DIAGNÓSTICO: Diante da situação o reparador previamente elaborou seu plano de ação com o passo a passo dos testes que iria realizar a fim de identificar rapidamente a origem do problema. Concluída essa importante etapa, partiu para a fase de execução.
Prontamente o reparador, seguindo rigorosamente seu plano de ação, iniciou os testes instalando o scanner na ecu do veículo, a fim de detectar possíveis DTCs gravados na memória, e constatou que acusava falha nos cilindros 1 e 2. A partir deste parâmetro, deu sequência ao diagnóstico testando os componentes que fazem parte do sistema de ignição e alimentação do veículo, substituindo as velas de ignição, trocando as bobinas de ignição de posição, e realizando teste e limpeza de bicos, além de conferir todo o chicote desde a central, para ter certeza que o sinal recebido da ECU estava correto, porém o defeito persistia e no scanner seguia acusando falha nos cilindros 1 e 2
Sabendo que falhas de ignição tendem a ocorrer nos cilindros gêmeos, e não em sequência como era este caso, o profissional acessou o Fórum Oficina Brasil.
O primeiro colega a contribuir perguntou ao reparador qual sintomas o carro apresentava, quais eram os códigos de falhas, chamou atenção para não confiar no que o scanner apresenta, pois nem sempre a tradução do código de falhas está correta, tem que conferir o código quanto ao seu significado, perguntou ainda se as bobinas são paralelas ou originais.
O segundo colega do fórum sugeriu a verificação da compressão do motor, isso poderia estar causando essa falha. O reparador retornou informando que a compressão de todos os cilindros estava dentro dos parâmetros.
O terceiro profissional chamou a atenção que mesmo o reparador trocando as velas e bobinas de local a falha não seguiu os componentes, isso indicava que o problema não estava neles, e sim no sistema de ignição e alimentação como um todo.
O reparador retornou afirmando que essa era a questão que o deixava confuso, pois tudo indicava que era problema nas bobinas, mas por via das dúvidas, enviou a unidade de controle do motor para análise, e o especialista informou que estava tudo certo com a central eletrônica.
O quarto reparador sugeriu que além do teste de pressão seria interessante o teste de vazão dos cilindros, e que o problema pode ser defeito na junta do cabeçote. O quinto reparador a deixar sua contribuição, informou que esses modelos possuem um aprendizado do corpo de borboletas que poucos scanners fazem atualmente. A lenta fica oscilando e o motor fica “quadrado”.
SOLUÇÃO
Após ler atentamente as dicas dos colegas o reparador retornou informando que havia falhas nos cilindros 3 e 4, informou que de forma inacreditável era uma das bobinas em conflito, ela afetava o sinal do outro cilindro não gêmeo.
Informou ainda que uma simples bobina deu todo esse trabalho, ao substitui-la o veículo voltou a funcionar perfeitamente.