Oficina Brasil


CONTITECH fala sobre os desafios e novidades de atuar no mercado aftermarket

Nesta entrevista exclusiva, Lídia Mastrogiuseppe, diretora de Marketing, Comunicação e Recursos humanos, destaca o crescimento da marca, a importância do reparador independente para o desenvolvimento da fabricante

Compartilhe
Por Wellyson Reis


Avaliação da Matéria

Faça a sua avaliação

Conte um pouco de sua trajetória profissional até os dias atuais à frente na CONTITECH.

Iniciei minha carreira profissional na Continental há 23 anos, logo após a conclusão do curso superior em Engenharia Química na Universidade de São Paulo. Minha primeira experiência profissional foi como engenheira de Melhoramento Contínuo na localidade de Várzea Paulista, em São Paulo. Nesses 23 anos, tive muitos aprendizados e oportunidades dentro da Continental. Tive a oportunidades de atuar em áreas como: Melhoria Contínua, Qualidade, Meio Ambiente, Recursos Humanos e Marketing além de experiências internacionais na Inglaterra e Alemanha. Atualmente, atuo como Responsável por Marketing, Comunicação e Recursos Humanos na América do Sul para a ContiTech.

Já que nossos leitores são técnicos, como a CONTITECH trabalha a inovação e tecnologia dos seus produtos?

Tecnologia e inovação estão no DNA da Continental, uma multinacional alemã de 150 anos que vem se reinventando ao longo dos anos para acompanhar e, até mesmo, antecipar as mudanças do mercado e as necessidades dos clientes. Além da produção e aprimoramento contínuo de itens tradicionais para a indústria automotiva, como pneus e correias de transmissão, trabalhamos muito nos últimos anos para nos especializarmos no desenvolvimento altamente tecnológico.

Qual a participação do mercado de reposição nos negócios da CONTITECH?

Considerando o faturamento da Continental, a representatividade do mercado de reposição e negócios com as montadoras gira em torno do mesmo patamar no momento. O restante refere-se à receita com negócios de outras áreas, como a petrolífera e a de mineração. 

Graças à diversidade de produtos, principalmente das peças de aftermarket da unidade de negócios ContiTech, conseguimos manter desempenhos positivos mesmo em cenários de crise que afetam a indústria automotiva, como a pandemia de COVID-19. Mercado de reposição tem se mostrado bastante resiliente durante momentos de crises.

Para o reparador independente o portifólio de aplicação é um fator importante para preferir uma marca, neste sentido gostaríamos de saber se à linha de produtos direcionados a reposição transcende as aplicações oferecidas na linha de montagem das montadoras? 

A ContiTech trabalha continuamente para atender essa diversidade e cobrir 98% da frota existente no Brasil.

Na esteira da pergunta acima, o mercado de reposição ganhou muita complexidade nos últimos 10 anos pela diversidade de modelos, o que dificulta a atuação para a maioria dos fabricantes de autopeças, esta realidade também afeta o mercado de correias?  

O mercado de reposição é importante e por isso a empresa se preparou para ter um portifólio abrangente por que tem se mostrado bastante dinâmico no Brasil. A Continental acompanha atentamente o segmento e investe continuamente para oferecer um portfólio abrangente. 

O mercado de correias automotivas na reposição é bem concorrido, o que gera uma oferta abundante de produtos. Como a CONTITECH se diferencia neste ambiente e qual a estratégia para se destacar no mercado Aftermarket?  

A preocupação com a qualidade e a aplicação de tecnologias de ponta em todos os produtos fabricados pela Continental é, certamente, um diferencial. Todos os nossos produtos comercializados no aftermarket seguem rigorosamente as especificações exigidas pelas montadoras, assegurando a qualidade original.

O ano de 2020 está sendo totalmente atípico em função da pandemia, porém pesquisas da CINAU indicam uma recuperação em “V” no mercado de reposição e hoje, a demanda nas oficinas de linha leve e comercial leve já se encontra num patamar pré-pandemia. Neste cenário as vendas da CONTITECH neste segmento já apresentam recuperação? 

Temos observado um movimento positivo de recuperação. Pela ampla diversificação de nosso portfólio, temos percebido uma reação do mercado após três meses bastante difíceis.

Pesquisas da CINAU na oficina também apontam um aumento significativo de “falta de peças” (em geral) na percepção dos reparadores, neste sentido as equipes comerciais da CONTITECH têm identificado este problema no segmento de correias?  

A Continental está trabalhando em plena capacidade para atender à demanda do mercado. Sabemos que o processo decisório por uma marca e por um produto ocorre de fato no ambiente da oficina mecânica independente, pelo reparador automotivo. Como vocês enxergam o papel deste profissional na formulação da estratégia de comunicação/relacionamento? 

A Continental considera o trabalho dos reparadores automotivos de extrema importância para a cadeia e busca valorizar ao máximo esses profissionais. Nos últimos anos, temos desenvolvido diversos programas de treinamento para esse público, contemplando tendências relevantes e técnicas com foco na aplicabilidade para as oficinas. Temos apostado em capacitações online, em formato de lives, de forma compatível com a nossa estratégia de digitalização. 

Sempre estamos abertos para ouvir as necessidades dos reparadores e trabalharmos juntos para aprimorar processos e soluções para o cliente final. 

Esta última não é uma pergunta, mas um espaço para a senhora transmitir sua mensagem aos nossos 200 mil leitores (todos profissionais da mecânica e alocados em 53 mil oficinas como atesta o Instituto Verificador de Circulação). Fique à vontade para expressar o que quiser.

Mesmo com todas as dificuldades impostas pela crise decorrente da pandemia de COVID-19, a Continental reforça a confiança no mercado brasileiro e a importância do trabalho conjunto realizado com e por todos os profissionais que atuam no setor de reparação. Temos a certeza de que superaremos esse momento e sairemos, juntos, mais fortes. 

Nesse sentido, lançamos a campanha Amigos da Conti, que foi concebida para reforçar o compromisso da Continental com a responsabilidade social e é reflexo de um de nossos valores institucionais mais apreciados: Um pelo Outro. Com abrangência nacional, a iniciativa visa arrecadar recursos financeiros que serão convertidos em cestas básicas, destinadas a instituições beneficentes com atuação em regiões em que a empresa mantém unidades fabris e filiais logísticas e administrativas.

Para dar início à ação, contribuímos com a doação de R$ 870 mil, sendo que R$ 820 mil serão convertidos em cestas básicas e R$ 50 mil em pneus e serviços, que equiparão veículos de assistência da Cruz Vermelha. Ao todo, 22 entidades serão beneficiadas em cinco estados brasileiros: nove em São Paulo, quatro na Bahia e também em Minas Gerais e no Paraná, além de uma no Rio de Janeiro.

E todos podem participar. Plantas da Continental estão preparadas para receber doações, considerando os protocolos de segurança estipulados pela Organização Mundial da Saúde. Para as doações em dinheiro, que ao final da campanha também serão convertidas em cestas básicas, os interessados podem acessar a plataforma Sharity (https://sharity.com.br/amigos-da-conti) e também acompanhar as contribuições.  

Comentários