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Encontro da ANDAP, SICAP, CINAU e SENAI debatem a questão dos carros elétricos

“O impacto da eletrificação veicular no mercado de reposição” abordou desde reparo até estudos sobre a frota

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Por Da redação


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Aconteceu no dia 12 de junho o encontro da ANDAP (Associação Nacional dos Distribuidores e Autopeças) e SICAP (Sindicato do Comércio Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e Veículos do Estado de São Paulo). O evento teve como pauta “o impacto da eletrificação veicular no mercado de reposição”.


Marcelo Gabriel, Head of Market Research & Business Intelligence da CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade do Grupo Oficina Brasil dedicada à pesquisa e inteligência de mercado, comentou sobre o cenário da eletrificação global, dando ênfase para questões geopolíticas e de transição no modelo de veículos. “Ainda existe na previsão das montadoras muitos carros com combustão interna”, afirma Marcelo.

Marcelo também argumentou aspectos da frota nacional, apresentando um estudo denominado “Efeito Cuba”, que pretende analisar o tempo de sucateamento da frota. Segundo o executivo, se parássemos de produzir veículos em 31 de dezembro de 2018, somente em 2080 não haveria mais veículos com motor de combustão interna para reparar no país.

Mauro Alves dos Santos explicou sobre as mudanças que são necessárias para que a transição entre veículos à combustão para elétricos aconteça.

O Coordenador Técnico do SENAI ressaltou a necessidade de políticas públicas para fiscalizar os veículos elétricos. Outro ponto importante é o treinamento de profissionais socorristas para o manuseamento seguro em casos críticos, devido à alta tensão contida nos motores e componentes desse modelo.

Em questão de reparo, ainda há um longo caminho a percorrer para que profissionais se sintam confortáveis e fora de perigo para o trabalho. “A construção é simples, porém a complexidade na manutenção é maior”, diz Mauro.

Enquanto o mundo tem iniciado a questão elétrica pelos veículos leves, no Brasil, o maior número de propulsores está concentrado em pesados, como ônibus e caminhões. Dentro dessa constatação, um estudo sobre “Custo total de Propriedade” dos ônibus coletivos do município de São Paulo aponta que, em 10 anos, o custo de troca de veículos diesel é de 18,2 bilhões de reais, enquanto elétrico custa 16,7, ou seja, 1,5 bilhões de reais a menos.

Sílvio Cândido, Proprietário da Peghasus Powered Motors, deu ao evento a sua visão como trabalhador da oficina. Experiente em carros elétricos, o empresário mostra a preocupação com a falta de informação e que acidentes com descarga elétrica já acontecem. “Não há normas. Temos que ter uma legislação reguladora”, argumenta Silvio, relevando a importância de haver uma unidade que monitore a segurança e o impacto das mudanças de propulsor.

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