Oficina Brasil


Volkswagen Gol 2002 apresentando aumento no nível do óleo lubrificante

O proprietário chegou na oficina relatando que ao realizar a segunda troca de óleo após a retífica do motor do veículo, verificou-se um aumento no nível do lubrificante

Compartilhe
Por Da Redação


Avaliação da Matéria

Faça a sua avaliação

DIAGNÓSTICO

O técnico ouviu atentamente o relato do cliente, após os primeiros esclarecimentos perguntou se a troca de óleo tinha sido realizada em postos de combustível, pois estava suspeitando de colocação de óleo na quantidade errada, o que poderia explicar esse aumento do nível. Sem hesitar o cliente disse que só substituía o óleo em oficinas onde era colocado o tipo de óleo correto, na quantidade especificada para aquele modelo de veículo.

Feitos os devidos esclarecimentos, o reparador elaborou seu plano de ação com os testes que deveriam realizar a fim de descobrir a causa desse problema. A primeira verificação presente em sua lista consistia na identificação correta do aumento de óleo, assim fez o teste de rodagem monitorando o nível do óleo, assim constatou que a cada 200 km rodados o aumento era de cerca de 100 ml. 

Seguindo o passo a passo, realizou a verificação do nível do líquido de arrefecimento, pois caso o nível estivesse baixando seria um forte indício da mistura do líquido com o lubrificante a causa do problema, entretanto, constatou que o nível do líquido permanecia no mesmo ponto do reservatório de expansão, o que descartava sua suspeita. 

Dando sequência nos itens do plano de ação, realizou testes em vários sensores e atuadores do sistema de injeção, após as verificações decidiu substituir os bicos injetores, sensor de pressão absoluta do coletor (MAP), sensor de temperatura do motor, sensor de oxigênio, conferiu o ponto de ignição e, por fim, sincronismo do motor.  Sem contudo obter sucesso, pois o veículo continuava com o consumo excessivo de óleo lubrificante. É fundamental destacar que o veículo não apresentava falta de potência, consumo excessivo de combustível, ou seja, funcionava de forma regular. 

Após a realização de todos os testes e troca de componentes sem solucionar o problema, o técnico foi procurar ajuda na maior rede de compartilhamento de  informações e experiências  relacionadas a  assuntos técnicos do setor de reparação automotiva, o fórum Oficina Brasil, que desde 2002 vem promovendo a troca de dicas e experiências entre os reparadores de todo o Brasil.

Apresentou sua problemática aos colegas reparadores, que sempre alertas aos pedidos de ajuda foram logo enviando informações que seriam úteis ao técnico. 

Dentre as diversas dicas, uma das mais citadas foi a contaminação do óleo pelo combustível, assim o reparador realizou a verificação visual do óleo e viu que este diminuía a densidade no decorrer do funcionamento do motor, bem como também identificou o odor característico de combustível no óleo. 
Assim, decidiu remover as velas de ignição para ver indício de excesso de combustível, hipótese descartada pois não havia sinais de excesso nas velas assim como o veículo pegava de primeira, ou seja, não tinha dificuldade de partida, característica de veículos que injetam muito combustível no cilindro. 

Para descartar de uma vez por todas a possibilidade de problema mecânicos, pois o motor tinha sido retificado, fez o teste de compressão do motor, utilizando um medidor de compressão. 
Feito o teste, o resultado foi um valor de pressão de compressão nos 4 cilindros de aproximadamente 190PSI, o que representa uma boa compressão, excluindo de forma definitiva, falhas mecânicas.

SOLUÇÃO

O técnico sabia que o problema estava relacionado a presença de combustível no óleo lubrificante e que dentre os sensores substituídos o que tinha maior relação com a relação ar/combustível e que poderia estar causando este excesso era o sensor de oxigênio ou sonda lambda.

Sabia que o sensor que estava no veículo não era original e decidiu instalar um original, solicitou o componente e instalou no veículo, e em seguida fez o teste de rodagem. Para sua satisfação o veículo não apresentou mais o defeito, identificando assim, após meses de testes e verificações, a causa da anomalia do veículo. 

Comentários