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Echlin está de volta ao mercado brasileiro e lança linhas de interruptores automotivos e garante novidades para 2020

Echlin retornou com a missão de levar seu legado com qualidade e inovação ao aftermarket brasileiro. Com novas estratégias, a empresa garante voltar mais forte e competitiva

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Por Wellyson Reis


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Nesta entrevista exclusiva falamos com Ronaldo Teffeha, diretor geral da Echlin Brasil, ele nos conta quais os desafios e estratégias para esse novo passo tanto em sua carreira como para a empresa, e ressalta grandes expectativas nesta volta ao setor automotivo.

Formado em administração de empresas por uma das mais conceituadas instituições de São Paulo e com especialização internacional, Ronaldo foi estrategicamente escolhido para representar a marca e ressalta que está animado e lisonjeado por ter sido convidado em fazer parte desse desafio e afirma levar o melhor produto para o mercado automotivo.

Oficina Brasil: Qual é a história da marca Echlin?

Ronaldo Teffeha: A Echlin era uma marca muito forte no mundo, principalmente nos Estados Unidos. No Brasil era muito reconhecida pelos aplicadores através da sua qualidade e pelo seu portfólio completo. Por problemas administrativos e decisão dos gestores, a empresa saiu do mercado no final dos anos 90 deixando uma lembrança muito positiva na memória dos mecânicos.

OB: Por que você decidiu aceitar o desafio de retornar com a marca no mercado brasileiro?

RT: O grupo de investidores que adquiriu a marca Echlin no Brasil me convidou para fazer o trabalho de relançamento da marca no aftermarket brasileiro. Fiz uma pesquisa de mercado principalmente com as oficinas mecânicas e o resultado foi surpreendente no sentido da lembrança positiva da marca Echlin, ou seja, a maioria dos mecânicos lembram da marca e tem impressões positivas a seu respeito como por exemplo a qualidade e o portfólio completo.

OB: Qual foi a estratégia para esse relançamento?

RT: O primeiro passo foi fazer um Business Plan completo para o relançamento da marca Echlin, tendo as seguintes premissas básicas: análise do mercado (tamanho, perfil dos clientes, análise dos concorrentes e market share), definição do portfólio, posicionamento de preço, estrutura de comercialização, plano de marketing, estratégias promocionais, análise SWOT e budget de vendas. Somente depois de cumpridas todas as fases do projeto, incluindo a formação do estoque de produtos para 4 meses de vendas, iniciamos as vendas em maio último. Estrategicamente, decidimos iniciar as vendas na região Sudeste e, após 6 meses, já expandimos para todo Brasil e garantimos uma entrega rápida.

RT: Decidimos iniciar a nossa operação no aftermarket brasileiro com a linha completa de interruptores elétricos automotivos (linha leve e pesada) e cabos de ignição. As próximas linhas de produtos da Echlin que serão lançadas dependem da solicitação do próprio mercado, que definirá qual será essa linha de produtos e qual será o momento ideal.OB: Hoje, com quantas linhas de produtos a Echlin conta?

OB: Quais são os diferenciais da Echlin para ter sucesso nesse mercado tão competitivo?

RT: É fundamental, para qualquer empresa ter sucesso, fazer as coisas de maneira diferente e inovadora com o objetivo de agregar valor ao produto e que esse valor seja percebido pelo cliente. Além da excelência do nosso serviço (que não é diferencial e sim obrigação) que despacha no período da tarde todos os pedidos que chegam no período da manhã do mesmo dia com 100% de índice de atendimento, o nosso grande diferencial é o Marketing Digital que consiste em divulgar a linha de produtos Echlin diretamente para a oficina mecânica e para o varejo de autopeças, gerando demanda de baixo para cima e ajudando o nosso distribuidor a vender a nossa linha de produtos. 

OB: O mercado de cabos de ignição é bastante concorrido, com uma oferta grande de produtos, qual é o diferencial da Echlin nessa linha de produtos?

RT: A linha de cabos de ignição Echlin, além de ter um preço extremamente competitivo, é a mais completa do mercado e foi desenvolvida com a mais alta tecnologia para atender às exigências de desempenho dos motores automotivos. Com revestimento 100% em silicone, os cabos de ignição da Echlin não agridem o meio ambiente e, além de resistirem às altas temperaturas do motor (de -40º a 220ºC), garantem maior proteção contra fissuras e ressecamentos. Os nossos produtos têm isolamento de corrente em níveis acima do exigido (18kv/mm2) e os testes elétricos são realizados em 100% da linha, a 38 mil Volts. São resistivos e reativos, com núcleo espiral de NiCr de 7,5k Ohms/metro. E como forma de segurança, os produtos da marca são produzidos com marcação Echlin em baixo relevo, sendo à prova de falsificação.

OB: Como a Echlin enxerga o reparador independente?

RT: É preciso conversar e entender as necessidades de todos os elos da cadeia, principalmente se comunicar diretamente com o mecânico, que é o formador de opinião do nosso mercado. Esse mecânico só vai recomendar o produto fabricado pelas indústrias de autopeças ao dono do veículo e exigir a marca nos varejos fornecedores, se ele for convencido da qualidade e confiabilidade do produto e, a única maneira disso acontecer é o fabricante se conectar com esse mecânico diretamente. Temos duas frentes para estar sempre em contato com o reparador, a mídia e marketing digital; poucas empresas usam essa ferramenta, que é extremamente importante.

OB: Qual sua visão e expectativa para este mercado nos próximos anos?

RT: O mercado brasileiro de reposição independente tem mudado muito nos últimos anos. Existe uma tendência de fusão entre os grandes distribuidores nacionais, um fortalecimento dos distribuidores regionais, os quais estão reduzindo o número de fornecedores para poder oferecer uma linha completa de produtos (de A até Z) e o aumento na criação de grandes redes de varejo trabalhando no modelo de negócio de um Centro de Distribuição abastecendo uma rede própria de lojas de autopeças. Existe também uma necessidade cada vez maior por parte dos aplicadores de se atualizar sobre as novas tecnologias através de treinamentos e aquisição de equipamentos de diagnóstico automotivo, para poderem acompanhar a evolução tecnológica dos veículos (veículos elétricos, por exemplo) e essa necessidade pode ser suprida em grande parte pelos fabricantes de autopeças em conjunto com o Sindirepa, que é o elo de ligação entre o mecânico e a fábrica.

OB: Qual é a mensagem que você quer deixar para o nosso leitor?

RT: Sinto-me privilegiado por ter essa missão de relançar no Brasil uma marca tão reconhecida pelo aplicador como é a Echlin e, tenho absoluta certeza que vou realizar um bom trabalho à altura dessa responsabilidade que é de oferecer mais uma boa opção de uma linha de produtos com qualidade e excelência no serviço para o mercado de reposição independente.

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