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Rota do Reparador reuniu mais de 1.000 profissionais em dois dias de evento nas Escolas SENAI do Ipiranga, da Vila Leopoldina, de Suzano e Piracicaba com palestras da Elring, Mobil, NGK e Sun

Maior programa de atualização técnica e tecnológica para o reparador automotivo independente começou suas atividades em dois eventos realizados no estado de São Paulo, com lotação máxima e comentários extremamente positivos dos participantes

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Por Da Redação


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  • Escola SENAI Ipiranga
  • Décio Fernandes, engenheiro da Mobil
  • Robson Sotero, instrutor da Snap-On
  • Arthur Cordeiro, estudante do Senai
  • Márcio Silva, da NGK, em palestra sobre os produtos da marca
  • Escola SENAI Vila Leopoldina
  • Antonio Fiola, presidente nacional do Sindirepa
  • Alexsandro Dias Santos
  • Edson Tadashi Hashimoto
  • Marcelo Santos fez palestra pela Elring
  • Escola SENAI Suzano
  • Paulo Cesar de Jesus Rios, palestrante da Mobil
  • Alex Molder, instrutor da Sun
  • Equipe da Mecânica Chiquinho
  • Vinicius Macedo Viana de Sá
  • Escola SENAI Piracicaba
  • Edvandro Bastos Campina
  • Instrutor da NGK, Márcio Silva
  • Gilberto do Nascimento
  • Palestrante da Elring, Pedro Bighetti
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Idealizado como o maior programa de atualização técnica e tecnológica do país para o reparador automotivo independente, o Programa Rota do Reparador teve início no no dia 27 de agosto nas unidades do SENAI São Paulo no bairro do Ipiranga e Vila Leopoldina e seguiu para o interior com atividades nas unidades do SENAI São Paulo em Suzano e Piracicaba.

O Programa Rota do Reparador está dimensionado para contemplar três públicos: no período da tarde são alunos e professores das Escolas SENAI que recebem o evento e no período noturno são os profissionais da reparação da região que comparecem aos eventos. “Desta forma estamos atingindo o profissional que já está no mercado (o reparador independente), o profissional do amanhã (aluno do SENAI) e o grande multiplicador e formador de opinião (docente do SENAI), gerando um ciclo virtuoso para as marcas e os produtos que participam do Programa Rota do Reparador”, afirmou AntonioFiola, presidente do Sindirepa-SP e um dos idealizadores do Programa em conjunto com o Sindirepa Nacional, o SEBRAE-SP e as empresas patrocinadoras do evento.

SENAI IPIRANGA

As palestras contaram com informações exclusivas para os mais de 510 reparadores e alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial que se inscreveram para o evento. No Senai Ipiranga estiveram Décio Fernandes, engenheiro químico da Mobil, e Robson Sotero, instrutor da Snap-on.

Antônio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e do Sindirepa nacional, fez um discurso parabenizando os reparadores que estavam presentes no evento: “Dou os parabéns a todos vocês por estarem aqui se atualizando. Parabéns também por essa iniciativa, parabéns para o pessoal do jornal Oficina Brasil e do Senai. Eu tenho certeza devido a palestras como estas que vocês assistem hoje, o nosso dia-a-dia na oficina fica diferente. Nós sempre aprendemos alguma coisa e aplicamos o conhecimento para melhor atender o nosso cliente, que não conhece tanto quanto nós”.

Davi Gregório, proprietário da Oficina DV Racing, disse que são poucas as oportunidades que os reparadores têm para receber instrução: “a gente, às vezes, espera algumas situações para aprender algo a mais e essa foi uma oportunidade que tivemos” e afirmou que voltará nos próximos eventos: “as palestras ajudam a gente a prestar um serviço com mais qualidade para os consumidores”.

Para Arthur Cordeiro, estudante de Eletricista Automotivo do Senai Ipiranga, a palestra ajudou a desvendar o que cada nomenclatura de óleo significa: “é sempre bom ter uma palestra informando. O nosso curso já é bom, mas uma palestra sempre tem muito a agregar”.

O engenheiro da Mobil, Décio Fernandes, afirma que o Rota do Reparador é importante para o setor de reparação independente: “A realidade é a seguinte: para você cuidar de um veículo, seja ele um carro, caminhão, trator ou caminhonete, é necessário ter conhecimento. E nós viemos dar a informação para que a pessoa possa cuidar desses veículos da maneira correta. E eu diria que uma parcela muito pequena dos reparadores é atualizada, porque muitos deles saem da escola e passam a trabalhar o dia inteiro, ficando sem tempo para atualização. Aqui na palestra nós passamos uma série de informações que fazem com que o reparador fique curioso, querendo aprender”, conta.

Já o instrutor da Sun pela Snap-on, Robson Sotero, ressaltou a importância do projeto: “a competência do reparador tem que ser internacional, porque os carros vêm de fora. Acabou-se o carburador. Hoje nós estamos trabalhando com eletrônica, não é mais eletricidade. Estamos falando de frequência e o reparador tem que ter conhecimento de causa do sistema e do equipamento para trabalhar bem”.

SENAI LEOPOLDINA

AEscola Senai Mariano Ferraz da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo, também recebeu, no dia 27 de agosto, o ciclo de palestras do Rota do Reparador. Na unidade compareceram cerca de 200 reparadores e estudantes, que tiveram a oportunidade de receber treinamento das marcas japonesa NGK e alemã Elringkingler.

 O vice-presidente do Sindirepa-SP, Salvador Parisi, compareceu à abertura do treinamento. “Vocês têm de aproveitar e ver que há uma enorme transformação no nosso mercado”, disse aos participantes. Parisi comentou: “a participação dessas empresas, como a NGK e Elring, fornecendo informação, é extremamente importante. E a participação ativa dos reparadores independentes com relação à informação e treinamento que recebem, também”.

Alexsandro Dias Santos disse que, apesar da abertura de algumas montadoras às informações técnicas, ainda falta conteúdo para quem trabalha no aftermarket: “não digo só para o reparador, mas também para o distribuidor ou vendedor de autopeças. Falta para todas as categorias. E existem alguns produtos no mercado que foram apresentados no evento de hoje que nós ainda não temos acesso, por conta da falta de informação”.

 Já Edson Tadashi Hashimoto, que trabalha na Auto Company, confessou a dificuldade que tem para trabalhar com a pouco conteúdo técnico que os reparadores recebem: “se você quer fazer um trabalho com qualidade vai precisar de peças de alto nível. A exemplo do que tivemos nas palestras sobre juntas e parafusos para fixação de cabeçote”.

Marcelo Santos, palestrante da Elring, parabenizou a estrutura do evento e do Senai da Vila Leopoldina: “eu quero parabenizar todos os envolvidos pela ideia e realização do evento. Nós aproveitamos para falar dos produtos conhecidos e também daqueles que os reparadores não conhecem, pois cada participante aqui tinha um grau de conhecimento diferente”. 

Já Márcio Silva, instrutor da NGK, ficou surpreso pelo número de inscritos no ciclo de palestras da Escola Senai Mariano Ferraz: “eu achei muito legal, foi muito bem organizado, tinham muitos reparadores. Nossa palestra teve bastante participação, tanto que até estouramos o tempo previsto. Eu dava aula no Senai até o ano passado, então eu sei como é complicado para o setor de reparação obter informações. O pessoal é carente de informação nesse meio, então esse tipo de evento é sempre bem-vindo”, concluiu.

SENAI SUZANO

O Rota do Reparador continuou sua jornada pelo estado de São Paulo no dia primeiro de setembro, com palestra na unidade do Senai em Suzano, na Escola Luís Eulalio de Bueno Vidigal Filho, na região metropolitana da capital paulista.

“Esse tipo de palestra não é importante somente para mim, mas para todos os meus colaboradores”, contou o proprietário da Mecânica Chiquinho, Francisco Severiano Alves. O empreendedor levou os cinco funcionários de sua empresa e foi acompanhado pela esposa: “nós temos que trabalhar de acordo com o manual do veículo, hoje a evolução é tão grande que nós temos que acompanhar. Temos que estar antenados”, afirmou. “Comparecer a palestras émuito bom, tira dúvidas e com certeza eu voltarei a participar das outras edições”, confirmou.

Rafael Garcia Pereira, funcionário do Francisco Severiano Alves na Mecânica Chiquinho, aproveitou bastante o momento: “não podemos deixar passar nenhuma oportunidade de nos aprimorarmos na nossa profissão”.

Alex Henrique Molder, instrutor da Snap-on, falou sobre os equipamentos de diagnósticos da Sun: “o carro evoluiu, as ferramentas acompanharam essa evolução, mas nem sempre os reparadores fizeram o mesmo. Hoje a intenção é mostrar que existe uma forma correta de fazer diagnóstico no carro. Por isso eu coloco exemplos de defeitos que os carros podem apresentar, quais podem ser os possíveis diagnósticos e quais equipamentos utilizar nessas situações”.

O jovem Vinicius Macedo Viana de Sá, da Oficina Mecânica DBS, é reparador há um ano e seis meses e já percebe a importância do ciclo de palestras do Rota do Reparador: “me inscrevi por conta própria e tenho interesse para me adequar às demandas do mercado”, disse.

“Passar o conhecimento é importante para fazer todo o mercado de lubrificantes funcionar. A grande dificuldade é vender um produto que o reparador não tem conhecimento total das informações técnicas. Passando esses conhecimentos para o profissional da reparação independente faz-se com que eles vendam mais e, consequentemente, vendemos mais em toda a cadeia”, concluiu Paulo Cesar de Jesus Rios, palestrante da Mobil.

SENAI PIRACICABA

Também no primeiro dia de setembro, no Senai de Piracicaba (interior de São Paulo), aconteceu o ciclo de palestras do Rota do Reparador com as marcas Elring e NGK. O evento, que contou com mais de 200 inscritos, teve a participação de diversos profissionais da área, além de alunos da própria Escola Senai Mário Henrique Simonsen.

José Carlos de Arruda, da oficina Radiadores Nota 10, disse que achou tudo excelente: “eu tenho uma oficina há quatro anos e quero expandir para um autocenter. E para isso nós precisamos de infomação. Nós aprendemos coisas aqui que utilizaremos na oficina e quem prestou atenção fará bom uso das informações”. E sugere: “esse tipo de evento tinha que acontecer com maior frequência, de três em três meses se for possível. Eu gostaria de ver uma palestra sobre transmissão automática, que é a tendência do mercado. Além disso, também acho que as palestras deveriam ter mais tempo.”

Já o reparador Gilberto do Nascimento, da Monobloco Centro Automotivo, que tem cadastro e recebe o jornal Oficina Brasil, ficou sabendo do evento pela equipe do Rota do Reparador por telefone, entrou no site e se cadastrou para o evento. “Eu me inscrevi porque os reparadores têm carência grande nessa parte de informações técnicas. E eu aproveitei a oportunidade porque é um evento gratuito voltado para nós, reparadores. Não podia deixar passar, pois é muito difícil ter esse tipo de palestra”, desabafou. Nascimento disse ainda que gostaria de ver uma palestra sobre os motores com tecnologia downsizing: “essas tecnologias vieram para ficar e que nós devemos aprender a fazer a manutenção da forma correta”.

Para a carreira do profissional da reparação independente, o evento é importante para transmitir conhecimento técnico: “com as informações que recebemos aqui, nós cometemos menos erros”, disse Edvandro Bastos Campina, da W TransmaticOficina de Câmbio.

E Campina deixou claro, assim como os demais participantes, a carência que os reparadorestêm deste tipo de evento. Assim como o colega Gilberto do Nascimento, Edvandro também acredita que palestras sobre transmissão automática seriam importantes para o setor: “a minha área é de câmbios, mas ainda precisamos de mais treinamentos para poder mexer nas novas tecnologias, como transmissão automatizada e câmbio CVT.

 

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