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Bomba de Óleo Pilotada, mais uma tecnologia aplicada nos motores modernos

A pressão de óleo lubrificante sob demanda, e não proporcional à rotação do motor, protege este e reduz o consumo de energia do motor e minimiza as emissões de poluentes

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Por Pedro Luiz Scopino


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O sistema de lubrificação do motor é muito importante, não só para lubrificar as partes móveis, mas também contribui muito para o controle de temperatura, já que o óleo chega em partes extremamente quentes, onde o líquido de arrefecimento não chega.

E o filme de lubrificante nas partes móveis é muito importante para que as peças móveis não se toquem, é só visualizar o estado de bronzinas de mancal ou de moente de um motor em excelentes condições de uso, mesmo com alta quilometragem, as bronzinas (em um motor saudável) estarão sem desgaste, graças a este filme de lubrificante.

O “coração” do sistema de lubrificação é a bomba de óleo, que vai enviar o óleo lubrificante, sob pressão, às partes móveis do motor, sempre passando antes pelo filtro de óleo, e depois linhas de pressão e retorna ao cárter.

Já o “sangue” do sistema é o óleo lubrificante, que deve atender às especificações do fabricante do motor, tanto em viscosidade, como o tipo de óleo e ainda às normas específicas para o motor ou determinado pela montadora.

A bomba de óleo é de acionamento mecânico, ou seja, sua rotação e consequentemente sua pressão e vazão serão proporcionais à rotação do motor, assim em marcha lenta teremos uma pressão menor e em alta rotação uma maior pressão.

Isso nem sempre é necessário, e quando isso ocorre teremos perda de energia do motor, se perde energia teremos maior consumo e maior emissões de poluentes. Para este problema existe a solução na linha Premium de veículos, a bomba de óleo com pressão variável, ou mais conhecida por bomba de óleo pilotada.
 

O QUE AS BOMBAS DE ÓLEO TÊM COMO DESTAQUES:

Vale ressaltar os tipos de bombas variáveis disponíveis em portfólio, sendo:

• Bomba de óleo variável com regulagem mecânica/hidráulica (7.07994.13.0 – Aplicação motor Sigma cilindrada 1.6 Mexicano);

• Bomba de óleo variável com regulagem via solenoide. (7.07381.02.0 – Aplicação Toro/Renegade motor Diesel).

Em bombas de óleo “fixas” convencionais (não variáveis), sua dependência direta da rotação do motor resulta em perdas de potência consideráveis. As bombas de óleo variáveis, tanto mecânicas quanto eletronicamente reguláveis via solenoide, garantem um fornecimento de óleo independentemente da rotação do motor, garantindo uma melhor eficiência do motor na fase fria ou quente, em baixa e em altas rotações.

As bombas de óleo variáveis com regulagem mecânica de pressão do óleo proporcionam até -18% de consumo de energia do motor.

 

Ainda podemos afirmar que as bombas de óleo variáveis com regulagem via solenoide proporcionam até -70% de consumo de energia do motor e contribuem para redução de emissões de CO2.

As bombas de óleo variáveis são desenvolvidas para proporcionar também uma melhor lubrificação em baixas faixas de rotações, garantindo uma vida útil estendida do motor.

Óleo incorreto, contaminação e a famosa borra de óleo vão alterar o comportamento do sistema de lubrificação, e a válvula solenoide de controle, com sua tela de filtragem, pode ficar obstruída, causando o travamento parcial ou total do solenoide, e a unidade eletrônica do motor pode identificar essa falha, através do sensor de pressão de óleo e até comandar o acionamento da MIL lâmpada indicadora de mau funcionamento.

Na aplicação do lubrificante sempre devemos atender às especificações do fabricante do veículo e às normas ABNT.

DE REPARADOR PARA REPARADOR

A bomba de óleo lubrificante tem seu acionamento mecânico, geralmente pelo eixo virabrequim, ou por corrente auxiliar, ou um comando auxiliar ou por eixos combinados. Quanto maior a rotação do motor, maior será o acionamento da bomba de óleo e maior será o fluxo de óleo, porém essa “energia” que o motor irá perder acionando a bomba de óleo, muitas vezes de forma desnecessária, causa perda de potência.

Com a bomba de óleo pilotada, a unidade de controle do motor, que tem os mapas do correto funcionamento, acompanha a pressão de óleo e aciona o solenoide da bomba de óleo pilotada, e adequa a pressão com a real necessidade do sistema de lubrificação.

No dia a dia da oficina mecânica, podemos fazer alguns testes medindo a pressão do lubrificante com a relação da rotação do motor. Podemos também, via scanner automotivo, identificar falha de pressão de óleo, ou falha no controle de pressão de óleo, e neste momento devemos medir com um manômetro adequado e testar se a falha está na bomba de óleo, no solenoide ou sensor de pressão de óleo. É mais tecnologia nos motores e maior a necessidade de conhecimento técnico. Pensem nisto.

Abraços e até a próxima edição com mais dicas sobre tecnologia em motores modernos. 

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