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Peugeot 3008: tecnologia a favor da eficiência

De acordo com tudo que o jornal Oficina Brasil vem mostrando nos últimos tempos sobre as tecnologias que permitem às montadoras extrair mais potência de motores menores, mais leves, econômicos e com menor índice de emissões, encontra-se o Peugeot 3008, um bom representante desta nova fase de evolução dos propulsores.

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Por Marco Antonio Silvério Junior


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Lançado no final de 2010, importado da França, é classificado pela Peugeot como um Crossover, uma mistura de hatchback médio, com SUV e monovolume. No quesito dirigibilidade, o 3008 realmente traz a sensação de estar em um hatchback, já em relação à posição de dirigir, não chega a ser alta como à de um SUV, mas passa boa sensação de imponência no trânsito.



 

Conveniência e segurança
O pacote tecnológico para os itens de conforto e segurança também irá surpreender o reparador. Logo ao ligar a chave já pode ser visualizado o head up display, visor transparente que reflete as informações de velocidade e outras do computador de bordo.

Este display se recolhe quando o contato é desligado ou por opção do motorista, que pode achar boa funcionalidade em viagens, onde vai monitorar as informações sem tirar os olhos da pista. Então, ele pode ser considerado um equipamento de segurança.

O freio de estacionamento tem atuação elétrica, acionado por um botão no console central, mas estratégias pré-definidas fazem com que ele seja acionado ou desativado automaticamente em algumas situações, como em saídas.

Ao engatar o câmbio na posição “D”, é só acelerar e o sistema já entende que o freio deve ser solto, e quando o motor é desligado, sabe que deve ser acionado. Para liberar manualmente, é só apertar o botão com o pedal do freio de serviço acionado.

O acionamento é feito por um motor elétrico instalado no lado esquerdo da cabine. Então, quando visualizar o conjunto de freios traseiro, o reparador irá perceber que os cabos que acionam a pinça continuam como o de um sistema mecânico, tornando a manutenção simples em relação aos que utilizam um motor elétrico em cada pinça da roda traseira.

O esforço feito pelo motor para travar a roda é definido pelo módulo de controle eletrônico de estabilidade – ESP, que utiliza a informação dos sensores de inclinação da carroceria. Mas se o motorista desejar ajustar para esforço máximo, basta manter o botão pressionado por alguns segundos.   

O controle pelo ESP também permite que seja feita a função auxílio em rampa. Em paradas de semáforos ou manobras em rampas com inclinação superior a 3%, o módulo aciona o freio de estacionamento por alguns segundos até que o motorista acione o acelerador.

Motor 1.6l Turbo com injeção direta

O motor 1.6l denominado THP – Turbo High Pressure, foi desenvolvido em uma parceria do grupo PSA – Peugeot Citröen e a BMW, mas também é utilizado em versões aspiradas no Mini Cooper, claro com outra designação. Bloco e cabeçote são de alumínio, por isso tem baixo peso em relação à quantidade de equipamentos para melhoria de desempenho e controle de emissões.

No cabeçote com 16 válvulas, o comando de admissão é variável e os balancins atuam sobre rolamentos. Segundo a Peugeot, este motor tem folgas internas menores, devido à tecnologia empregada em sua fabricação. Quando for efetuar a troca de óleo lubrificante, siga à risca as recomendações do fabricante indicadas no manual do proprietário.

O módulo de controle do motor acumulou diversas funções para a redução de consumo e emissões de poluentes. Diversos componentes, como alternador, bomba de óleo, turbocompressor, válvula termostática e bomba d’água, trabalham sob demanda e são controladas pelo módulo do motor.

A potência máxima é de 156 CV a 6000 rpm e 24 kgf.m de torque a baixas 1400 rpm, isto se deve ao bom entrosamento entre o turbocompressor e o sistema de injeção direta de combustível, que permite explorar a pressão de enchimento dos cilindros com maior segurança.

Surpreende o fôlego do pequeno motor, comparado a veículos de porte parecido com motores mais potentes; o 3008 mostra que o bom gerenciamento e a forma como a potência é entregue podem ser mais importantes que os números finais de potência e torque.

Transmissão
Mas uma peça chave no ótimo comportamento dinâmico do Crossover é o excelente câmbio automático de seis marchas. As trocas são muito rápidas e o gerenciamento toma as decisões certas quando é preciso fazer uma redução de marcha para retomar velocidade ou utilizar o freio motor em reduções de velocidade.

O aproveitamento das reduções para utilizar o freio motor e o corte de combustível (cut-off) funciona muito bem graças ao conversor de torque, equipado com uma embreagem interna que efetua uma ligação mecânica entre motor e câmbio.

O bom escalonamento permite manter velocidade de cruzeiro, mesmo em aclives e declives sem trocas constantes. O modo manual merece elogios pela liberdade dada ao motorista e pelas trocas rápidas.
Normalmente, o gerenciamento costuma interferir no modo manual tirando todo o prazer de fazer as trocas manuais, mas, no 3008, isto só é feito em situações realmente necessárias.
 

Controle dinâmico de rolagem da carroceria
A suspensão dianteira é a conhecida McPherson, com subchassi onde são fixadas, barra estabilizadora e bandejas em formato de bumerangue. O acabamento é bem feito, traz confiança quanto à durabilidade e justifica o silêncio de trabalho da suspensão, visto o bom encapamento e apoios definidos das molas.

Na traseira, é utilizado eixo de torção auxiliado por um sistema chamado Dynamic Rolling Control, composto por um terceiro amortecedor, na verdade apenas um pistão flutuante, que irá trabalhar em conjunto com os convencionais.

Em curvas de alta velocidade, onde o veículo está propício à rolagem da carroceria, o sistema permite que o fluido hidráulico seja transferido entre os amortecedores direito e esquerdo, enquanto o pistão fica parado. Já na cidade, o pistão desliza em conjunto com os outros amortecedores para otimizar a capacidade.

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