DIAGNÓSTICO
Ao receber o veículo, o reparador confirmou a ocorrência do empeno das válvulas. Realizada essa importante etapa, fez a remoção do cabeçote e o enviou para a retífica a fim de sanar o inconveniente. Ao receber o cabeçote, fez todos os procedimentos de limpeza do mesmo. Com o cabeçote pronto para a instalação no bloco do motor, verificou a nova junta que seria instalada, conferindo a aplicação correta, bem como sua posição de montagem.
Partiu para a montagem com toda a cautela e atenção necessária para esse tipo de operação, respeitando tanto a sequência de instalação dos parafusos como o torque especificado pelo fabricante. Diante dessa situação, o técnico decidiu pegar o seu bloco de notas e organizar seu plano de ação com o passo a passo dos testes que seriam realizados a fim de encontrar o componente que estava impedindo o funcionamento do motor.
O primeiro sistema a ser analisado segundo seu planejamento era o sistema de ignição, assim, verificou velas e cabos, não encontrando nenhuma irregularidade. Entretanto, ao analisar a bobina, observou que em uma de suas saídas de alta tensão não tinha faísca, assim, concluiu que poderia estar ali a origem do inconveniente.
Todavia, percebeu que ao movimentar a mesma, a centelha voltava a aparecer, ou seja, estava diante de uma falha intermitente.
Decidiu então, instalar a bobina em seu alojamento e apertou bem os parafusos, neste instante ao realizar um novo teste, observou que não tinha mais centelha no quarto cilindro. Removeu a bobina do motor e com ela solta, fez uma nova verificação e, nesta nova condição apareceu a centelha no quarto cilindro.
Ao relatar, em detalhes no Fórum, a problemática para os colegas, não demorou muito para que os participantes começassem a dar suas dicas e sugestões.
O primeiro sugeriu que o reparador fizesse uma revisão nos fios que alimentam a bobina, pois poderia um deles estar quebrado no chicote ou ainda a tomada de alimentação estar com os conectores abertos.
Dando continuidade às dicas, outro reparador indicou a troca da bobina e revisão de todo o chicote da bobina. A quarta sugestão dada chamou a atenção para a conferência do sincronismo, verificação da pressão da bomba de combustível e, por fim, alinhado com as dicas anteriores disse que seria interessante a troca da bobina.
O reparador, depois de tentar várias maneiras para colocar o veículo em funcionamento, descobriu que ao forçar a abertura do corpo de borboleta o motor entra em funcionamento mas não acelera.
Passou essa informação aos colegas reparadores, e um deles disse que era o corpo de aceleração que estava travado e disse para o reparador para observar se ao ligar a ignição o mesmo aciona, caso contrário poderia trocá-lo por outro.
SOLUCÃO
Ao ler novamente as dicas e sugestões dos colegas o reparador teve a ideia de testar o chicote de injeção, de forma minuciosa, ou seja, abriu o chicote e observou os fios atentamente, procurando curtos, fios partidos, dentre outras anomalias.
Depois de muita atenção e um olhar atento, constatou que um dos fios estava quebrado, fez o reparo, fechou o chicote, e deu partida no motor, o mesmo entrou em funcionamento imediatamente e respondeu à solicitação de aceleração de forma correta, fez o teste de rodagem, constatou que o veículo estava com ótimo funcionamento, explicou todo o serviço ao cliente, que realizou o pagamento. Por fim, o reparador entregou o veículo com a certeza que tinha encontrado a causa que impedia o funcionamento do veículo.