Oficina Brasil


Aula 53 - Administrando sua automecânica: Descarte e venda de Peças reutilizáveis

Você amigo reparador, já ouviu a frase que no lixo há dinheiro? Muito bem, na oficina também é verdadeira essa afirmação! Há materiais a serem destinados para a reciclagem, para reutilização e para os contaminados

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Por Pedro Luiz Scopino


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Bateria, catalisador, metais, alumínio, lâmpadas, vidros, plásticos, placas eletrônicas, capô, para-choque, fios e chicotes, enfim, há vários tipos de materiais que podem ser reutilizados, ou seja, podemos como gestores de empresas, darmos um destino para reutilização de materiais substituídos no dia a dia na reparação automotiva. Neste aspecto, podemos aplicar o três Rs da ecologia: Reduzir, Reciclar e Reutilizar.

É algo que praticamos há muito tempo na Auto Mecânica Scopino, afinal de contas, se somos uma empresa com mais de 50 de tradição, queremos que as próximas gerações tenham um planeta no mínimo igual ao atual, mas queremos um melhor, mais limpo, e principalmente mais consciente!

Portanto, uma gestão ambiental também é importante em uma oficina forte, onde devemos REDUZIR a utilização de materiais e reduzir o nosso lixo, como reutilização de materiais de escritórios, como reutilização de papel sulfite, quando podemos utilizar o verso de folhas de rascunho. Copos dos colaboradores podem ser em material plástico ou vidro ou garrafinhas, desde que corretamente identificados e armazenados, já que os mecânicos tomam água por várias vezes todos os dias, e não precisam utilizar copos descartáveis aumentando o lixo para o meio ambiente.

É importante se informar, pesquisar, estar atento às ações municipais!

Já o segundo R, o de RECICLAR não é modismo, são atitudes sérias que devemos adotar no dia a dia da empresa, há várias formas de dar destino ao material para a reciclagem como convênios com a prefeitura (isso depende de cada município) ou parcerias com ONGs (Organização Não Governamental). Esse tipo de material será transformado em outro, também para cuidados com o meio ambiente e melhorar a imagem da oficina para Clientes que enxergam bem esse aspecto da reciclagem. São exemplos de materiais para a reciclagem o papel, papelão, plásticos, etc. Por exemplo, temos na empresa em modo convênio um contêiner da prefeitura de São Paulo que toda segunda feira é coletado, e além do material reciclável da oficina, se transformou em um ponto de coleta dos vizinhos e Clientes, ou seja, uma oficina mecânica se tornou um ponto de coleta de material reciclável para a sociedade ao redor, e isso, é formidável!

É possível ter pequenas entradas em $ com venda de produtos reutilizáveis!

E agora, iremos abordar o terceiro R, o de REUTILIZAR, e nesta questão entram os produtos, ou mesmo podemos afirmar, o lixo da oficina que ainda tem algum valor comercial. Não é esse o maior objetivo, mesmo porque o valor em $$$ é baixo na venda desse material, mas em primeiro lugar sempre pensamos no meio ambiente e no correto destino ao lixo, mas se for possível somar a esse tratamento do lixo algum valor comercial, mesmo que pequeno, é algo que devemos sim aplicar na empresa.

Devemos separar esse material e depois dar entrada no fluxo de caixa da empresa.

Portanto na oficina devemos ter esses procedimentos de separação do material que tem algum valor comercial, pode ser em tambores plásticos, caixas ou sacos apropriados, é muito comum a utilização de tambores de óleo de 200 litros após a sua utilização, vazios e limpos viram tambores de captação e separação de material destinado à venda, e também identificar com placas ou mesmo uma etiqueta ou um pequeno folder! Muito importante, e vamos conversar mais sobre isso nas próximas edições, é a separação de materiais contaminados, como por exemplo com óleo ou graxa. Material para reutilização que esteja contaminado com óleo já não tem valor, pois só o custo de limpeza já inviabiliza seu valor comercial.

Conceitos de descarte de material

Um exemplo bem clássico são as baterias automotivas. Alguns fabricantes ou mesmo fornecedores, já oferecem um desconto em $$$ na compra da bateria nova, ou seja, a chamada troca com entrega da carcaça velha. Trata-se de uma forma de dar destino à bateria velha, e ainda ter um retorno financeiro no momento da compra da nova bateria. Mesmo porque este componente tem valor comercial considerável.

Portanto, no dia a dia da reparação automotiva podemos encontrar compradores para o material que será descartado, o importante é fazer essa separação de forma correta e ter alguns controles:

• controle de compradores;

• destino final ao material;

• controle de entrada financeira.

Assim podemos identificar alguma anormalidade no descarte do material e de repente ser denunciado em uma rede de empresas que supostamente poderia estar contaminando o solo, por exemplo.

 Pensem nisso! Mas não se esqueçam, que além de ser mecânico, tem que ser gestor. Transforme a sua empresa em uma oficina forte! Faça a gestão da sua empresa, ela é muito importante e vital para a vida empresarial!

PRÓXIMOS TEMAS

Aula 54 Descarte de peças sem contaminação

Aula 55 Descarte de peças com contaminação

Abraço a todos e até o próximo mês e $UCE$$O! 

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