O novo Duster é a continuidade de um veículo que agradou seus compradores desde a sua chegada ao mercado brasileiro em 2011, sendo um dos pioneiros do seu segmento no país.
O interesse dos clientes por este tipo de veículo começa pela altura em relação ao solo, isso proporciona facilidade ao entrar ou sair do veículo, seguido do amplo porta-malas que comporta todas as bagagens de uma família.
A altura do veículo e sua aparência de imponência faz o condutor e os demais ocupantes se sentirem mais seguros e o efeito disso é o interesse cada vez maior por veículos utilitários de uso misto – cidade, estrada e campo.
Depois de três anos do seu lançamento no Brasil, em 2014 o Duster recebeu algumas melhorias e as vendas atingiram a marca de 1 milhão de unidades fabricadas em todo o mundo.
A parte boa desta história é que o milionésimo veículo foi produzido na Curitiba Veículos de Passeio (CVP), em Curitiba.
Ao entrar no Duster, temos o impacto visual do interior reestilizado, começando pelo painel de instrumentos, volante, bancos e revestimentos das portas são completamente novos.
Para completar a harmonia do interior do carro, novos itens tecnológicos foram instalados: a nova central multimídia Easy Link com tela 8’’, sistema Multiview com quatro câmeras, sensor de ponto cego e sensor crepuscular.
A parte mecânica também apresenta novidades que iremos descobrir junto com nossos reparadores que foram contemplados com a nossa visita em suas oficinas.
Na região norte da cidade de São Paulo estão as três oficinas visitadas que tiveram a oportunidade de dirigir e conhecer o novo Duster.
Vencendo os desafios da grande cidade com velocidade média de 15 Km/h, chegamos na avenida Casa Verde, nº 2.164, em plena sexta feira com chuva e frio, um cenário bem típico de São Paulo.
Neste endereço está a Jaguarauto, isso já faz algum tempo, desde 1986 estão contribuindo com a reparação automotiva completa, envolvendo a parte mecânica, elétrica, eletrônica, funilaria e pintura.
Para executar todas as tarefas de uma oficina com múltiplas atividades, foi preciso reunir forças de três sócios, José, Castro e o Marcos.
Todos fazem o atendimento de clientes e isso triplica a capacidade de fechar orçamentos, o que é sempre bem-vindo para garantir a saúde financeira da empresa.
Cada um tem sua área de atuação dentro da empresa; José cuida da parte mecânica e eletrônica, Castro está mais focado na funilaria, pintura e restauração de veículos antigos que ficam com aspecto de novos e completando time, o Marcos que atua mais na área administrativa, esta parte da oficina é uma das mais complexas e sabemos que muitas oficinas não tem uma pessoa dedicada e preparada para executar um trabalho necessário para manter a empresa funcionando de forma adequada.
Em respeito ao meio ambiente e aos vizinhos da oficina, a atividade de funilaria está na parte inferior do prédio, o que evita o incômodo de barulhos gerados nesta atividade. Outro ponto importante está na pintura, as tintas utilizadas são a base de água, que não poluem e não incomodam a vizinhança porque não tem cheiro. A Jaguarauto está de parabéns!
A próxima oficina que conheceu o novo Duster foi a Pardal Motores e lá fomos muito bem recebidos pelo Walter que poucos conhecem, mas se falar Pardal, aí sim muitos sabem quem é o mecânico que sabe só um “pouco” sobre motores.
A Auto Técnica Pardal Motores divide as atividades normais da reparação automotiva na oficina e também dedica uma boa parte do seu tempo na divisão Pardal Racing Team, preparando carros especiais para competição, por isso que falei que ele conhece só um “pouco” de motores.
Em meados da década de 70, montou sua oficina oferecendo qualidade especial nos serviços que garantiam a casa sempre cheia de carros para consertar. Assim que conseguiu um espaço maior para trabalhar, já começou a preparar os conhecidos carros de pista como os famosos Opalas que faziam a corrida de mil milhas de Interlagos na cidade de São Paulo.
Depois de trabalhar com o motorzão 4.1cm³, se dedicou na preparação do fusca, que também foi um sucesso, ganhou vários campeonatos, chegando a montar 11 fuscas na categoria Speed, houve teve competições em que as posições do 1º ao 10º eram carros preparados pela equipe do Pardal.
Todo pai e dono de oficina tem o desejo de que o filho se interesse por carros e também pela oficina, quanto a isso o Pardal não pode se queixar porque ele já tem um seguidor que é o Felipe. Devido à convivência com o pai, o interesse por carros esportivos pelo filho foi decisivo e fez surgir um profissional diferenciado no mercado, denominado como Tuner.
Este profissional reúne conhecimentos técnicos capaz de atingir o melhor desempenho que um motor pode oferecer. Pode trabalhar no sistema de injeção original do carro alterando as tabelas /mapas ou pode instalar um sistema de injeção programável no qual são construídas todas as tabelas / mapas conforme a necessidade e capacidade do motor.
São muitos os controles: corpo de borboleta, tempo de injeção, ponto de ignição, comando variável, injeção de nitro, pressão de turbo, controle de tração, troca de marchas.
O Felipe também atua como telemetrista (engenheiro de telemetria) acompanhando o desempenho do carro durante as corridas, isso envolve o trabalho constante de monitoramento de vários itens através do sistema de injeção ou dashboard (painel de instrumentos) com telemetria:
- Pressão de óleo;
- Pressão de combustível;
- Aceleração lateral;
- Aceleração longitudinal;
- Calibração de pedal de acelerador e de forças Gs;
- Ângulo de direção;
- Distância exata percorrida em cada volta.
Tudo isso é convertido em gráficos que geram uma melhor visualização para o piloto e mecânicos. Com a análise das informações coletadas, é possível encontrar meios para preservar o motor e para melhorar a performance tanto do carro como do piloto.
Pai e filho estão integrados na reparação automotiva e na área esportiva.
Pardal Motores - Rua Araritaguaba, 247 - Vila Maria, São Paulo - SP
Feliz com a nossa visita, logo perguntou se podia dar uma voltinha no novo Duster e o desejo dele foi prontamente atendido.Distante apenas alguns quarteirões está a Aerocar, que é a oficina do Gilberto, ele está há um bom tempo no ramo de reparação automotiva, desde 1989.
Mas antes de falar da Aerocar, o Gilberto lembrou de uma frase que ele já havia dito sobre os carros que têm tanta tecnologia que o nome de oficina mecânica deveria mudar para oficina tecnológica.
A oficina do Gilberto assim como as demais, está se recuperando das dificuldades provocadas pela pandemia, mas nas primeiras semanas com a oficina fechada, chegou a pensar que teria que encerrar as atividades porque as despesas continuavam aceleradas e as receitas não existiam mais.
Hoje ele arrisca dizer que está com 70% do movimento, isso se traduz em uma esperança de melhorias no setor da reparação automotiva que envolve alguns milhões de empregos diretos e indiretos.
Na Aerocar o maior volume de serviços é gerado nas manutenções corretivas e algumas preventivas, mas tem sempre um espaço reservado para carros de clientes que desejam um pouco mais de desempenho.
O Gilberto também faz serviços que envolvem a restauração de veículos e aí tem que tomar cuidado porque esses carros têm data para entrar e não tem data para sair, isso pode gerar prejuízo para a oficina, pois ocupa o espaço que já é pequeno, impedindo a execução de serviços mais rápidos em outros carros.
A Aerocar está na rua Maria Cândida, 910, Vila Guilherme - São Paulo – SP
Primeiras impressões
Chegando na Jaguarauto, o Castro com sua visão apurada na estética veicular, ficou impressionado com as mudanças no interior do carro, na qualidade dos acabamentos, melhor ergonomia, o painel de instrumentos mais moderno, os bancos com novas espumas e novo revestimento.
O painel foi completamente redesenhado, apresentando um novo console central, com novas saídas de ar, painel de instrumentos e a nova central multimídia com tela de 8 polegadas, mais moderna e conectada.
Com layout personalizável para até cinco usuários diferentes, a tela se ajusta ao desejo de cada consumidor. Pela central multimídia também é possível visualizar imagens das quatro câmeras do novo sistema multivisão, que permite enxergar os quatro lados do veículo para auxiliar em situações de manobras. Trazendo mais segurança, o Duster também recebe alerta de ponto cego e o sensor crepuscular para acendimento automático dos faróis.
O novo sistema de ar-condicionado digital, com anéis cromados, também oferece mais conforto aos passageiros, com oito velocidades e 19 opções de temperatura entre 17,5°C e 26,5°C. O mesmo acontece com os painéis das portas com apoio de braço revestido em tecido, novos puxadores e iluminação interna.
Na parte externa, o carro demonstra estar mais imponente e robusto, com maiores ângulos de entrada (30°) e saída (34°5’) e a maior altura do solo (237 mm).
Oferece o maior porta-malas da categoria, com 475 litros, além do amplo espaço interno. Outra mudança importante foi o aumento da rigidez estrutural em 12,5% que garante conforto nas vias urbanas com lombadas, depressões e buracos, caso seja utilizado em estradas de terra, também será muito útil esta rigidez que vai transmitir segurança e confiança ao motorista.
O capô com novo desenho se integra com os faróis equipados com luzes diurnas de led, junto com a linha de cintura do carro que ficou mais elevada, uma alteração na inclinação das colunas do para-brisas de 3,4º graus deixou o modelo mais aerodinâmico, mas o Gilberto da Aerocar que é uma pessoa alta, percebeu que o quebra-sol estava atrapalhando, isso se deve a esta inclinação do para-brisas, a solução foi reduzir a altura do banco do motorista para melhorar a visão enquanto estava dirigindo.
Carro novo desperta automaticamente o desejo de conhecer e dirigir e na Pardal Motores não foi diferente, fomos logo fazer o circuito de testes nas ruas próximo à oficina e foi o suficiente para ser perceptível que o Duster 2021 é um carro novo. Esta observação é importante porque a referência que o Pardal tem é do modelo anterior. Desde a forma de entrar no carro, a saída suave proporcionada pela transmissão CVT, a direção mais leve sem aquele ruído da direção hidráulica e a maciez do carro com a suspensão que recebeu ajustes de cargas nas molas e amortecedores.
As mudanças aplicadas na estética interna e externa, na dirigibilidade, foram percebidas pelos reparadores que tiveram a oportunidade de avaliar o Duster e aprovaram as mudanças que comprovam a melhoria na evolução do carro.
Ao volante
Dirigir o carro durante a rotina da correria de uma oficina é a melhor maneira de perceber o que há de novidades oferecidas. Foi assim com o José e o Castro da Jaguarauto, que precisavam buscar um cliente e logo começamos a experiência de colocar o Duster para trabalhar. A primeira diferença observada foi na direção que está mais leve, depois o painel com instrumentos de fácil acesso e como estava chovendo, o ar-condicionado digital foi ligado para desembaçar os vidros, em alguns segundos, o para-brisa estava com visibilidade 100%. Quando o cliente entrou no carro, logo comentou sobre o acabamento interno que está muito melhor, além do espaço para quem senta no banco traseiro. Para o Castro que estava dirigindo, o motor poderia ser um pouco mais potente, considerando o peso do carro, mais quatro pessoas e em ruas de subidas, o giro do motor sobe muito para manter o descolamento.
Esta experiência foi interessante, pois até o cliente teve a oportunidade de opinar sobre o carro e chegou até comentar que ficou curioso e iria em uma concessionária para fazer um teste drive.
Durante este percurso, estava chovendo e isso revelou algo inesperado para um carro novo, os faróis ficaram embaçados, formando gotículas de água na parte interna.
Para o Gilberto da Aerocar o Duster apresentou reações lentas quando comparado com modelos de outros fabricantes, equipados com motores da mesma cilindrada. Ele sabe que a proposta da Renault com este novo Duster, é a economia, logo alguma coisa acaba sendo sacrificada.
Isso não tirou o entusiasmo de dirigir um caro novo, desfrutar do conforto do banco que tem até apoio para descansar o braço. Relembrando o que o Gilberto já havia comentado sobre o ajuste da altura do banco do motorista para não atrapalhar a visibilidade por causa da inclinação do para-brisas.
A suavidade na condução proporcionada pela suspensão mais macia não passou despercebida e a vontade dele era de verificar por baixo e descobrir alguma coisa nas molas e amortecedores. Retornando para a oficina, vocês logo saberão o que ele fez.
Pardal, que tem toda vivência com motores mais fortes, sabe exatamente como se comportar com um carro que disponibiliza uma potência limitada. Palavras dele: se estou com um carro equipado com motor 1.6, eu não vou querer desempenho de um motor 2.0, isso é muito simples, é saber lidar e respeitar o limite de potência do motor ou do conjunto motor e câmbio.
Considerando o tipo do carro e a proposta de economia de combustível, o carro atende bem e vai agradar ao público porque, a utilização nas cidades não permite grandes velocidades, e a prioridade é o conforto e economia, isso o Duster oferece.
Motor
A curiosidade do reparador em saber qual motor está escondido sob o capô está mais ligada às facilidades de manutenções e a Renault colocou um motor que já está no mercado há alguns anos.
É o motor H4M com cilindrada de 1.6 litros, seguido das letras SCe (Smart Control Efficiency), eficiência de controle inteligente.
O trem de força do Duster é composto com motor que vem equipado com a tecnologia Start & Stop, 4 cilindros, 16 válvulas, o cabeçote tem duplo comando de válvulas variáveis, injetores posicionados no cabeçote que garantem alta eficiência e bom desempenho desde as baixas rotações e utilizando etanol, consegue uma potência máxima de 120 cavalos e o torque é de 16,2 kgfm.
O motor Renault H4M foi desenvolvido em conjunto com a Nissan, que tem o código HR16DE e são fabricados no Complexo Ayrton Senna, no Estado do Paraná e o destaque desses motores é o baixo consumo de combustível associado ao melhor desempenho. Com sistema Start & Stop ativado, é possível economizar até 5% de combustível.
Outra estratégia de economia é o novo sistema de Gerenciamento Inteligente de Energia (ESM) que recupera a energia com o motor em desaceleração para otimizar a eficiência.
Por meio de uma operação simples, mas eficiente, quando o motorista solta o pedal do acelerador na desaceleração, o motor continua funcionando sem gastar combustível e o alternador recupera automaticamente a energia para direcioná-la para a bateria, cuja carga aumenta sem usar combustível.
Durante a aceleração, o alternador não 'rouba' a potência do motor para enviá-la para a bateria, pois foi carregada durante a desaceleração. A eficiência do combustível é melhorada em até 2% graças a este sistema.
Destaques do motor 1.6 SCe:
- Todo em alumínio, cabeçote, cárter e bloco;
- Redução de peso (-30 kg) em relação ao motor K4M;
- Duplo comando de válvulas;
- Maior torque em baixas rotações;
- Menor consumo de combustível.
Árvore de cames acionada por corrente de distribuição (sem correia dentada):
- - Maior durabilidade;
- - Menor manutenção.
Injetores de combustível montados no cabeçote:
- - Melhor mistura de combustível;
- - Maior eficiência de combustão.
Pistões e anéis de baixa fricção:
- - Menos atrito;
- - Menor consumo de combustível.
Coletor de escape integrado ao cabeçote:
- - Fluxo de gás de escape mais rápido e eficiente;
- - Menos emissões.
Bielas de aço forjado:
- - Maior resistência.
Comando de válvulas de aço forjado:
- - Maior resistência.
Correia de acionamento de acessório elástico:
- - Menos componentes do motor (sem tensor).
Tecnologia ESM (Energy Smart Management), bomba de óleo com vazão variável e o sistema Start & Stop, reduzem o consumo de combustível.
Transmissão
Denominada como CVT X-Tronic, esta transmissão foi projetada para proporcionar muito conforto, especialmente para quem dirige em ambientes urbanos. Um de seus diferenciais é um software de gerenciamento que dá a opção ao condutor de reproduzir seis marchas virtualmente.
Todas as versões do novo Duster são equipadas com a transmissão CVT X-Tronic, que oferece a possibilidade de troca manual na alavanca de câmbio, bastando apenas posicionar a manopla para o lado esquerdo e assumir o controle das trocas de marchas. Puxando a alavanca para trás, aumenta as marchas, empurrando para frente, as marchas diminuem, esta opção traz vantagem nas ultrapassagens e arrancadas. A troca de marcha selecionada aparece no visor do painel de instrumentos.
O desenvolvimento desta transmissão foi baseado em três pilares:
- Linearidade;
- Agilidade e;
- Dirigibilidade.
O efeito pode ser percebido em retomadas de velocidade ou saídas de semáforo e para os passageiros, a sensação é de conforto, sem perceber as trocas de marchas, que na verdade não há troca, apenas aumenta a velocidade de forma contínua.
Pensando no conforto, há o sistema Lock-up (travamento) com Active Slip Control (controle ativo de deslizamento) neste sistema, a polia é liberada de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear. Essa característica garante acelerações com respostas mais vigorosas e sem alternâncias, pois segura a polia e a solta de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear e rápida.
Outra característica deste câmbio é o fato do motor estar equipado com o sistema Start & Stop, o câmbio deve permanecer em prontidão com o óleo sob pressão, mesmo com o motor desligado, isso só foi possível com a instalação de uma bomba de óleo elétrica, montada na parte externa da carcaça do lado direito, estando na frente do carro.
Isso chamou a atenção dos nossos reparadores que ficaram curiosos, mas o acesso é impedido pelo protetor do cárter de aço, até dá para visualizar melhor se remover a roda esquerda e uma proteção de plástico que fica entre o câmbio e a estrutura do carro.
Freio, suspensão e direção
O sistema de freio praticamente foi mantido com discos ventilados nas rodas da frente e tambores nas rodas traseiras. Falando em rodas, o Pardal fez uma importante observação ao constatar que carros como o Duster, utilizam parafusos e não as porcas de rodas, com mais um agravante, não tem guia. O reparador só vai entender a importância desta observação quando for colocar a roda.
Conversando com a equipe técnica da Renault Toriba, informaram que na caixa de ferramentas de cada mecânico tem uma ferramenta simples, mas de grande ajuda na hora de colocar a roda, é um parafuso sem cabeça com a mesma rosca, ele é um pouco mais longo para facilitar a remoção. É uma boa dica para todos os reparadores providenciarem um guia como esse que vai ajudar a reduzir o tempo de instalação das rodas.
Na parte eletrônica que auxilia nas frenagens, temos vários sistemas que oferecem mais segurança e eficiência principalmente em casos de paradas de emergência.
ABS sistema de antibloqueio de rodas
No momento de uma frenagem mais intensa, o ABS evita o travamento das rodas reduzindo a distância de frenagem mesmo com chuva, mantendo o controle sobre o veículo mesmo em curvas, isso permite desviar de obstáculos, mesmo com o freio acionado durante as frenagens.
Auxílio à frenagem de emergência com divisor eletrônico de frenagem Este é um sistema que complementa a ação do ABS ajudando a reduzir as distâncias necessárias para frear e parar o veículo.
O sistema identifica uma situação de frenagem de emergência e neste caso, o sistema de auxílio à frenagem desenvolve instantaneamente a sua máxima potência e pode ativar a regulagem do ABS. A frenagem do ABS fica mantida enquanto o pedal do freio estiver sendo acionado.
Controle eletrônico da estabilidade (ESC) com controle de subesterço e de tração
Controle dinâmico de condução ESC, ajuda a manter o controle do veículo em situações críticas de condução ao evitar obstáculos ou perda de aderência em curva.
O volante possui um sensor que permite ao sistema reconhecer o tipo de condução escolhido pelo motorista. Há outros sensores distribuídos pelo veículo, que permitem avaliar a trajetória real.
O sistema compara as informações do motorista sobre a trajetória real do veículo e corrige se for necessário, por meio do controle do freio de algumas das rodas ou da potência do motor.
O controle de subesterço é um sistema que otimiza a ação do ESC em caso de uma manobra acentuada que pode provocar a perda de aderência dos pneus dianteiros.
O sistema antipatinagem ASR destina-se a limitar a patinagem das rodas de tração e conservar a trajetória do veículo em situações de partida, aceleração ou desaceleração.
Usando os sensores de rodas, o sistema mede e compara a velocidade das rodas da tração em todos os momentos e retarda a sobrerrotação. Se uma roda estiver começando a derrapar, o sistema freia automaticamente até que a rotação fique compatível novamente com o nível de aderência sob a roda.
O sistema também atua para ajustar o regime do motor à aderência possível ao piso, independentemente da pressão exercida no pedal do acelerador.
Além disso, o novo Duster traz mais tecnologias para aumentar a segurança no trânsito: ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade), que ajuda o motorista a manter o controle do veículo em mudanças bruscas de trajetória ou perda de aderência em curvas, freios AFU (Auxílio à Frenagem de Urgência) e o HSA (Assistente de Partida em Rampa), que mantém o veículo parado até dois segundos após a liberação dos freios em subidas.
A suspensão foi um item comentado por todos e isso foi percebido logo que o carro foi colocado para rodar nas ruas com obstáculos que não são naturais, mas foi nestas condições que a maciez na condução ficou evidente. Comparando com os modelos anteriores, ficou mais confortável e segura, o Gilberto não resistiu e colocou o carro no elevador e ficou impressionado com o curso do amortecedor traseiro que atingiu 70 cm e combinado com as molas, certamente receberam uma nova calibragem, promovendo muito mais conforto ao dirigir na cidade e nas estradas.
A barra estabilizadora dianteira já vem com as borrachas e abraçadeiras de fixação incorporadas a ela, ou seja, se estragar a borracha, a barra inteira deverá ser substituída.
A caixa de direção é mecânica, não se assustem porque na coluna da direção está instalado um motor elétrico que transformou a forma de dirigir sem ruídos da bomba hidráulica, além de ter ficado muito mais leve durante as manobras que é justamente nesta condição que lembramos como uma direção assistida facilita a vida dos motoristas.
A nova direção elétrica traz mais conforto para o uso urbano e transmite firmeza e precisão para o uso em estradas. Com a melhoria, o número de voltas de um extremo ao outro do volante reduziu de 3,28 para 3,10 e o esforço de manobra diminuiu 35% em relação à versão anterior.
Elétrica, eletrônica e conectividade
Na parte elétrica, o José da Jaguarauto ficou inconformado com os fusíveis instalados sobre a bateria no polo positivo do novo Duster, além dos diâmetros dos cabos instalados, pois a amperagem que circula por eles deve ser elevada.
Começando por um fusível de 200 amperes de cor azul que já é um valor alto, ao lado tem outro com a inscrição CAL5 na cor preta. Depois de consultar um amigo engenheiro elétrico, o José quase não acreditou na informação que recebeu. A inscrição CAL5 indica que este fusível pode resistir a um pico de 1.200 amperes, é realmente uma pancada.
Contrastando com estes monstros, tem um humilde fusível de 7,5 amperes instalado de forma isolada, só não descobrimos qual é a função dele.
No polo negativo tem um sensor que monitora a carga e temperatura da bateria que é especial para carros equipados com o sistema Start & Stop.
A caixa de fusíveis e relés é de fácil acesso no compartimento do motor, próximo à bateria e na parte interna do carro que fica do lado esquerdo da direção, neste local está também o conector OBD.
Já que o conector estava ali sorrindo para o José, ele aproveitou para espionar os sistemas eletrônicos e se havia algum código de falhas. Depois de instalar o equipamento de diagnóstico, foi possível fazer algumas leituras e até achar códigos de falhas. O sistema de injeção identificado é o EMS 31-10, da Continental.
O Duster oferece mais conectividade com a nova central multimídia Easy Link que traz mais tecnologia e opções ao condutor. Com uma tela capacitiva de 8 polegadas com interface simples e intuitiva, a central possui layout personalizável para até 5 pessoas e oferece espelhamento para celular por meio do Android Auto e Apple Carplay.
Os ocupantes também podem realizar conexão via Bluetooth e visualizar informações como temperatura externa e horário direto na tela.
O sistema possui uma vasta gama de opções de personalização para adaptar a tela ao gosto de cada pessoa. O Easy Link permite o cadastro de até cinco usuários, que podem personalizar funções sem interferir nos outros já cadastrados. Pelo sistema é possível:
- Escolher um nome e uma foto de capa;
- Definir um layout personalizado da tela;
- Salvar suas preferências de configuração de som e rádio;
- Salvar até nove estações de rádio na memória do sistema;
- Habilitar ou desabilitar o destravamento de portas sem a chave;
- Personalizar uma sequência de boas-vindas, incluindo avisos sonoros para o momento de abertura de portas e entrada no veículo;
- Personalizar o som das teclas.
Outra importante novidade é a possibilidade de parear até seis celulares simultaneamente via Bluetooth, sendo possível realizar duas chamadas pelo sistema ao mesmo tempo, o que garante maior comodidade aos ocupantes do veículo. Também existe a opção de acessar o sistema como convidado, sem entrar como uma das cinco contas já configuradas.
Para auxiliar o condutor na economia de combustível e no monitoramento de suas viagens, a central mantém o Eco Scoring e Eco Monitoring, sistemas que já existem nos veículos Renault com Media Nav e Media Evolution.
Uma importante novidade do Duster 2021 é o sistema Multiview, que consiste em quatro câmeras, sendo uma dianteira, duas laterais instaladas nos espelhos retrovisores e uma traseira, permitindo ao condutor alterar a visualização entre as imagens pelo Easy Link para obter uma visão de todas as direções do veículo.
Outro equipamento que estreia no veículo é o sensor crepuscular, disponível nas versões topo de linha, que permite o acendimento automático dos faróis ao escurecer. O carro traz controlador e limitador de velocidade, uma comodidade para percursos urbanos ou longos trajetos. Em vias com velocidade limitada, o equipamento traz segurança ao motorista, garantindo que ele não ultrapasse o limite estabelecido. O sistema também oferece mais conforto e praticidade ao manter uma velocidade pré-estabelecida pelo motorista, realizando inclusive as retomadas de maneira automática.
O novo Duster também ganhou a chave cartão tipo Hands Free (mãos livres), com destravamento do veículo por aproximação, fechamento do veículo por afastamento e partida sem necessidade de inseri-la no painel.
Informações técnicas
Carroceria monobloco, utilitário esportivo (SUV), 5 passageiros, 5 portas,
Motor bicombustível (etanol e/ou gasolina), quatro cilindros em linha, 16 válvulas, refrigeração líquida,
Tração dianteira (4x2)
Cilindrada 1.598 cm³
Diâmetro x curso (mm x mm) 78,0 x 83,6
Potência máxima (ABNT) 118 cv (gasolina) @ 5.500 rpm 120 cv (etanol) @ 5.500 rpm
Torque máximo 16,2 kgfm (gasolina) @ 4.000 rpm 16,2 kgfm (etanol) @ 4.000 rpm
Injeção eletrônica multiponto sequencial
Rodas de alumínio, pneus 215/60 R17
Suspensão dianteira MacPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais
Suspensão traseira semi-independente com barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais
Freios ABS, com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira
Direção elétrica
Câmbio automático CVT com opção de troca sequencial de 6 velocidades Relações de marcha - mínima........3,87:1 máxima........0,53:1 Diferencial........3,88:1
Tanque de combustível 50 L
Porta-malas 475 L
Carga útil 500 kg
Peso 1.279 kg
Aceleração 0-100 km/h (s) (12,4 etanol) (12,3 gasolina)
Velocidade máxima 172 km/h (gasolina) 173 km/h (etanol)
Combustível consumo (urbano) 10,7 (gasolina) 7,2 km/l (etanol)
Combustível consumo (estrada) 11,1 (gasolina) 7,8 km/l (etanol)
Peças de reposição
É um carro novo, recebeu mudanças em vários componentes, principalmente na carroceria e acabamento interno, faróis e lanternas, mas podemos ter boas surpresas na parte mecânica e no motor que já são bem conhecidos no mercado.
Peças de freio como discos, pastilhas são mais fáceis de encontrar, já os amortecedores e molas podem até serem parecidos, mas receberam uma nova calibragem.
Os locais para compra de peças podem ser iniciados nas concessionárias Renault que comercializam peças da marca e também há a Motrio, que tem qualidade e os preços são bastante atraentes, a outra opção de compras é a mais tradicional que é feita nas autopeças e distribuidoras.
No caso de peças da carroceria, é provável que tenha alguma dificuldade pelo fato de ser novo e é comum ter que fazer encomenda e aguardar alguns dias.
Na opinião dos reparadores visitados, é um carro de fácil manutenção e mesmo com algumas mudanças, certamente não será difícil encontrar peças e executar os serviços necessários.
Recomendações
Como é um carro de boa aceitação no mercado, sua frota vai aumentar e carro rodando é carro que está gastando componentes, isso significa que em algum momento vai precisar de manutenção e é isso que as oficinas querem.
Buscar atualizações em cursos e palestras sobre os sistemas que equipam este carro são sempre bem-vindas para garantir um bom atendimento ao cliente e qualidade assertiva no serviço executado.
Apenas para lembrar que o alternador deste carro ao ser testado, poderá indicar no multímetro que está carregando apenas 12 volts, nem por isso deverá ser reparado ou substituído, são novas tecnologias que o reparador deve buscar para elevar seu conhecimento. O mesmo se aplica ao ventilador do radiador, bomba de combustível e até a bomba de óleo do motor tem formas de trabalho conforme a necessidade.
Quanto a troca do óleo e filtro do motor, é bom estar preparado para remover um protetor de cárter que é de aço reforçado e está fixado com 11 (onze) parafusos sendo 3 (três) torx 30 e 8 (oito) sextavados (10mm). Os parafusos torx estão no revestimento inferior do para-choque, depois de removidos, basta afastar esta parte plástica que vão aparecer dois parafusos sextavados de 10mm, os outros estão dispostos nas laterais do protetor, três em cada lado.
Depois de removido o protetor, é possível ter acesso fácil ao cárter de alumínio do motor que tem um subcárter de chapa de aço, onde está o parafuso de dreno do óleo que é de 14 mm.
Outra recomendação muito boa do Gilberto é sobre a abraçadeira do semieixo direito fixado na lateral do motor, basta soltar um parafuso que ela abre e fica pendurada por um pino e o semieixo fica livre para ser removido.
Mais uma recomendação de ouro, essa foi gentilmente fornecida pela Renault Toriba nos informando que a nova chave do Duster funciona mesmo sem bateria. Para entrar no carro basta abrir o chaveiro e dentro tem uma chave física para ser usada na abertura da porta, como este carro não tem local para colocar a chave de ignição, tem apenas o botão de acionamento de partida, basta colocar o chaveiro mesmo sem bateria no console central onde tem um desenho de uma antena. Com esta aproximação física dos componentes, a antena capta o sinal e libera a partida, agora só basta apertar o botão Start Stop que deveria ser Engine Start Stop e o carro vai funcionar.
Para acessar as velas de ignição, bobinas e injetores, tem que remover o coletor de plástico, logo a mão de obra para esses serviços tem que ser adequada ao tempo gasto na remoção do coletor.
O filtro do canister e a válvula solenoide estão atrás do farol direito e o acesso não é difícil para a manutenção.
A maior facilidade está na troca do filtro de ar deste carro, basta apertar duas travas na lateral da caixa de ar e o filtro sai, esta operação é realizada em segundos e o engenheiro que projetou merece uma nota 10.