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Já que Wall Street não fica aqui...

Este mês, como faço há mais de dez anos, viajo para Chicago para participar do Global Automotive Aftermarket Symposium, o maior evento voltado para o segmento de reposição dentro dos EUA e que atrai a atenção de profissionais do mundo todo.

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Por Cassio Hervé


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Este mês, como faço há mais de dez anos, viajo para Chicago para participar do Global Automotive Aftermarket Symposium, o maior evento voltado para o segmento de reposição dentro dos EUA e que atrai a atenção de profissionais do mundo todo.


Olhando o programa do congresso, dentre os inúmeros assuntos de interesse, me chama a atenção o painel de “Wall Street”, onde um especialista da rua das finanças faz sua avaliação sobre o desempenho da indústria do aftermarket.

No comentário sobre esta palestra há a promessa de que o expert de mercado Tony Cristelo vai avaliar “quanto tempo devem durar os bons ventos da reposição”.
A preocupação da turma do aftermarket de lá, é que desde a crise de 2008 a reparação é um mercado em alta representando um dos poucos setores a apresentar desempenho satisfatório no auge da crise e ter se sustentado com crescimento positivo nos anos posteriores.

O que está preocupando os americanos é a retomada do crescimento das vendas de carros novos e o impacto na reparação, o que comprova que o aftermarket  funciona em sentido inverso a exuberância do desempenho da venda de carros novos.Esta é uma boa notícia quando já tem gente preocupada com a queda na venda de carros novos recentemente divulgada pela FENABRAVE.
Porém, por lá eles tem um mensageiro de Wall Street que vai ajudar os executivos do aftermarket a montarem suas expectativas para os próximos anos.

E por aqui? Com quem podemos contar para nos ajudar a entender o dinamismo e as reais forças geradoras de demanda do mercado de reposição? Dispomos de excelentes estudos de frota, porém como estimarmos a velocidade com que o mercado potencial se concretiza na oficina, e mesmos aonde o reparador está comprando as peças?

Neste sentido, e amparados neste importante benchmark que é o mercado Norte Americano, nossa CINAU tem auxiliado bastante, pois desde que implementamos o IGD (Índice de Geração de Demanda) que mede o volume de serviços nas oficinas de linha leve desde 2009 (e os canais de compra da oficina), muita coisa tem sido esclarecida sobre o desempenho do mercado de reposição.

Outro tema importante programado no encontro de Chicago envolve um painel que vai reunir especialistas para encontrar resposta e entender por que as oficinas estão comprando mais nas concessionárias: qualidade ou disponibilidade?

Neste sentido, quem acompanha nossas matérias de mercado poderá verificar que a CINAU, por meio de suas pesquisas, já ofereceu esta resposta para o mesmo fenômeno observado no mercado brasileiro. Quanto ao que acontece por lá, prometo que no próximo editorial, conto a vocês a versão dos gringos para esta situação.

Nesta comparação entre os mercados, fica claro uma coisa: Brasil e Estados Unidos têm muitos pontos em comum quando o assunto é aftermarket. Agora, como Wall Street não é aqui, precisamos contar com nossos próprios recursos para encontrar explicações e fazermos previsões sobre o mercado de reposição e neste sentido nossa CINAU continuará contribuindo bastante.

Boa leitura!

Cassio Hervé
Diretor

 

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