A ZF lançou na última quarta-feira (27), sua nova transmissão automática de oito marchas para veículos comerciais leves, médios e semipesados, e apresentou as diferenças entre a transmissão automática e automatizada.
O câmbio automático funciona com componentes especialmente projetados para sua função. No lugar das peças de uma transmissão tradicional, esse sistema conta com dispositivos hidráulico e módulo eletrônico. Onde normalmente fica a embreagem, há um conversor de torque. A troca de marchas acontece de acordo com critérios do próprio sistema.
Já na transmissão automatizada, os componentes da embreagem e câmbio são semelhantes à transmissão manual, porém ao invés do pedal da embreagem há um sistema auxiliar para desacoplar o motor da transmissão e outro para engatar as marchas, que podem ser eletrohidráulicos ou 100% eletrônicos. Por isso mesmo, não se deve segurar os automatizados no acelerador em subidas, uma prática que vai superaquecer a embreagem e travar a transmissão no neutro.
A marca apresentou ainda sua mais nova inovação para a área de transmissões, o ZF-PowerLine, que será destinada a caminhões, picapes e ônibus urbanos e interurbanos, e pode consumir 10% menos combustível.
Segundo Israel Valle, um dos representantes da ZF o PowerLine reduzirá o gasto com combustível, com a aceleração sem interrupção do torque.
Em suas características, contam com a alta performance do amortecedor tradicional, a separação de discos de embreagens e freios, a otimização de atrito, rolamentos e vedações, gestão lubrificante, otimização da hidráulica e funções de software, deixando o veículo mais tecnológico. Em suas vantagens estão a maior capacidade veicular de partida carregado, possibilidade de 2a marcha dado o conversor de torque e menor rotação de trabalho do motor, acelerando até 30% mais rápido.
Valle ressaltou que a transmissão automática é ideal para a severa aplicação urbana: anda e para. Já a transmissão automatizada o ideal para a aplicação rodoviária.
A aplicação da ZF-PowerLine em veículos comerciais surge em um momento essencial para o mercado atual, que demanda mais conforto, robustez, segurança, melhor custo operacional e menor consumo de combustível. “No mercado sul-americano, as transmissões manuais ainda imperam no segmento que vai dos leves ao semipesados. No entanto, para aplicações essencialmente urbanas e consequentemente mais severas, em que o ‘anda e para’ constante exige muito mais dos veículos e motoristas, as transmissões automáticas com conversor de torque são as mais adequadas e recomendadas”. Afirma Silvio Furtado, diretor de vendas da ZF América do Sul.
Outro produto da marca é a Traxon, a mais moderna tecnologia de transmissão da ZF, direcionada a transmissão automatizada. Em seu sistema contam com hastes e garfos comandados por cilindros eletropneumáticos e engrenagens helicoidais, sincronizadas e um conjunto planetário. Em comparação com as opções manuais do mercado, reduz o consumo médio de combustível em até 5%.