Oficina Brasil


DO MUNDO VIRTUAL PRA VIDA REAL: CONHEÇA OS PROFISSIONAIS QUE MAIS ATUAM NO FÓRUM OFICINA BRASIL

Criado em 2009 o Fórum do Jornal Oficina Brasil foi concebido como uma “mídia social” e hoje registra 110 mil seguidores e acumula mais de 150 mil postagens que formam o mais completo passo a passo de solução de problemas difíceis apresentados e resolvidos de forma colaborativa, assim nada melhor do que conhecer quem são os principais atores desta útil e cada vez mais popular ferramenta de trabalh

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Por da redação


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Claudemir de Almeida começou sua carreira em 1982 quando tinha apenas 13 anos. Hoje proprietário da Central Diesel, Almeida mora no Rio Grande do Sul e seu estabelecimento fica na cidade de Cachoeirinha. “Eu sempre gostei dessa área automotiva. Em 1982 surgiu a oportunidade, perto da minha casa, de trabalhar com chapeação e mecânica”, relembra o reparador, que iniciou os trabalhos na oficina de um vizinho.

Em 1988 Almeida foi convocado pela Aeronáutica para trabalhar na Base Aérea de Canoas (RS), pegando a vaga de motorista/mecânico e afirma: “foi onde tive a oportunidade de fazer um curso de especialização de reparação para motores diesel”. “Eu consertava veículos movidos a gasolina e diesel. Mas sempre me direcionei para a área do diesel, pois sou fascinado. E também me dedicava à manutenção preventiva, corretiva e borracharia. Na aeronáutica se trabalhava com tudo. O sargento dizia ‘se vira’”, lembra o reparador com contagiante bom humor. Claudemir Almeida permaneceu nessa jornada por “cinco anos, seis meses e 13 dias”. Depois fez cursos de especialização lá dentro em eletrônica e eletricidade na década de 1990.

Logo após sair da Aeronáutica, Almeida começou a trabalhar para a polícia militar à noite e também fazia serviços na oficina que tinha acabado de abrir. Ou seja, esta jornada dupla aconteceu até 2003, quando ele mergulhou de vez na área de injeção eletrônica.

Ao fazer a transição de funcionário para empresário, Almeida afirma que a sua experiência na Força Aérea foi fundamental: “foi o alicerce. Porque lá você aprende a ser disciplinado, ter organização, limpeza, aprende sobre tecnologia e eles forneciam o que fosse necessário para o funcionário realizar de forma plena as suas tarefas. Não adianta tu consertar se não sabe administrar. E todos da minha área primavam pelo aprimoramento, o que um sabia passava para o outro, não tinha essa frescura de guardar informação”.

E por essa razão o reparador fez questão de participar do Fórum Oficina Brasil: “eu sempre digo que conhecimento só é válido quando a gente passa adiante. E o Fórum é justamente para isso. Se eu sei algo, todo mundo deve saber também!”, argumenta Almeida.

Quando conheceu o Fórum Oficina Brasil pela primeira vez, Almeida não tinha visto nada igual: “eu tinha entrado, à época, em um outro Fórum chamado 4x4, mas não tinha nada a ver com reparação automotiva. O Oficina Brasil é visto pelo mundo inteiro. Através dos meus contatos no Fórum, já teve reparador me ligando dos Estados Unidos, Portugal, Chine, Peru e Venezuela. Todos eles têm acesso ao site de colaboração e ele também é uma referência para esses reparadores que estão fora do país. É uma janela para o mundo”, comenta Claudemir Almeida. Além disso, o reparador afirma que hoje o Fórum tem a melhor moderação: “o moderador se manifesta quando vê que algo está errado. E quando a gente solicita algo é prontamente atendido, está excelente”.

Claudemir Casa do Diesel finaliza: “quem ainda não está participando do Fórum Oficina Brasil está perdendo tempo e dinheiro, pois todas as soluções estão ali no site”.

 

O reparador conhecido como Gamorra iniciou sua carreira na cidade de Peçanha, do interior de Minas Gerais. “Comecei a fazer pequenos consertos em 1992, 1993, quando eu era bem moleguinho ainda”, comenta.

Mas quando se mudou para Belo Horizonte teve a grande oportunidade de crescer na reparação independente: “quando eu vim para a capital tive a oportunidade de entrar em uma oficina. Aí comecei a trabalhar e melhorar profissionalmente.”

Rodrigues afirma que, assim como seus colegas, ama a reparação independente: “até hoje sou fascinado por mecânica e eletrônica. Até brinco com o pessoal que quando a mecânica ‘cai’ na corrente sanguínea não tem quem segure”, comenta ele com ótimo senso de humor. “Tinha um colega do meu pai que tinha um Corcel. Aí quando ele parava na rua de casa eu já pedia para ver o motor e a cada dia que passava eu me interessava cada vez mais pela reparação automotiva. Aí quando meu pai me dava uns carrinhos de presente eu sempre desmontava e ficava examinando” relata Claudinei Rodrigues.

Gamorra inicou os trabalhos na Alinhacar que, segundo ele, ainda existe na cidade. “Trabalhei lá por seis anos, aproximadamente”, conta Rodrigues. “Depois fui trabalhar em outra oficina, chamada Mecânica Amigão. Lá aproveitei para ganhar experiência e ir me profissionalizando, fiz um curso do Senai e em 2004 montei a minha oficina”, comenta Claudinei dos Santos Rodrigues.

O dono da Gamorra Auto Serviços sentiu dificuldade quando deixou de ser fundionário e passou a ser empresário: “foi a parte administrativa. Aumentaram as responsabilidades e com certeza, querendo ou não, você muda totalmente o seu comportamento. Hoje eu tenho uma clientela bacana, bem fiel, atendendo cerca de 14 carros por semana”, conta.

Gamorra se inscreveu no Fórum do Jornal Oficina Brasil em 2011, mas já conhecia o jornal há muito tempo: “faz anos que recebo a publicação. Aí eu percebi que, lá no final da edição, sempre existem dicas para os reparadores. Dicas provenientes do Fórum. Foi aí que surgiu o interesse e fiz meu cadastro”, comenta.

Depois de ver como funcionava e o conhecimento compartilhado no Fórum Oficina Brasil, Rodrigues teve certeza de que aquele seria o fórum certo para profissionais como ele: “uni o útil ao agradável, porque tem muita informação bacana ali. O Fórum Oficina Brasil é uma ferramenta de suma importância. Quando eu quero uma resposta confiável e rápida, eu pergunto lá na página de colaboração. Faço isso porque os colegas de profissão aqui na minha região não gostam de passar informação.”, confessa Rodrigues.

Quando questionado sobre o comportamento de alguns profissionais, Gamorra respondeu: “eles têm medo de perder clientes ao passarem informações. Se depender de mim, eu compartilho o que sei e ponto final”. Assim como Claudemir, Gamorra gosta da moderação e o novo layout do Fórum: “estou impressionado com a organização que vocês realizaram. Além do site estar muito bonito.”

O reparador afirma que quem não está inscrito no Fórum está perdendo tempo: “o site é show de bola! É uma ferramenta fundamental e o reparador que não está tem de ingressar imediatamente!”

 

Doblò 1.6 16V 2003 com oscilação

na marcha lenta

Defeito: Cliente chegou na oficina reclamando que o carro dava trancos em baixas rotações, e reparador logo constatou que havia oscilação na marcha lenta, que causava o incômodo. Mas o que parecia simples de se resolver, tornou-se um pesadelo, e o caminho foi interagir com os participantes do Fórum em busca de alternativas.

 

Diagnóstico: Inicialmente foi feita uma limpeza nos injetores, foi verificada a tensão de bateria (que era nova), conferido o aterramento do motor. Pela quilometragem foi efetuada a troca do sensor de arrefecimento, das velas de ignição e do corpo de borboleta. Foram testados o sensor MAP, ECU, bobina de ignição, mas sem resultado prático. Partiu-se então para a parte mecânica, e foi feita a retífica do cabeçote, troca dos anéis e bronzinas das bielas, mas as oscilações em marcha lenta persistiam. O sincronismo da correia foi feito com o auxílio de relógio comparador, tudo conforme especificações de fábrica. Scanner não acusava falhas. Participantes do Fórum ajudaram a cercar o problema, e reparador notou que o único parâmetro que apresentava variações de sinais durante o problema era o atuador de marcha lenta. 

 

Solução: A peça nova instalada era da marca e-klass (importada), e apresentava defeito na operação, exatamente no mesmo ponto em que a peça antiga apresentava. Reparador decidiu comprar peça de qualidade original (VDO Simens) e o problema foi sanado. No mesmo post, outro reparador enfrentava exatamente o mesmo problema, com a mesma peça da marca e-klass.

Audi A3 1.8 Turbo Automático 2006

fica com a luz de ré acesa

Defeito: O carro muito bem conservado pertencia a um cliente bastante cuidadoso, e ao engatar a transmissão nas opções D, 2 ou 3, a luz de ré se acendia e assim ficava. Reparador testou sensor de múltiplos contatos da transmissão automática, módulo da transmissão, fusíveis, mas nada resolveu. 

 

Diagnóstico: Para sorte do reparador, participantes experientes do Fórum também já tinham passado pela mesma situação, e ajudaram a desvendar o mistério. Entre outras possibilidades, sugeriram verificar o relé de bloqueio da partida, que tem duas funções: bloquear a partida e bloquear as luzes de ré.

Solução: Tiro certeiro, a substituição do referido relé de bloqueio da partida resolveu o problema, e as luzes de ré voltaram a funcionar corretamente. O que poderia ser uma grande dor de cabeça, tornou-se simples pela extraordinária postura dos participantes do Fórum, que sempre solícitos, contribuem com a sua experiência e sabedoria.

 

Hilux 2013 sem pulso nos bicos

 

Defeito: Veículo passou por uma retífica no motor, e desde então não voltou a funcionar. O que seria um simples reparo, se houvesse informações básicas do fabricante, tornou-se um desafio pela ausência de parâmetros para o diagnóstico. E se a montadora não se preocupa em disponibilizar informações técnicas, resta aos reparadores recorrerem à ajuda dos participantes do Fórum, que mais uma vez agregaram informações e deram dicas que ajudaram a solucionar mais este caso.

 

Diagnóstico: Reparador conferiu todos os sinais básicos como fase e rotação, pressão no rail normal, tanto no scanner quanto no manômetro mecânico, fez testes com módulo e injetores, mas faltaram parâmetros de fábrica para se certificar dos valores padrões. O principal sintoma era a ausência de sinal nos injetores. Participantes do Fórum entraram em ação e sugeriram uma série de testes e providências como repassar todos os aterramentos e verificar continuidade dos chicotes, verificação da linha e do filtro de baixa pressão, testes completos na alimentação do módulo, possível interferência do imobilizador, problemas de reconhecimento da chave, resistência dos bicos, etc. 

 

Solução: Havia de fato uma falha no aterramento atrás do bloco do motor, mas mesmo refeito, os bicos continuavam sem pulsar. Esgotada todas as alternativas, só restou a substituição do módulo. Feito isso, o motor voltou a funcionar. O caso ilustra o atendimento a um cliente fora de garantia, pois o motor passou por uma retífica, e mostra o grau de dificuldade a que os reparadores são submetidos pela omissão da montadora, que prefere manter uma barreira técnica para a correta manutenção de seus produtos, sendo que a capacidade instalada de serviços da sua rede concessionária jamais daria conta para atender toda a demanda do aftermarket. Mais uma vez, ponto para os reparadores que trabalham unidos para resolverem os problemas, e conseguem superar estas adversidades.

 

 

BMW 318i com problema de mistura rica

 

Defeito: Modelo antigo de 1995 com motor aspirado 4 cilindros e 140 CV apresentava sintomas de carbonização das velas e falhas na marcha lenta. No scanner apresentava código de falha 042 referente ao sensor de detonação, mas o problema não estava nesta peça. 

 

Diagnóstico: Reparador começou fazendo uma análise dos valores (tempo de injeção) e constatou que estava muito alto. Esses valores melhoravam quando desligava o conector do medidor de fluxo (MAF). Na escala do scanner, sensor MAF apresenta um valor de 0.5 a 1 volt, e no funcionamento do motor, ficava acima, apresentando 3.3 volts e provocando mau funcionamento do motor. Desligando o MAF, esse valor fixava em 5 volts e apresenta uma melhora no funcionamento, baixando o tempo de injeção dos injetores.

 

Solução: Após esta importante sequência de testes, ficou claro que o problema estava no sensor MAF, mais precisamente na área de atuação da borboleta, que estava emperrando no final do curso, e este travamento gerava uma tensão (sinal) de borboleta aberta com o motor em marcha lenta, induzindo o sistema a injetar mais combustível (mistura rica), o que provocava a carbonização excessiva nas velas. Com muito cuidado, reparador efetuou uma limpeza e ajuste na peça, e o veículo voltou a funcionar perfeitamente.

Fiesta 1.0 Rocam Flex 2010 com problemas no motor

 

Defeito: Reparador recebeu veículo com histórico de superaquecimento grave, com derretimento de válvulas e trinca no cabeçote. Substituiu o cabeçote por outro usado, mas o funcionamento não ficou bom. Na parte interna do motor, foram conferidos os pistões e cilindros,  feito um brunimento, e  foram substituídos os anéis e bronzinas. 

 

Diagnóstico: Inicialmente o motor funcionou bem, mas logo um cheiro forte mostrou falha do sensor MAP, que estava derretido. A sua substituição deixou o funcionamento do motor bastante irregular, e a suspeita passou a ser a incompatibilidade do eixo comando de válvulas, uma vez que há várias configurações distintas para cada motorização. Substituí­do o cabeçote com os comandos compatíveis, a marcha lenta e a aceleração se estabilizaram, mas a luz da injeção permanecia acesa. O reparador, com muita calma, cautela e ajuda dos demais participantes do Fórum, efetuou uma série de outras checagens, até se certificar de que a solução estava próxima. 

 

Solução: Após cuidadosos ajustes e conferências, e a troca do sensor MAP e o potenciômetro de posição da borboleta, apesar do severo aquecimento a que o motor foi submetido, após duas semanas de uso o cliente relatou que tudo voltou a funcionar perfeitamente.

 

Ford Focus 2006 1.6 Rocam gasolina custa a pegar na primeira partida

Defeito: Cliente relatou que na primeira partida do motor, principalmente pela manhã, era preciso virar o arranque por volta de três vezes, até pegar normalmente. Antes disso, pegava e apagava, e as vezes pegava e fica funcionando precariamente, querendo apagar! Mas depois, no restante do dia, pegava normalmente!

 

Diagnóstico: Reparador experiente fez um diagnóstico detalhado, e inicialmente avaliou com scanner, mas não havia nenhum código de falha registrado. Depois revisou todo o circuito de alimentação de combustível, de ignição, e trocou filtro de combustível, bomba e regulador de pressão, pois a pressão estava baixa. Tudo estava em ordem, mas o problema persistia. Aproveitou e limpou os injetores e conferiu o sincronismo, mas ainda sem resultado. Passou a monitorar a pressão de combustível, e por sugestão dos participantes do Fórum avaliou estado dos injetores, presença de carbonização no coletor de admissão e válvulas, possível obstrução no pré-filtro de combustível, tudo dentro dos parâmetros. Mas um simples teste sugerido, injetando gasolina no tbi, gerou uma partida rápida, indicando que havia falta de combustível no momento da partida.

Solução: Com base nestes dados, reparador constatou que lamentavelmente o regulador de pressão novo, que ele havia instalado, também estava com defeito.

Substituída a peça, o motor funcionou perfeitamente, e as partidas pela manhã voltaram a ser rápidas e eficientes.

 

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