperta a atenção pelo desenho e pelas dimensões, mantendo um espaço interno considerável e sempre prezando pelo conforto oferecido pelo motor turbo e pela transmissão automática, perfeito para o uso nas cidades, mesmo com o trânsito intenso, não vai cansar quem estiver dirigindo. (Fig.10)
Ao volante
O Elton e o Elson aproveitaram bem a oportunidade de dirigir o T-Cross para descobrir que o conjunto composto pelo motor turbo e a transmissão automática estão muito bem ajustados para o desempenho equilibrado em todas as condições de rotações do motor.
Desde a arrancada acelerando e percebendo cada troca de marchas, o carro demonstra o ajuste ideal para quem deseja uma dirigibilidade mais esportiva e até para os mais tranquilos ao volante. (Fig.11)
Sem exigir muito do T-Cross, o Rosalvo estava mais atento ao equilíbrio do carro nas curvas e no comportamento em ruas não devidamente pavimentadas, onde a suspensão é mais exigida e revela o conforto para os ocupantes. A frase que define o comportamento de um carro é: o carro está mão, independente da situação, o motorista tem o controle sem tomar sustos com possíveis escapadas em situações mais críticas, o T-Cross demonstra isso. (Fig.12)
O Eduardo seguiu na mesma linha da tranquilidade ao dirigir o T-Cross pelas ruas próximas da sua oficina, sem exigir muito, mas atento ao conforto que SUV compacto oferece, mesmo sendo um pouco mais alto, o carro tem uma suspensão calibrada de forma a não ser dura, mas é firme e absorve bem as irregularidades por onde passa.
Observando o espaço interno, o T-Cross comporta muito bem uma família e mesmo com o peso extra das bagagens, o motor tem desempenho suficiente para uma viagem confortável, independente da estrada com trechos de subidas ou curvas, a viagem será uma diversão. (Fig.13)
Motor e transmissão
Pensando em fazer serviços básicos no conjunto, não há muito que se preocupar para ter acesso aos filtros e também fazer as trocas de óleo.
Nossos três reparadores já conhecem a família de motores VW e o motor do T-Cross segue o padrão sem dificultar os acessos aos principais componentes de manutenções periódicas.
A proteção de plástico que cobre toda a parte inferior do carro é o que atrapalha um pouco para remover todos os parafusos, enquanto é novo é tranquilo, mas é bom ficar atento quando estes carros ficarem mais velhos, pois a quantidade de parafusos e travas de plásticos pode estragar com o tempo.
Recomendação da Perin Auto Mecânica: alguns carros da VW que utilizam a mesma mecânica de motor e câmbio automático, como o Virtus, pode apresentar defeito na transmissão e o problema não está lá dentro do câmbio.
O caso resolvido na Perin, que também se especializou em transmissão automática, foi no conector do chicote que entra no câmbio, ele fica muito tensionado e com o movimento do motor em aceleração e desaceleração, faz romper os terminais dos fios deste conector. Só esta recomendação já valeu a matéria e certamente vai economizar boas horas de diagnóstico ou até evitar abrir o câmbio sem necessidade. (Fig.14)
Suspensão, freio e direção
A suspensão dianteira independente é do tipo McPherson com barra estabilizadora e molas helicoidais.
A suspensão traseira, que é semi-independente, utiliza eixo de torção e barra estabilizadora e molas helicoidais.
A direção tem assistência elétrica, mas a caixa de direção é mecânica e tem todos os componentes para serem revisados e isso gera serviços para as oficinas.
Para fazer manobras, o diâmetro de giro é de 10,2m.
O sistema de freios utiliza discos na dianteira e na traseira e com todos os recursos tecnológicos como ABS, controle de estabilidade e distribuição de frenagens, este carro precisa de uma distância de 38 metros para atingir a parada total de uma velocidade de 100 Km/h a 0 Km.
Para os nossos reparadores, o acesso aos componentes de freios e suspensão facilita os serviços e garante mais agilidade com menor tempo de execução das tarefas de remoção e instalação. (Fig.15 e 18)
Elétrica, eletrônica e conectividade
Aqui estão os componentes e sistemas que mais evoluem para trazer conforto, segurança e conectividade para os ocupantes e já para as oficinas, representa um desafio para acompanhar e adquirir conhecimentos tecnológicos e equipamentos correspondentes, pois se não for assim, o serviço deverá ser encaminhado para outra oficina.
É uma realidade que acaba criando uma linha divisória entre os reparadores que desejam manter o atendimento com qualidade de serviços sempre atualizados e aqueles que preferem terceirizar, o que não representa um problema, desde que o serviço seja bem executado.
Na visão do dono do carro, é provável que a conectividade esteja em primeiro lugar, depois a eletrônica e por último a elétrica. Pensar em motor e câmbio ficou para as gerações passadas, agora os interesses são outros.
Elétrica, eletrônica e conectividade
Aqui estão os componentes e sistemas que mais evoluem para trazer conforto, segurança e conectividade para os ocupantes e já para as oficinas, representa um desafio para acompanhar e adquirir conhecimentos tecnológicos e equipamentos correspondentes, pois se não for assim, o serviço deverá ser encaminhado para outra oficina.
É uma realidade que acaba criando uma linha divisória entre os reparadores que desejam manter o atendimento com qualidade de serviços sempre atualizados e aqueles que preferem terceirizar, o que não representa um problema, desde que o serviço seja bem executado.
Na visão do dono do carro, é provável que a conectividade esteja em primeiro lugar, depois a eletrônica e por último a elétrica. Pensar em motor e câmbio ficou para as gerações passadas, agora os interesses são outros.
Peças de reposição
Como este carro utiliza o trem de força (motor e câmbio), que já é aplicado em vários modelos da VW há alguns anos, e ele se aplica aos componentes de suspensão e freios, é possível ter acesso às peças de reposição na rede de concessionárias VW, bem como nas distribuidoras e autopeças.
O Elton, o Rosalvo e o Eduardo se empenham ao máximo para atender seus clientes, por isso investem em atualizações, equipamentos e lembram que a qualidade do serviço depende também da qualidade da peça aplicada e o cliente avalia o conjunto, ele não entende que a peça aplicada é ruim e sim que o serviço de reparação não é bom, associando à oficina que não é boa, logo é melhor garantir que a peça seja de boa qualidade e procedência, para que os clientes continuem falando bem da oficina onde o carro foi reparado.